domingo, março 02, 2008
E a pièce de résistance surgiu quando alguém comparou o tratamento jornalístico dado a este caso com as alusões públicas a cartas anónimas sobre... a árvore de Natal que esteve instalada em frente à CME!!!! Como se a qualidade dos serviços hospitalares fosse um tema sequer minimamente comparável com uma árvore de Natal!!!!
De facto, tudo isto é profundamente chocante e até surpreendente: os mesmos partidos políticos e órgãos de comunicação social que ostensivamente ignoraram denúncias muitíssimo mais graves (e devidamente fundamentadas, muitas vezes até com documentos, vídeos e fotos!!!) apresentadas pelo PS, pelo jornal Voz de Estarreja e por alguns blogues locais, surgem agora como fundamentalistas defensores da investigação jornalística de tudo quanto seja insinuação, mesmo que esta apenas apareçam na forma de uma carta anónima que, vá lá saber-se porquê, não teve o destino natural e óbvio de todas as cartas anónimas: o caixote do lixo.
O caso seria apenas insólito e mais um fait-divers totalmente irrelevante da vida política estarrejense (que até teria mais perfil para ser incluído nas páginas de lazer dos jornais do que em qualquer outro local), se não revelasse também sinais muito preocupantes de falta de imparcialidade na imprensa local de Estarreja.
Marisa Macedo (que lidera o PS de Estarreja e esteve na origem de grande parte das denúncias anteriormente referidas) tem aquilo a que habitualmente se designa por "má imprensa", embora este seja um fenómeno apenas local, pois os órgãos de comunicação social regionais e nacionais têm dado o merecido destaque e relevo às iniciativas da deputada e líder da concelhia do PS de Estarreja. As próximas eleições autárquicas servirão para demonstrar se a imprensa local tem ou não força suficiente para destruir uma candidatura que neste momento se afigura como natural, forte e vencedora.
Quanto ao HVS, aqui fica o comunicado de defesa da honra do Conselho de Administração, que não merecia que o tivessem tratado desta forma:
MEMORANDO DE 1 ANO DE ACTIVIDADE
HOSPITAL VISCONDE DE SALREU
O actual Conselho de Administração, iniciou funções no princípio do ano de 2007 encontrando um Hospital com os problemas que se seguem e para os quais procurou soluções. Assim:
1 – BLOCO OPERATÓRIO - fechado desde 29/11/2006, por avaria do ar condicionado, com prejuízo evidente para a produção hospitalar. Este Conselho de Administração procedeu à aquisição e consequente instalação de 1 nova unidade de Ar Condicionado, tendo o Bloco Operatório reiniciado a sua actividade, em 05 de Março de 2007;
2 – ACESSO DOS DOENTES AO BLOCO OPERATÓRIO – Como é do conhecimento geral os doentes transportados em macas, entravam e saíam do Bloco Operatório, através da porta de acesso junto ao Serviço de Radiologia, com passagem obrigatória pelo átrio principal, onde habitualmente se encontram visitas, utentes a aguardar Consulta Externa e outros.
Este Conselho de Administração, aproveitando o encerramento do Bloco Operatório para instalação do Ar Condicionado, procedeu à construção de um novo acesso que, com dignidade, passou a fazer-se sem exposição indevida do doente, directamente de e para a enfermaria de cirurgia;
3 – SERVIÇO DE RADIOLOGIA - estava avariada a ampola de um dos aparelhos, impossibilitando a realização de exames radiológicos, com necessidade de recurso a serviços do exterior.
Esta ampola foi substituída rapidamente, para normalização do serviço;
4 – LABORATÓRIO – Uma avaria do aparelho de refrigeração dos reagentes, levou a que fossem inutilizados produtos no valor de vários milhares de euros. Procedeu-se à reparação do respectivo aparelho;
5 – ENFERMARIAS – As especialidades cirúrgicas acomodavam os seus doentes em camas lado a lado com os doentes de Medicina, levando ao cruzamento inevitável de infecções. Procedeu-se à sua separação física;
6 – PORTA ACESSO DO ÁTRIO AO SAP/SU – Por força do detector automático, a antiga porta, face á proximidade de alguém, abria, expondo inevitavelmente os doentes que se encontravam em tratamento no SAP/SU, violando o seu direito à privacidade. Esta situação foi devidamente corrigida;
7 - GABINETE DE ATENDIMENTO ÚNICO – Existiam vários balcões para atendimento aos utentes, com prejuízos manifestos para os mesmos e para a rentabilidade dos serviços.
Criou-se um serviço de atendimento único, que de certa forma, é inovador em termos hospitalares, pois apresenta simultaneamente sinalética horizontal figurativa para melhor orientação dos utentes.
Conjuntamente com esta iniciativa instalou-se uma porta de vidro, no acesso principal, de forma a proteger das intempéries quem recorre ao HVS ou nele trabalha;
8 – SALÃO NOBRE – Encontrámos o Salão Nobre transformado em sala de formação, sem dignificação do espaço. Foram recuperadas as cadeiras que se encontravam amontoadas no coro da capela e a mesa que estava desfeita e degradada num armazém.
Como é visível hoje, o espaço encontra-se recuperado, dignificado e apropriado à sua função. Com a colaboração da Junta de Freguesia de Salreu, foi ainda possível restaurar o quadro que se encontra no Salão Nobre e que retrata o grande benemérito Visconde de Salreu;
9 – PINTURA EXTERNA DO HOSPITAL – Também como é do conhecimento geral as paredes do exterior do Hospital encontravam-se com aspecto degradado, tendo-se procedido à pintura das mesmas, com excepção da parede frontal, contando em parte, com a colaboração, voluntária, de alguns amigos do HVS;
10 – RUA DE ACESSO AO SAP/SU- Esta encontrava-se em muito mau estado de conservação e, depois de vários apelos deste Conselho de Administração junto da Câmara Municipal, foi finalmente pavimentada;
11 – CONSULTAS DE ESPECIALIDADE – Por força de um despacho ministerial (Despacho de Suas Excelências a Secretária de Estado Adjunta e da Saúde, de 22 de Dezembro de 2006, o Secretário de Estado da Administração Pública, de 29 de Dezembro de 2006, e o Secretário de Estado do Tesouro e Finanças, de 29 de Dezembro de 2006) e porque não houve a adequada salvaguarda em tempo oportuno pela anterior Administração, deixaram de ser realizadas consultas em várias especialidades, designadamente, Pneumologia, Nefrologia, Pediatra, Ginecologia, Fisiatria. Com a celebração de novos contratos e protocolos já se procedeu à recuperação de consultas de especialidade e foi conseguido apoio diferenciado nos serviços já existentes. Nomeadamente:
- Protocolo com o Hospital Infante D. Pedro para a criação da Unidade de Recuperação de AVC (URAVC)
- Protocolo com o Hospital de Tondela para Anestesia
- Protocolo com o Hospital Ovar na área de Pediatria
- Protocolo com o Centro de Saúde de Stª Maria da Feira na área da imuno-alergologia
- Protocolo com os Hospitais da Universidade de Coimbra na área de Pneumologia
- Protocolo com a Cerciesta na área de Psicologia
- Protocolo com o Hospital de Cantanhede na área de Medicina Interna e Contabilidade
- Protocolo com o Hospital Distrital de Águeda na área de Medicina Interna
- Parceria com a Câmara Municipal de Estarreja e o IDT (Instituto da Droga e Toxicodependência) na criação de Consulta de Desenvolvimento de competências. dirigida à prevenção de comportamentos aditivos dos nossos jovens.
12 – SITUAÇÃO NA MEDICINA INTERNA – Por falecimento de 1 especialista, por cessação de contrato de outra, por efeito de baixa prolongada (cerca de 9 meses) da única especialista do quadro e ainda porque o concurso nesta categoria não se encontrava resolvido, só graças ao elevado esforço deste Conselho de Administração, que contou com a colaboração de especialistas externos dos Hospitais de Cantanhede e Ovar, foi possível não encerrar este serviço.
13 – REFORÇO DE EQUIPAS MÉDICAS E DE ENFERMAGEM – Nos períodos de maior afluência de utentes ao SAP/SU foram reforçadas as equipas com mais um médico e mais um enfermeiro neste Serviço no período das 20 – 24h, bem como mais um enfermeiro no turno da manhã e da noite no internamento de Medicina;
14 – DIVIDAS A PESSOAL REFERENTES A ANOS TRANSACTOS – Como é sabido, os funcionários que se desligam do serviço por aposentação ou fim do contrato, obrigam a instituição ao pagamento suplementar do chamado “acerto de contas”, a realizar entre a Instituição e o funcionário. Assim, encontrámos por pagar a diversos ex-funcionários, valores referentes aos anos de 2004, 2005 e 2006.
Também se encontravam por efectuar acertos a pessoal de Enfermagem, referentes a mudanças de escalão do ano de 2003 e 2004.
Procedeu-se aos pagamentos devidos, bem como aos de 2007, os quais juntam as indemnizações por falecimento de 2 funcionários.
Neste momento esta situação encontra-se regularizada, conforme o prazo estipulado por lei;
15 – DIVIDAS A FORNECEDORES – Estavam por pagar a fornecedores externos, dividas dos anos de 2004, 2005 e 2006. Actualmente encontram-se saldadas as dívidas desses anos (com excepção dos organismos do SNS) faltando saldar parte de 2007;
16 – LIGA DOS AMIGOS DO HVS – Sendo um projecto antigo, o mesmo encontrava-se estagnado.
Teve eco o nosso apelo junto dos voluntários que levou ao seu ressurgimento, contando para tal com a imprescindível colaboração de empenhados Estarrejenses que investem parte do seu tempo no bem estar dos doentes e na promoção do HVS.
17 – I JORNADAS CLINICO-SOCIAIS DA CIDADE DE ESTARREJA – Mostrando a abertura deste Conselho de Administração ao envolvimento/colaboração das Instituições relevantes do Concelho, realizámos as I Jornadas Clínico-Sociais da Cidade de Estarreja que contaram com as parcerias da Câmara Municipal de Estarreja, Centro de Saúde de Estarreja, Liga de Amigos do HVS e ainda a colaboração da Escola Secundária de Estarreja, Cerciesta, Stª Casa da Misericórdia de Estarreja, Empresas da Pacopar, Indústria Farmacêutica, Governo Civil do Distrito de Aveiro, APAV, Reverendíssimo Bispo de Aveiro, Universidade de Coimbra, várias entidades do Concelho de Estarreja e de fora, de que destacamos o Prof. Doutor Nuno Grande.
Este Simpósio foi aclamado por todos os que tiveram o privilégio de nele participar.
18 – É importante lembrar como exemplo de excelentes práticas que no Inverno passado, uma fuga de Cloro no Parque Químico de Estarreja teve a resposta pronta de todos os profissionais do HVS a qual foi elogiada pelos parceiros sociais.
O HVS, que conta com profissionais competentes e motivados, tem pela 1ª vez definido um plano estratégico com futuro (Homologado a 24.07.07 pelo Sr. Ministro da Saúde, celebrado entre a ARSC,I.P e a CME) que integra a vontade e os necessários recursos do poder central, a colaboração da Câmara Municipal, das instituições e da comunidade.
Neste contexto salientamos:
- No dia 26 de Novembro de 2007 reunião com o Presidente da ARSC,I.P(Dr. João Pimentel)com a Coordenadora Nacional da RNCCI (Drª Inês Guerreiro) e o Conselho de Administração do HVS.
- No dia 21 de Fevereiro de 2008, reunião de trabalhos com responsável Engº Director das construções Hospitalares da ARSC,I.P, Engº responsável do Ministério da Saúde pelas remodelações hospitalares para integrar a RNCCI, Sr. Presidente da Câmara Municipal e o Director do Urbanismo da Câmara Municipal, a Provedora e um mesário da Stª Casa da Misericórdia de Estarreja e o Conselho de Administração do HVS. Discussão relativa às alterações do edifício para acomodar cerca de 30 camas de convalescença, bem como para melhorar todas as restantes valências previstas na nossa Missão.
Este é apenas um resumo de 1 ano de actividade deste Conselho de Administração que desde já agradece o empenho, dedicação e contributo de todos os que com ele colaboram.
Estarreja, HVS 26 de Fevereiro de 2008
Etiquetas: Política Estarrejense
Na próxima terça-feira, entre as 16 e as 17 horas vou estar presente num debate no Rádio Clube Português (FM 94.4 Aveiro) para debater a temática da Adopção em Portugal. Espero que possam ouvir. Vejam em http://segurancaditasocial.blogspot.com/ e acompanhem a continuação desta senda em http://sdscont.blogspot.com/