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quinta-feira, outubro 23, 2008

E finalmente a inépcia da governação estarrejense fez com que comadres estratégica e eleitoralisticamente juntas enfim se zangassem... vejam o o verniz a estalar no Diário de Aveiro:

Estarreja: Líder do PSD defende fim da coligação com o CDS
Valdemar Ramos faz uma avaliação negativa da aliança PSD/CDS. Mas vai afastar-se da liderança do partido e caberá a outros decidir o futuro da coligação

O presidente da comissão política concelhia do PSD de Estarreja defende o fim da coligação com o CDS nas próximas eleições autárquicas, em 2009. Como líder local, Valdemar Ramos deu o seu aval à aliança com os “populares” no sufrágio de 2001 (e depois no de 2005), quando era necessário combater a hegemonia que o PS conquistara no concelho desde 1993.
No entanto, a avaliação negativa que o dirigente faz do actual relacionamento entre os dois parceiros de coligação leva-o a ter agora uma opinião diferente.
Valdemar Ramos, líder concelhio há oito anos, ajuíza que a “colaboração” entre PSD e CDS tem estado longe de ser “permanente”. A aliança “não tem corrido como desejado”, diz, defendendo a ruptura no final do actual mandato.
Por outro lado, os partidos “têm de se definir”. Com uma coligação que em 2009 irá perfazer oito anos de funcionamento, PSD e CDS correm o risco de “perder a identidade”.
A decisão de conservar ou romper a aliança não caberá, porém, a Valdemar Ramos. A comissão concelhia de Estarreja vai entrar num processo eleitoral interno destinado à escolha de uma nova equipa dirigente. O advogado anunciou ao Diário de Aveiro que não será recandidato nas eleições de 7 de Novembro, alegando indisponibilidade de tempo devido aos seus compromissos profissionais.
O ainda líder concelhio estima que “será fácil” encontrar um candidato à sua sucessão. Ainda assim, foi criado um comité de quatro pessoas encarregado de descortinar um bom concorrente entre os militantes locais do partido. E até pode dar-se o caso de surgir “mais do que um” candidato, declarou.
A futura comissão política terá de tomar uma decisão acerca da união com o CDS em 2009. Será uma das muitas incumbências que a nova equipa dirigente terá em mãos num mandato que promete ser “muito trabalhoso” e para o qual será preciso assegurar “grande disponibilidade” entre os militantes, o que “às vezes não acontece”.
Com ou sem coligação, uma coisa é certa para Valdemar Ramos: José Eduardo Matos, actual presidente da Câmara, deve recandidatar-se a um terceiro mandato com o apoio do PSD.
O líder concelhio do CDS, Mário Simão, está fora do país e não pôde ser contactado. O presidente da comissão distrital, por sua vez, desvaloriza as declarações de Valdemar Ramos sobre a saúde da coligação. “Valorizamos muito mais a impressão de José Eduardo Matos, que, pelo que sabemos, é excelente”, disse ontem ao Diário de Aveiro.
Raul Almeida garantiu que nenhuma decisão foi ainda tomada acerca do futuro das coligações no distrito - em Estarreja e também em Aveiro.
Isto apesar de o Documento de Estratégia do CDS para as eleições autárquicas de 2009 ser claro quanto ao calendário do processo eleitoral: “os acordos autárquicos desejáveis devem estar claramente definidos até Setembro de 2008”.
Segundo Raul Almeida, esse documento incide sobretudo nos acordos que possam vir a ser celebrados e não nos que estão já em vigor. “A gestão das coligações existentes é feita com alguma liberdade”, afirmou.
O dirigente distrital estima que no “início de 2009” o CDS comece a “tornar públicas” as suas opções para as autárquicas. Antes disso será efectuada uma avaliação da eficácia das duas alianças com o PSD.
Certo é, de acordo com Raul Almeida, que o partido “não está agarrado a nenhuma coligação” e está em condições de ir a votos sozinho. “O CDS tem uma personalidade forte e autónoma e, se for caso disso, pode apresentar uma candidatura de grande qualidade”.l

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