terça-feira, maio 03, 2011
It's the end of the world as we know it...
Para quem não gosta de REM, aqui fica a explicação. A notícia saiu aqui:
FMI quer preços dos remédios 6% mais baixos | Económico
...e a reacção angustiada aqui:
http://economico.sapo.pt/noticias/nao-pode-ser-a-troika-a-governar-portugal_117164.html
Os primeiros foguetes já soaram aqui, na caixa de comentários deste texto e um pouco por toda a blogosfera e redes sociais.
A ser verdade, esta medida representa uma redução de 30% das margens das farmácias (isto depois das múltiplas reduções ocorridas nos últimos anos e da mais que previsível entrada em vigor da DCI) - em termos práticos, é o fim do modelo farmacêutico português, pois será inevitável a falência de algumas farmácias e cadeias de distribuição de medicamentos, desencadeando-se um efeito de bola de neve que desencadeará ainda mais falências (uma vez que é a distribuição quem efectivamente financia grande parte do sector).
Para quem não gosta de REM, aqui fica a explicação. A notícia saiu aqui:
FMI quer preços dos remédios 6% mais baixos | Económico
...e a reacção angustiada aqui:
http://economico.sapo.pt/noticias/nao-pode-ser-a-troika-a-governar-portugal_117164.html
Os primeiros foguetes já soaram aqui, na caixa de comentários deste texto e um pouco por toda a blogosfera e redes sociais.
A ser verdade, esta medida representa uma redução de 30% das margens das farmácias (isto depois das múltiplas reduções ocorridas nos últimos anos e da mais que previsível entrada em vigor da DCI) - em termos práticos, é o fim do modelo farmacêutico português, pois será inevitável a falência de algumas farmácias e cadeias de distribuição de medicamentos, desencadeando-se um efeito de bola de neve que desencadeará ainda mais falências (uma vez que é a distribuição quem efectivamente financia grande parte do sector).
A ANF não terá, em princípio, capacidade para assegurar muito mais financiamento do que aquele que já está a ser garantido - e perante a capitulação de alguns associados, os atrasos de pagamento do Estado e os inevitáveis efeitos destes fenómenos na Alliance Healthcare, a ANF estará igualmente exposta a um risco enorme. E se a ANF cair, cairá também o financiamento bancário para garantir a comparticipação de medicamentos.
Por paradoxal que pareça, só com a liberalização da instalação de farmácias será possível assegurar a viabilidade económica do sector... o FMI já a fez na Grécia e provavelmente vai repetir a receita em Portugal. É absolutamente inevitável, pois só as grandes cadeias poderão sobreviver com margens tão curtas e redes próprias de distribuição.
Uma coisa é certa: se esta medida avançar nada ficará como antes - e estou convencido de que no dia 3 de Maio de 2013 estarei aqui a confirmar que em Portugal existirão 3 grandes cadeias de farmácias, que dominarão mais de 90% do mercado. É para estes exercícios de Zandinguismo que serve a blogosfera!
Etiquetas: Farmácia
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