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quarta-feira, janeiro 25, 2006

O José Matos (aqui e aqui) e o José Cláudio Vital (aqui) responderam nos respectivos blogues aos textos que eu aqui publiquei a pedido da Marisa Macedo (aqui e aqui).
Embora eu não conheça o documento do Orçamento e das GOP para este ano e não tenha tido qualquer participação na elaboração do documento apresentado pelo grupo parlamentar do PS, há algumas coisas que penso ser importante esclarecer e que permitem desmontar vários dos argumentos e contra-argumentos utilizados:
- O investimento no concelho: é evidente e óbvio que obras como por exemplo o cinema, a biblioteca ou o parque municipal do Antuã não são pagas adiantadas ou sequer a pronto. Ou seja, é inevitável que o lastro do seu financiamento se arraste por orçamentos anteriores e posteriores à sua conclusão. O que não é correcto é que um executivo se vanglorie (ou se lamente...) da sua autoria ou do investimento associado quando não teve qualquer participação no lançamento, programação e obtenção do financiamento governamental para a realização da obra em causa;
- Não me parece que exista qualquer ofensa quando se diz que este orçamento serve para pagar as obras inauguradas no último período de campanha eleitoral. Aliás, pelas razões referidas na alínea anterior, isso seria natural e previsível. A acusação que o PS faz não parece levantar qualquer suspeita em relação à origem do financiamento da campanha do PSD/CDS, mas refere apenas as consequências de uma gestão orientada pelas datas do calendário eleitoral;
- A questão das obras paradas por falta de pagamento também não foi adequadamente tratada. É evidente que os empreiteiros só em último caso é que recorreriam a uma medida tão drástica como a paragem de uma obra. Os artifícios utilizados quando os pagamentos tardam são bem conhecidos e mensuráveis pela simples contagem do número de trabalhadores no activo quando há dinheiro versus a meia dúzia de gatos pingados de Super Bock na mão que povoam as empreitadas quando o dinheiro tarda...
- Acho insólito o argumento do José Matos quando fala em "ineficiência do PS na inauguração das suas obras", sobretudo porque é utilizado para responder a uma acusação de eleitoralismo na calendarização das actividades camarárias...

O resto é apenas política e jogo de palavas. De qualquer modo, há uma realidade que salta à vista (e que o José Matos reconhece): há uma desaceleração clara da actividade da CME. Se o facto deste abrandamento coincidir temporalmente com a conclusão das obras herdadas do tempo do PS é apenas uma coincidência, há que reconhecer que JEM teve azar...

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