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sexta-feira, junho 06, 2008

Há qualquer coisa de tragicómico na postura que o texto do José Matos implicitamente defende. Pelo que hoje se sabe, o traçado do TGV começou a ser discutido em 2003 e aparentemente a Câmara Municipal de Estarreja não só esteve sempre fora do processo, como não fez nada para saber o que se passava (antes pelo contrário) e, tal como no caso do IC1, acabou por ser confrontada com um facto consumado depois de mais uma vez um Presidente da Câmara de um município vizinho ter tratado da vidinha e negociado com o governo o melhor para os seus interesses.
Agora foi Albergaria, no caso do IC1 tinha sido o Presidente da CM de Ovar, no do Ikea foi o de Paços de Ferreira, enfim... em todos os casos há um denominador comum: Estarreja dormiu enquanto outros trabalharam.
Este caso do TGV acaba por nem ter consequências graves, pois depois de perdida a estação, o que interessa a Estarreja é que o TGV passe o mais longe possível, não só por razões ambientais e urbanísticas, mas também para ajudar a esquecer a vergonha de mais uma humilhação negocial, esta perdida por falta de comparência. No entanto, façamos um pequeno exercício previsional: e se para o TGV ter a sua estação em Albergaria fosse necessário causar estragos em Estarreja? Como é que José Eduardo descalçaria esta bota?
O facto de se terem posto a discussão pública dois traçados em que um deles é absurdo mostra pelo menos duas coisas: que este processo foi estranho e que não se considerou seriamente a hipótese-Estarreja.
Pior que perder um jogo, é perdê-lo por falta de comparência. E pior que perder por falta de comparência é perder por falta de comparência sem sequer saber que havia jogo. Foi isto que Estarreja fez e aparentemente o José Matos achou muito bem. Teve mais sorte que juízo, pois se desse jeito a Albergaria os primeiros a sofrer os estragos do TGV seriam precisamente os fermelanenses!

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