quinta-feira, agosto 28, 2008
Desta vez a desculpa oficial para a inactividade deste blogue é ainda mais plausível e credível que as anteriores: estou a mudar de casa, com tudo o que isso implica em termos de martírio burocrático.
Não vos vou escrever sobre a minha relação com homens do alarme, pintores, electricistas, carpinteiros, taqueiros, picheleiros e outros que tais, pois este é um blogue que se pretende decente e frequentado também por senhoras de boas famílias.
O alvo desta pequena prédica é aquela que neste momento é provavelmente a empresa que menos quer saber dos seus clientes: a Lusitânia Gás. Assinei um contrato para esta companhia me instalar o gás natural há dois meses e até agora nada: ninguém apareceu para instalar o gás, a própria Lusitânia Gás não sabe quando o vai instalar, não sabe porque é que o processo está a demorar tanto e não apresentou qualquer justificação, mesmo que esfarrapada, para o sucedido. Pior: não foi dada qualquer resposta às múltiplas queixas que entretanto apresentei à própria Lusitânia Gás, pessoalmente e através da DECO.
Ninguém se entende na Lusitânia Gás e aparentemente ninguém quer saber da resolução do problema. Estou de pés e mãos atados porque criei fundadas expectativas de que teria gás natural a funcionar em minha casa. No entanto, nos últimos meses fiquei a saber que isso só acontecerá se e quando alguém da Lusitânia Gás se dignar a analisar o meu caso - embora a própria Lusitânia Gás não garanta que isso algum dia possa acontecer...
Etiquetas: Coisas da Vida
terça-feira, agosto 05, 2008
Pela calada, à entrada de Agosto e de um modo ultra-discreto, a Ministra da Saúde Ana Jorge deu provavelmente a maior bordoada de sempre às farmácias portuguesas e à ANF.
De facto, comparadas com a descida de 30% no preço dos genéricos, todas as iniciativas de Correia de Campos são peanuts: depois da dupla redução de 6% no PVP (11,6% redução acumulada) de todos os medicamentos sujeitos a receita médica e do estrangulamento das margens das farmácias e armazenistas, os genéricos eram uma fonte de margem de lucro que permitia às farmácias manterem o seu equilíbrio financeiro e sobretudo económico. Com esta medida provavelmente tudo mudará: obviamente que a indústria fará reflectir esta diminuição nas margens atribuídas às farmácias e com isto serão estas directamente quem suportará os custos da medida. O facto de já estar há alguns meses afastado da realidade profissional diária da farmácia de oficina faz com que não tenha a plena noção da percentagem da margem que é devida aos genéricos. No entanto, seguramente que deverá ser bastante elevada (30%? - neste caso haveria uma diminuição de 9% na margem real, que passaria para cerca de 22%). Traduzindo tudo em miúdos, a margem de negócio das farmácias diminuiu acentuadamente, o que poderá causar perdas directas de cerca de 31.500€ por ano a uma farmácia média.
Oportunamente falarei das consequências desta medida para o SNS, médicos e utentes.
De facto, comparadas com a descida de 30% no preço dos genéricos, todas as iniciativas de Correia de Campos são peanuts: depois da dupla redução de 6% no PVP (11,6% redução acumulada) de todos os medicamentos sujeitos a receita médica e do estrangulamento das margens das farmácias e armazenistas, os genéricos eram uma fonte de margem de lucro que permitia às farmácias manterem o seu equilíbrio financeiro e sobretudo económico. Com esta medida provavelmente tudo mudará: obviamente que a indústria fará reflectir esta diminuição nas margens atribuídas às farmácias e com isto serão estas directamente quem suportará os custos da medida. O facto de já estar há alguns meses afastado da realidade profissional diária da farmácia de oficina faz com que não tenha a plena noção da percentagem da margem que é devida aos genéricos. No entanto, seguramente que deverá ser bastante elevada (30%? - neste caso haveria uma diminuição de 9% na margem real, que passaria para cerca de 22%). Traduzindo tudo em miúdos, a margem de negócio das farmácias diminuiu acentuadamente, o que poderá causar perdas directas de cerca de 31.500€ por ano a uma farmácia média.
Oportunamente falarei das consequências desta medida para o SNS, médicos e utentes.
Etiquetas: Farmácia