quinta-feira, julho 12, 2007
A falta de tempo nem sempre coincide com a falta de assunto. Às vezes passo períodos em que escrevo quase freneticamente sem nada para dizer, que contrastam com momentos como o de agora, em que tenho tanto para escrever (e sobre tanta coisa...!) e muito pouco tempo para o fazer...
Mas comecemos esta tentativa de recuperar o tempo perdido.
Em primeiro lugar, a política local de Estarreja. Devo várias respostas ao José Matos:
- Começo, naturalmente, por lhe desejar um feliz aniversário. Lembro-me que na primeira Assembleia Municipal em que participei em 2001 (ou no início de 2002?), o José Matos foi apresentado como exemplo de "um jovem" que fazia parte das listas da coligação PSD/CDS. Nessa altura soube que o José Matos tinha 31 anos e recordo-me de ter pensado algo do género "31?! Mas com esta idade ele já não é propriamente um jovem! Estes tipos arranjam cada maneira de dizer que incluem jovens nas listas...!". Pois é. Pela boca morre o peixe. Hoje sou eu quem tem 31... e sim, considero-me um jovem! E não, já não acho os 37 anos do Zé Matos um exagero...:-)
- Em segundo lugar, uma referência a um texto sério que escrevi sobre as lamas de Canelas e à resposta que recebi do José Matos. Sejamos claros: ainda não vi em lado nenhum qualquer referência a resultados das análises às lamas relativamente a parâmetros bacteriológicos, parasitológicos e virulógicos. Mas vi referências a atrasos nas análises e a aspectos que me parecem menos importantes. Não sei que tipo de análises foram realizadas. Até admito que pudesse estar tudo bem relativamente aos parâmetros que referi. No entanto, parece-me inegável que, 8 meses depois do caso, a opinião pública ainda não foi adequadamente esclarecida. E é isso que neste momento é importante. Se o José Matos tem acesso às análises, peço-lhe publicamente o favor de revelar os resultados das análises relativas ao conteúdo bacteriológico, parasitológico e virulógico das lamas. É isso que verdadeiramente interessa à população, pois é daí que podem surgir os principais perigos para a Saúde Pública. E é também isso que, que eu saiba, ainda ninguém esclareceu;
- Por fim, uma nota sobre o artigo que fiz publicar na passada edição do Jornal de Estarreja. Tratava-se, obviamente, de um texto cómico (embora com várias verdades subliminares). No entanto, provocou algumas ondas de choque, que naturalmente recebi com um sorriso (às vezes uma gargalhada) nos lábios. Comecemos por aquilo que era mesmo a sério: tal como já aqui por diversas vezes referi, os elogios a Marisa Macedo (que tem estado fortíssima e a fazer um mandato excepcional), José Matos (um talento político até agora subaproveitado pelo PSD de Estarreja) e José Cláudio Vital (que provou ter uma elevada capacidade de trabalho e coerência na execução de projectos) foram todos sinceros e sentidos. Aliás, penso que os visados sabem disso. Foi também a sério a referência ao sentimento de desmoralização na concelhia do PSD de Estarreja: depois de ser eleito, Valdemar Ramos foi publicamente criticado por alguns camaradas de partido, dos quais se destaca naturalmente Vaz da Silva (ex-Presidente da Assembleia Municipal, no Jornal de Estarreja). Em vez de enfrentar as críticas com uma atitude enérgica e de efectiva actividade política, Valdemar Ramos não soube reagir às sucessivas contrariedades políticas que sofreu e foi ultrapassado na troca de cadeiras que decorreu no grupo municipal do PSD, o que é uma evidente manifestação de fragilidade política. As relações de causa-efeito entre o rolar de cabeças laranjas e as vitórias políticas do PS são, naturalmente, especulações blogosféricas que visavam dar algum colorido à vida política local... e pelas reacções que obtive, os meus objectivos foram alcançados!
PS - O José Cláudio também reagiu ao meu texto. Respeito as razões que o tenham levado a sair do cargo de líder do grupo parlamentar na AM. No entanto, penso que todos sabemos que quem ocupa cargos de responsabilidade política coloca-se a jeito para este tipo de especulações, mesmo que em forma de comédia, como foi o caso. Deixo só uma pequena nota pelo alegado "esquecimento oportuno" promovido pela oposição estarrejense relativamente à actividade do Eco-Parque: 500 empregos é bom e é algo que merece ser saudado. No entanto, só o projecto do IKEA (que reconheço que é uma empresa interesseira, que troca a consciência ambiental por meia dúzia de tostões a menos na hora de comprar terrenos e obter benefícios fiscais e produz mobília de fraca qualidade, que ainda por cima tem que ser montada em casa pelos clientes) levaria à criação do triplo do número de postos de trabalho directos e indirectos, para além do efeito dinamizador que teria sobre empresas de outros sectores e da visibilidade que traria ao Parque. Além disso, penso que todos concordarão que os resultados de 6 anos de gestão PSD do processo do Eco-Parque são muito pobres. Estamos onde deveríamos ter estado em 2003. Ou seja, neste momento o Eco-Parque leva 4 anos de atraso. E na vida empresarial 4 anos é uma eternidade. Neste momento, o PSD já leva mais tempo com o dossier do Eco-Parque do que o PS teve em todo o tempo que esteve na CME!
Mas comecemos esta tentativa de recuperar o tempo perdido.
Em primeiro lugar, a política local de Estarreja. Devo várias respostas ao José Matos:
- Começo, naturalmente, por lhe desejar um feliz aniversário. Lembro-me que na primeira Assembleia Municipal em que participei em 2001 (ou no início de 2002?), o José Matos foi apresentado como exemplo de "um jovem" que fazia parte das listas da coligação PSD/CDS. Nessa altura soube que o José Matos tinha 31 anos e recordo-me de ter pensado algo do género "31?! Mas com esta idade ele já não é propriamente um jovem! Estes tipos arranjam cada maneira de dizer que incluem jovens nas listas...!". Pois é. Pela boca morre o peixe. Hoje sou eu quem tem 31... e sim, considero-me um jovem! E não, já não acho os 37 anos do Zé Matos um exagero...:-)
- Em segundo lugar, uma referência a um texto sério que escrevi sobre as lamas de Canelas e à resposta que recebi do José Matos. Sejamos claros: ainda não vi em lado nenhum qualquer referência a resultados das análises às lamas relativamente a parâmetros bacteriológicos, parasitológicos e virulógicos. Mas vi referências a atrasos nas análises e a aspectos que me parecem menos importantes. Não sei que tipo de análises foram realizadas. Até admito que pudesse estar tudo bem relativamente aos parâmetros que referi. No entanto, parece-me inegável que, 8 meses depois do caso, a opinião pública ainda não foi adequadamente esclarecida. E é isso que neste momento é importante. Se o José Matos tem acesso às análises, peço-lhe publicamente o favor de revelar os resultados das análises relativas ao conteúdo bacteriológico, parasitológico e virulógico das lamas. É isso que verdadeiramente interessa à população, pois é daí que podem surgir os principais perigos para a Saúde Pública. E é também isso que, que eu saiba, ainda ninguém esclareceu;
- Por fim, uma nota sobre o artigo que fiz publicar na passada edição do Jornal de Estarreja. Tratava-se, obviamente, de um texto cómico (embora com várias verdades subliminares). No entanto, provocou algumas ondas de choque, que naturalmente recebi com um sorriso (às vezes uma gargalhada) nos lábios. Comecemos por aquilo que era mesmo a sério: tal como já aqui por diversas vezes referi, os elogios a Marisa Macedo (que tem estado fortíssima e a fazer um mandato excepcional), José Matos (um talento político até agora subaproveitado pelo PSD de Estarreja) e José Cláudio Vital (que provou ter uma elevada capacidade de trabalho e coerência na execução de projectos) foram todos sinceros e sentidos. Aliás, penso que os visados sabem disso. Foi também a sério a referência ao sentimento de desmoralização na concelhia do PSD de Estarreja: depois de ser eleito, Valdemar Ramos foi publicamente criticado por alguns camaradas de partido, dos quais se destaca naturalmente Vaz da Silva (ex-Presidente da Assembleia Municipal, no Jornal de Estarreja). Em vez de enfrentar as críticas com uma atitude enérgica e de efectiva actividade política, Valdemar Ramos não soube reagir às sucessivas contrariedades políticas que sofreu e foi ultrapassado na troca de cadeiras que decorreu no grupo municipal do PSD, o que é uma evidente manifestação de fragilidade política. As relações de causa-efeito entre o rolar de cabeças laranjas e as vitórias políticas do PS são, naturalmente, especulações blogosféricas que visavam dar algum colorido à vida política local... e pelas reacções que obtive, os meus objectivos foram alcançados!
PS - O José Cláudio também reagiu ao meu texto. Respeito as razões que o tenham levado a sair do cargo de líder do grupo parlamentar na AM. No entanto, penso que todos sabemos que quem ocupa cargos de responsabilidade política coloca-se a jeito para este tipo de especulações, mesmo que em forma de comédia, como foi o caso. Deixo só uma pequena nota pelo alegado "esquecimento oportuno" promovido pela oposição estarrejense relativamente à actividade do Eco-Parque: 500 empregos é bom e é algo que merece ser saudado. No entanto, só o projecto do IKEA (que reconheço que é uma empresa interesseira, que troca a consciência ambiental por meia dúzia de tostões a menos na hora de comprar terrenos e obter benefícios fiscais e produz mobília de fraca qualidade, que ainda por cima tem que ser montada em casa pelos clientes) levaria à criação do triplo do número de postos de trabalho directos e indirectos, para além do efeito dinamizador que teria sobre empresas de outros sectores e da visibilidade que traria ao Parque. Além disso, penso que todos concordarão que os resultados de 6 anos de gestão PSD do processo do Eco-Parque são muito pobres. Estamos onde deveríamos ter estado em 2003. Ou seja, neste momento o Eco-Parque leva 4 anos de atraso. E na vida empresarial 4 anos é uma eternidade. Neste momento, o PSD já leva mais tempo com o dossier do Eco-Parque do que o PS teve em todo o tempo que esteve na CME!
Etiquetas: Política Estarrejense
Comments:
Enviar um comentário