quinta-feira, julho 31, 2008
É profundamente lamentável o instrumentalismo com que as limitações físicas da Bastonária têm sido tratadas pelos poucos elementos que ainda se mantêm na Direcção Nacional da Ordem dos Farmacêuticos.
E é absolutamente insustentável que a OF se mantenha em funcionamento com uma DN sem qualquer credibilidade, legitimidade ou aceitação pelos farmacêuticos, sobretudo desde que se falhou o cumprimento da principal (e única...) medida que constava da agenda eleitoral de Irene Silveira: afinal, e ao contrário do que tantas vezes foi prometido, não acabou o processo de renovação da carteira profissional!
Uma DN quase unipessoal que alicerça a sua legitimidade democrática em eleições ganhas com base numa única proposta não pode sobreviver depois da queda simultânea da pessoa e da proposta.
Ou seja, são inevitáveis as eleições na OF!
E é absolutamente insustentável que a OF se mantenha em funcionamento com uma DN sem qualquer credibilidade, legitimidade ou aceitação pelos farmacêuticos, sobretudo desde que se falhou o cumprimento da principal (e única...) medida que constava da agenda eleitoral de Irene Silveira: afinal, e ao contrário do que tantas vezes foi prometido, não acabou o processo de renovação da carteira profissional!
Uma DN quase unipessoal que alicerça a sua legitimidade democrática em eleições ganhas com base numa única proposta não pode sobreviver depois da queda simultânea da pessoa e da proposta.
Ou seja, são inevitáveis as eleições na OF!
Etiquetas: Farmácia
segunda-feira, julho 28, 2008
Cheguei lá através do Arrastão. Mas este é de facto um bom blogue sobre as eleições americanas, com uma excelente coluna de links.
Etiquetas: Blogosfera
Sim, é verdade. Há quem tenha coragem para escrever textos destes e assinar por baixo. Mesmo que isto seja um previsível bilhete para um tacho em África, a verdade é que é preciso topete...!
Etiquetas: Política Internacional
sexta-feira, julho 25, 2008
Finalmente vamos ter sossego. A partir de agora deixaremos de ouvir dizer que Carlos Queiroz "é hipótese" para o Benfica, Sporting ou Porto sempre que um destes clubes empata com o Gondomar para a Taça ou quando um dos respectivos técnicos recebe um "voto de confiança" da direcção.
Carlos Queiroz é como uma chiclete que se cola aos pés dos clubes por onde passa: ninguém fica verdadeiramente livre dele de vez e há sempre a possibilidade da chiclete voltar inteirinha ao local de origem, no caso da outra ponta se soltar. Queiroz já entrou e saiu da FPF três ou quatro vezes, para além de ter sido "hipótese" para seleccionador nacional de dois em dois anos desde 1994. Fez o mesmo com o Manchester e a imprensa refere que mesmo assim só veio para a selecção depois de acautelar um possível regresso ao MU...
A principal conclusão que se pode tirar desta contratação (até 2012) é que Portugal só vai ser campeão do mundo em 2014, já com José Mourinho a tentar relançar a carreira e com um Cristiano Ronaldo de 29 anos, de novo em boa forma, depois de ter regressado a Inglaterra após uma penosa e falhada experiência em Madrid. Ou seja, ainda vamos a tempo.
PS - Queiroz é, no entanto, muito melhor treinador que Scolari. Sabe mais de futebol, estuda os adversários e conhece bem os jogadores. Só tem um problema: a sua reconhecida incapacidade para gerir grupos e controlar pessoas com mais de 18 anos.
Carlos Queiroz é como uma chiclete que se cola aos pés dos clubes por onde passa: ninguém fica verdadeiramente livre dele de vez e há sempre a possibilidade da chiclete voltar inteirinha ao local de origem, no caso da outra ponta se soltar. Queiroz já entrou e saiu da FPF três ou quatro vezes, para além de ter sido "hipótese" para seleccionador nacional de dois em dois anos desde 1994. Fez o mesmo com o Manchester e a imprensa refere que mesmo assim só veio para a selecção depois de acautelar um possível regresso ao MU...
A principal conclusão que se pode tirar desta contratação (até 2012) é que Portugal só vai ser campeão do mundo em 2014, já com José Mourinho a tentar relançar a carreira e com um Cristiano Ronaldo de 29 anos, de novo em boa forma, depois de ter regressado a Inglaterra após uma penosa e falhada experiência em Madrid. Ou seja, ainda vamos a tempo.
PS - Queiroz é, no entanto, muito melhor treinador que Scolari. Sabe mais de futebol, estuda os adversários e conhece bem os jogadores. Só tem um problema: a sua reconhecida incapacidade para gerir grupos e controlar pessoas com mais de 18 anos.
Etiquetas: Futebol?
Gonçalo Amaral escreveu um livro para explicar ao mundo os pormenores da saloiice com que ele próprio coordenou a investigação do caso McCann. Pena é que o "mea culpa" se tenha transformado em mais um penoso exercício de sacudidela de água do capote...
O José Cláudio regressou à blogosfera, desta vez com Boletos e Outras Coisas.
quarta-feira, julho 23, 2008
Radovan Karadzic, Ayman Al-Zawahiri (nº 2 da Al-Qaeda) e os 6 indivíduos que há um ano fizeram uma série de atentados no Reino Unido são todos médicos. Os farmacêuticos têm que se contentar com Henri Nestlé, John Pemberton (criador da Coca-Cola) ou Alexander Shulgin (criador do MDMA, mais conhecido por "ecstasy"). Há, no entanto, um hiato temporal entre uns e outros. Há quanto tempo não aparece um farmacêutico famoso? Quais serão os critérios de recrutamento de Bin Laden e outros genocidas internacionais?
Mesmo para os raros leitores deste blogue já deve ser aborrecida a quantidade de vezes que aqui me desculpei pela falta de textos. No entanto, mais do que um blogger seco, eu sou um indivíduo bem educado. Por isso, tenham paciência, mas cá fica o enésimo pedido de compreensão para a falta de tempo deste vosso escriba :)
quarta-feira, julho 09, 2008
terça-feira, julho 08, 2008
A eliminação da selecção do Euro e o facto de nos estarmos a aproximar da silly season (eu acho que já lá estamos) não deveria servir de desculpas para o que se tem passado na opinião pública portuguesa em torno do tema das políticas de saúde.
Ontem à noite, e beneficiando de uma trégua da minha filha (que me concedeu um cessar fogo de cerca de 3 horas), decidi empregar o precioso e raro bem essencial (o tempo) a assistir ao "Prós e Contras" sobre o futuro do SNS. Hoje todos os que tiveram a mesma ideia sabem que perdemos uma excelente oportunidade para assistir aos mais recentes desenvolvimentos da novela "Fascínios" da TVI ou outra coisa qualquer, tão baixa foi a qualidade do programa em causa.
De facto, o Prós e Contras confirmou-se como um dos maiores bluffs da TV portuguesa e Fátima Campos Ferreira, ao melhor estilo da selecção de futebol, passou ao lado da possibilidade de fazer um excelente debate televisivo. Não se discutiram as recentes e absurdas propostas de Manuela Ferreira Leite (que disse com todas as letras que era contra a "universalidade do SNS"!!!!), não se exploraram as consequências do relatório sobre a sustentabilidade financeira do SNS, não se analisou devidamente tudo o que o Observatório Português dos Sistemas de Saúde aborda (embora nem sempre com a profundidade desejável) no último relatório e perdeu-se o tempo com os convivas a trocarem banalidades ideológicas e exemplos avulsos de problemas do sistema português e virtudes de sistemas alheios.
O único facto verdadeiramente interessante que ontem surgiu foi o destaque e pose de Estado de Adalberto Campos Fernandes, a quem, vá lá saber-se porquê, eram sempre colocadas as questões mais relacionadas com políticas públicas e responsabilidades do governo. É assim, devagarinho e com jeitinho, que se promove um candidato a Ministro da Saúde: seca-se o terreno à volta, despolariza-se o debate (os representantes do OPSS pouco puderam falar do relatório) e apresenta-se o visado como a única solução viável. ACF tem, no entanto, uma característica irritante e que lhe poderá custar a almejada nomeação: ao apresentar citações e conceitos alheios como se fossem luminosas ideias suas, o candidato acaba involuntariamente por mostrar (embora só aos mais atentos) o seu próprio esvaziamento intelectual, o que, não tendo uma tradução tangível em termos práticos imediatos, tem no fim do dia consequências em termos de respeitabilidade inter pares. Posso estar enganado, mas parece-me que ninguém liga a ACF. E um homem assim não pode ser MS. Por muitos Prós e Contras propagandísticos que lhe façam.
Ontem à noite, e beneficiando de uma trégua da minha filha (que me concedeu um cessar fogo de cerca de 3 horas), decidi empregar o precioso e raro bem essencial (o tempo) a assistir ao "Prós e Contras" sobre o futuro do SNS. Hoje todos os que tiveram a mesma ideia sabem que perdemos uma excelente oportunidade para assistir aos mais recentes desenvolvimentos da novela "Fascínios" da TVI ou outra coisa qualquer, tão baixa foi a qualidade do programa em causa.
De facto, o Prós e Contras confirmou-se como um dos maiores bluffs da TV portuguesa e Fátima Campos Ferreira, ao melhor estilo da selecção de futebol, passou ao lado da possibilidade de fazer um excelente debate televisivo. Não se discutiram as recentes e absurdas propostas de Manuela Ferreira Leite (que disse com todas as letras que era contra a "universalidade do SNS"!!!!), não se exploraram as consequências do relatório sobre a sustentabilidade financeira do SNS, não se analisou devidamente tudo o que o Observatório Português dos Sistemas de Saúde aborda (embora nem sempre com a profundidade desejável) no último relatório e perdeu-se o tempo com os convivas a trocarem banalidades ideológicas e exemplos avulsos de problemas do sistema português e virtudes de sistemas alheios.
O único facto verdadeiramente interessante que ontem surgiu foi o destaque e pose de Estado de Adalberto Campos Fernandes, a quem, vá lá saber-se porquê, eram sempre colocadas as questões mais relacionadas com políticas públicas e responsabilidades do governo. É assim, devagarinho e com jeitinho, que se promove um candidato a Ministro da Saúde: seca-se o terreno à volta, despolariza-se o debate (os representantes do OPSS pouco puderam falar do relatório) e apresenta-se o visado como a única solução viável. ACF tem, no entanto, uma característica irritante e que lhe poderá custar a almejada nomeação: ao apresentar citações e conceitos alheios como se fossem luminosas ideias suas, o candidato acaba involuntariamente por mostrar (embora só aos mais atentos) o seu próprio esvaziamento intelectual, o que, não tendo uma tradução tangível em termos práticos imediatos, tem no fim do dia consequências em termos de respeitabilidade inter pares. Posso estar enganado, mas parece-me que ninguém liga a ACF. E um homem assim não pode ser MS. Por muitos Prós e Contras propagandísticos que lhe façam.
Etiquetas: Política de Saúde
sábado, julho 05, 2008
A transmissão em horário nobre pela RTP do Harry Potter em português não só é uma revoltante regressão civilizacional, como é uma péssima utilização de dinheiros públicos.
Etiquetas: Portugal
terça-feira, julho 01, 2008
E agora algo de verdadeiramente importante, ou o doce sabor da vitória em espanhol:
Etiquetas: Futebol?, Spellbound
A Câmara da Póvoa de Varzim conseguiu encerrar um blogue. Obviamente, surgiu imediatamente outro com os mesmos objectivos do primeiro. Este episódio seria apenas cómico (com uma Câmara a ser afundada em batalhas estéreis contra fantasmas que surgem como Gremlins, de todos os lados, cada vez em maior número) se não fosse sintomático de um mal mais profundo e, esse sim, preocupante: de facto, de um modo geral os políticos dão-se mal com a blogosfera. E, ao contrário do que sucede com os jornais, em que quando não se gosta dos textos a tradição é processar o respectivo autor e não promover processos judiciais para encerrar a publicação, desta vez a Câmara da Póvoa considerou ingenuamente que poderia cortar o mal pela raiz. É que um blogger é sempre alguém mais frágil que um jornal (seja nacional ou local) e portanto em teoria é também um alvo que facilmente poderia ser "esmagado" judicialmente. Ou seja, neste caso a Câmara da Póvoa de Varzim, sentindo-se lesada, deveria ter processado o Google (o verdadeiro dono do "jornal") ou o autor do blogue (cuja identidade deveria ser investigada pelas autoridades policiais, caso se entendesse existirem razões para isso).
A propósito deste episódio recordo duas atitudes bem mais inteligentes de políticos que também decidiram enfrentar a blogosfera: José Sócrates sentiu-se ofendido com o Portugal Profundo e processou o respectivo autor (ou seja, não pediu o encerramento do blogue) e José Eduardo de Matos (Presidente da Câmara de Estarreja), embora fortemente atacado na blogosfera (inclusive por mim... :)), utilizou-a sempre como ponto de partida para a defesa pública das suas posições, antecipando-se a grande parte dos argumentos dos que o contestavam.
Felizmente que este episódio acabará apenas com a exposição pública de quão ridículos são alguns políticos de província. E naturalmente que os blogues florescerão como cogumelos lá para os lados da Póvoa.
A propósito deste episódio recordo duas atitudes bem mais inteligentes de políticos que também decidiram enfrentar a blogosfera: José Sócrates sentiu-se ofendido com o Portugal Profundo e processou o respectivo autor (ou seja, não pediu o encerramento do blogue) e José Eduardo de Matos (Presidente da Câmara de Estarreja), embora fortemente atacado na blogosfera (inclusive por mim... :)), utilizou-a sempre como ponto de partida para a defesa pública das suas posições, antecipando-se a grande parte dos argumentos dos que o contestavam.
Felizmente que este episódio acabará apenas com a exposição pública de quão ridículos são alguns políticos de província. E naturalmente que os blogues florescerão como cogumelos lá para os lados da Póvoa.
Etiquetas: Blogosfera
