sábado, abril 26, 2008
Nota de Imprensa
Esclarecimento
Proposta de AM extraordinária sobre o TGV
Na sequência da proposta apresentada pelo PS Estarreja para que fosse agendada uma Assembleia Municipal Extraordinária com o objectivo de se analisar e discutir todos os impactos que a passagem do TGV causará em Estarreja, passando pela eleição de uma comissão eventual de abrangência alargada, o Senhor Presidente da Assembleia Municipal decidiu convocar uma reunião da Comissão Permanente da AM, alegando que, embora reconhecendo a necessidade de debater o assunto, importaria salvaguardar o segredo das negociações entre a CME e o Governo, que ele julgava existir.
Por respeito ao Senhor Presidente da AM, o PS decidiu estar presente, embora tivesse afirmado logo no início da reunião que a importância do assunto não se compadece com reuniões de “cariz privado”, uma vez que entende que o debate tem de ser público, para ser participado e eficaz. Além disso, o PS afirmou desde logo, que defendendo um debate público, não faria qualquer sentido estar a exprimir opiniões em reuniões deste tipo. O PS permaneceu na reunião, onde o Senhor Presidente da Câmara expôs o que entendeu sobre o assunto.
Do resultado dessa reunião, ficou-se a saber três coisas: primeiro, que o Senhor Presidente da Câmara é contra o TGV tal como foi contra o IC1 a Nascente; segundo, que não há qualquer negociação que defenda os interesses de Estarreja, entre a CME e o Governo; terceiro, que o Senhor Presidente não quer o assunto debatido publicamente, para tentar esconder da população os altíssimos impactos que o TGV terá em algumas zonas do concelho.
No final da reunião, perante o “aparte” irónico do Senhor Presidente questionando se «quem não manifesta opiniões também tem direito a receber senhas de presença», a líder do PS Estarreja, depois de assinalar a sua presença, escreveu na respectiva folha de presenças que doava o valor da senha a que tinha direito, a favor da Câmara Municipal de Estarreja, para que o seu valor fosse aplicado na “obra do regime” do Senhor Presidente: a Rua das Patas, em Avanca, acerca da qual o Senhor Presidente permanentemente se queixa de não conseguir desanexar 650m2 da Reserva Agrícola Nacional! A líder do PS acrescentou ainda que aguardava a emissão do recibo correspondente.Etiquetas: Política Estarrejense
quarta-feira, abril 16, 2008
É estranho escrever um texto para ser lido no futuro e seguramente que neste momento é difícil fugir aos lugares-comuns que sempre se encarregam de aparecer nestas ocasiões.
Quando acordei e notei o tom de voz da Ana percebi de imediato que estava perante um daqueles life-defining moments, pequenos instantes de que nos haveremos de recordar durante o resto da nossa vida, "durantes" que precedem o "depois" e acontecem a seguir ao "antes". Sim, a partir de agora nada será como antes. E ainda bem, por muito boa que tenha sido a primeira parte da minha vida.
A partir daquele momento tudo correu em câmara lenta e, simultaneamente (e por paradoxal que pareça), a grande velocidade. A mala que ainda não estava pronta. As pequenas coisas que fui comprar à última hora. As análises clínicas que estavam há dias para ser recolhidas no laboratório. A confirmação telefónica de que era mesmo hoje. Ir para Coimbra a 180 à hora e a viagem durar o dobro (aliás o triplo), do costume. A entrada na urgência da Maternidade. Estacionar o carro sei lá onde. E a espera. Meu deus, a espera. A interminável espera. Os jornais que não se conseguem ler e a incapacidade simultânea de estar parado ou a fazer alguma coisa. As notícias a conta-gotas e sob a forma de centímetros (unidade de medida que felizmente sucedeu aos "dedos" de dilatação). 1, 3, 4,... Tudo bem, mas tudo na mesma.
Até que a hora chegou. Sabíamos que ia chegar, mas não acreditávamos. Sentimo-nos como espectadores de um filme em que também somos os personagens e únicos actores. Ninguém está verdadeiramente preparado para isto. Eu ainda não te conheço, Maria Artur, mas já vi os teus olhos. E as tuas mãos e os teus braços. E a forma como te movimentas. E o ar de quem está muito à vontade no mundo cá fora e que nem parece que passou as últimas 37 semanas em meio aquoso. E, de facto, isso chega.
Por muito que se leia, estude, investigue ou converse sobre o assunto, não há ainda quem consiga explicar o que isto é. E realmente não há explicação: tens uma virtude original, uma simplicidade e uma inocência que fazem com que todo o tempo pare à tua volta. Estamos lá os três e o resto do mundo é apenas um cenário onde nos movimentamos como se fôssemos o Hiro Nakamura. Não sei se quando leres isto saberás quem é o Hiro. O tanas é que não saberás - se estás a contar com o Noddy ou o Ruca, podes tirar o cavalinho da chuva. Estou a brincar: como já deverás saber nesta altura, eu até sou um tipo vulnerável a influências externas e não demasiado preconceituoso.
Para terminar, uma palavra para a tua mãe, que foi e é uma heroína, não só hoje, mas desde sempre e sobretudo ao longo das últimas 37 semanas. Sim, estou-lhe a dever esta. E ainda bem.
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segunda-feira, abril 14, 2008
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sexta-feira, abril 11, 2008
Achei que era necessário assumir uma posição de força e, apesar das ameaças da Embaixada da China e do Comité Central do PCP de me submeterem ao "programa Jack Bauer" (entre a 5ª e 6ª séries) durante toda a duração dos jogos, decidi que é nestas alturas que um homem tem que mostrar a dimensão do agá com que se escreve a sua condição.
Free Tibet! Tirem o Dalai da lama!
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quarta-feira, abril 09, 2008
O Presidente da Câmara não respondeu e o Dr. Carlos Tavares disse que não sabia de nada e que o assunto era "curioso" (e disse-o com ar sobranceiro).
Se eles soubessem de alguma coisa talvez Estarreja tivesse um destino diferente. Com líderes que não sabem de nada, obviamente que não vamos a lado nenhum...
Obviamente, agora o sobranceiro sou eu :)
PS - Quando Marisa Macedo espirra, os seus opositores constipam-se. Vejam o que aconteceu ao Abel e ao Zé :)
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PROPOSTA
1º Considerando que todo o país discute e toma posição sobre o traçado do TGV, excepto Estarreja;
2º Considerando que a linha do TGV vai passar a nascente do concelho ocupando uma grande faixa do seu território;
3º Considerando que está prevista a construção de uma futura estação no concelho de Albergaria-a-Velha;
4ºConsiderando que a versão final não está completamente decidida e estamos, por isso, em tempo de acautelar os interesses de Estarreja;
5º Considerando que o Presidente da Câmara de Estarreja não tem manifestado qualquer ideia sobre o assunto, nem desenvolvido qualquer diligência no sentido de acautelar os interesses do município;
O Partido Socialista de Estarreja propõe a realização urgente de uma Assembleia Municipal Extraordinária, com o objectivo principal de eleger uma comissão encarregada de avaliar todos os impactos e reflexos que o TGV terá em Estarreja. Este grupo de trabalho deverá ser composta por membros da AM e outros interessados (desde autarcas, a colectividades, construtores civis, entre outros que se revelem pertinentes), para que, todos juntos, possamos ter total consciência do problema e das possíveis soluções que se apresentem.
Mais propõe o PS que a referida comissão seja presidida pela sua líder, Marisa Macedo, uma vez que é sua a autoria da iniciativa e uma vez que o Presidente da Câmara de Estarreja não tem mostrado saber liderar este assunto, nem sequer se lhe conhece opinião sobre o mesmo, ao contrário de presidentes de câmaras vizinhas.
Se o traçado vai afectar todo o nascente do concelho, o PS entende que se deverá lutar para que a futura estação se localize em território de Estarreja. Ou, se tal for manifestamente impossível, que seja garantida a sua construção o mais próximo possível do limite territorial do concelho, para que Estarreja possa daí colher dividendos para o seu desenvolvimento.
Estarreja não pode ser ultrapassada nos seus interesses, nem pode perder novas oportunidades de desenvolvimento, por não ter liderança à altura dos desafios, como se verificou com o IKEA..... e também o esclarecimento entretanto tornado público:
Tendo em conta algumas notícias surgidas na sequência da proposta do PS sobre TGV, pretendemos esclarecer o seguinte:
- O cerne da proposta é a realização de uma Assembleia Municipal Extraordinária, com o objectivo de se eleger uma comissão abrangente, para analisar e discutir todos os impactos que a passagem do TGV terá em Estarreja, uma vez que a ausência de informação é total.
- O PS propõe-se assumir a liderança, uma vez que o Presidente da Câmara de Estarreja não está a liderar o assunto, aliás nem sequer se lhe conhece opinião, ao contrário de outros presidentes, que já estão a defender os interesses daqueles que representam, enquanto é tempo. Depois das decisões tomadas, não haverá nada a fazer.
- O PS não quer "mais uma" estação de TGV. O PS pretende assegurar que "a" estação prevista para Aveiro se localize ou no território do concelho, ou nos limites do seu território, uma vez que esta situação não está completamente definida.
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terça-feira, abril 01, 2008
Na blogosfera local todos falam dela, de Estarreja (O Efervescente, Terra Nostra, 99% Política Estarreja, Notícias da Aldeia, The Catch) a Aveiro (Notas de Aveiro, Margem Esquerda).
O ponto alto atingiu-se no Notícias da Aldeia, com o Abel Cunha a culpar as estruturas dirigentes do PS de Estarreja pelo fim das crónicas radiofónicas do pintor Joaquim Pereira, alegadamente motivado por pressões por este criticar o governo!!!
De facto, questões humorísticas à parte, Marisa Macedo é um fenómeno que arrasa completamente a cena política local. O PSD não sabe o que fazer perante alguém que não tem medo de nada e dá continuamente o peito às balas, enfrentando frontalmente todas as discussões.
Não é habitual ver gente desta em Estarreja e o fim do "tempo do respeitinho" choca muita gente.
Mas é assim a modernidade e só desta forma poderemos viver plenamente a democracia: dizendo o que pensamos, assumindo as discordâncias e sem ter medo de estar contra o que é politicamente correcto e menos susceptível de causar problemas. Marisa Macedo não anda a reboque do populismo (ao contrário de alguns políticos, que depois de terem contribuído para encontrar uma solução para o HVS acabaram por contribuir também para criar um problema, acendendo a vela ao primeiro sinal de insurgimento popular), não tem medo de ninguém e assume frontalmente tudo o que faz. É dura nas respostas e forte nas reacções. Enfim, é o contrário do que tem caracterizado o establishment político local e do que deve ser uma mulher estarrejense submissa e discreta. E fundamentalmente é isso que enlouquece os seus adversários e os faz escrever os mais disparatados desnexos!
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Se isto for mesmo verdade, então estamos perante mais um escândalo ambiental no concelho de Estarreja denunciado pela blogosfera. Aguardemos para ver o que acontece a seguir e, em caso de confirmação, como vão reagir as entidades com responsabilidades no concelho. Que miséria!
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- 99% Política Estarreja;
- 99% Fermelã.
E ainda um blogue partidário, promovido pelo PS de Estarreja.
As coisas estão, definitivamente, relançadas. A depressão que tem caracterizado este período zéeduardiano está a chegar ao fim e da sociedade brotam flores intelectuais outrora impensáveis!
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PS - E obrigado pelos belos momentos de actividade blogosférica, concebidos a partir do nada e infelizmente apagados do éter...
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De qualquer modo, lidos por atacado, os posts do Zé Matos sobre o momento político de Estarreja (bem como o artigo que saiu na última edição do Jornal de Estarreja) são sempre mais interessantes e interligam-se melhor enquanto partes de um problema mais alargado.
Em primeiro lugar, retomemos a enumeração dos factos:
- O PSD de Estarreja tentou cavalgar uma carta anónima que circulava pelo HVS, utilizando-a para atacar o PS;
- A comunicação social local divulgou a carta praticamente sem fazer qualquer investigação jornalística sobre o assunto;
- O PS lamentou que os assuntos sérios que afectam o concelho fossem tratados com menos destaque que uma carta anónima e queixou-se da comunicação social local;
- O PSD, percebendo a triste figura que estava a fazer (pois acabou por atacar funcionários inocentes do HVS e não o PS...), decidiu fugir para a frente: afinal o problema já não era a carta ou a gestão do HVS, mas sim a direcção da RVR (num óbvio ataque a Pinho Ferreira, vereador do PS na CME);
- O PSD pressionou a direcção da RVR ao extremo: suspendeu a colaboração com um programa da rádio e multiplicou-se em comunicados e declarações públicas sobre o assunto. A cabeça de Pinho Ferreira foi mesmo pedida em várias ocasiões;
- A direcção da RVR, que tradicionalmente não se envolvia em questões jornalísticas, cedeu à pressão laranja e confrontou o jornalista Severiano de Oliveira, que se demitiu na sequência do processo;
- Mais uma vez apanhado em falso (o ataque do PSD teve como única vítima o jornalista Severiano de Oliveira e não o PS ou os seus militantes...), o PSD de Estarreja escolheu outra estratégia, esta mais habitual: afinal a culpa não era nem da administração do HVS, nem da direcção da RVR, mas sim da suspeita do costume, a líder da concelhia do PS Marisa Macedo;
- E, agora como anteriormente, o PSD voltou a colocar a pata na poça: todos percebem que este caso não tem nada a ver com o que em tempos foi denunciado pelo Voz de Estarreja (em que denúncias anónimas foram o ponto de partida de uma investigação jornalística - e a notícia foi a investigação e não a existência das denúncias!), bem como o facto de Marisa Macedo só estar a levar por tabela devido ao facto do PSD ter falhado todos os alvos anteriores.
Enfim, são sinais de uma desorientação que há muito não se via pelos lados do PSD de Estarreja, cujo nervosismo é já indisfarçável.
Há cerca de 15 anos lembro-me de ter lido uma entrevista com Quinito, então treinador de futebol do Guimarães, que dizia que se tivesse dinheiro contrataria o jogador Pedro Barbosa só para o ver dar toques no jardim, tão graciosa era a sua técnica.
Com o PSD de Estarreja passa-se mais ou menos o mesmo: se eles tivessem dinheiro contratariam Marisa Macedo só para a ouvirem falar e poderem ter assunto para o resto da vida!
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