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quarta-feira, agosto 31, 2005


Este é o verdadeiro candidato da direita (ideológica, não da partidária) à Presidência da República: é monárquico, populista, elitista, aparelhístico e, à sua maneira, profundamente conservador. Porque será que a esquerda o apoia?

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Independente de quão meritória é a contratação de João Alves (e é muito), a saída de Rochemback é um erro dos grandes (especialmente depois de Hugo Viana e Pedro Barbosa).

(foto do terceiro anel)

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terça-feira, agosto 30, 2005

E já que estamos em matéria de plágios, cá fica a cópia intelectual dum interessante exercício do maradona (com minúscula):
- Terceira imagem mais relevante quando se escreve a palavra "benfica" no google images:

- Primeira imagem mais relevante quando se escreve a palavra "porto" no google images:

- E para terminar, a melhor de todas... nona imagem mais relevante quando se escreve "José Eduardo de Matos" no google images:

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O Boticário que me desculpe, mas há plágios que são irresistíveis...

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Carlos Tavares é tão influente e venerado que mesmo quando eu escrevo um texto a dizer que ele é irritante e esteve associado ao maior erro do actual mandato da AM, há quem ache que eu o estou a elogiar e a verter lágrimas de crocodilo (para quem não reparou, as razões por mim apontadas para ter saudades dele são irrelevantes. Os factos de CT ser um bom moderador de debates e gostar de ocasionalmente chatear os deputados do seu próprio partido não são por si só suficientes para se tolerarem erros tão graves como o do Parque Industrial).

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Manuel Almeida, candidato pelo PS à Junta de Freguesia de Salreu, fará esta noite a apresentação pública do seu site. O Estarreja Efervescente antecipa-se na divulgação (podem visitar o site em www.porsalreu.tk) e deseja boa sorte ao candidato, cujo dinamismo e organização merecem ser premiados com uma confortável vitória nas urnas.

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Chegou à caixa de correio do Estarreja Efervescente mais um comunicado da intrépida Minerva Daninha, que passo a reproduzir na íntegra:

"O movimento MERDAA, SA (Multas Estupidamente Ridículas Dão Azar Ao Seu Autor) vem por este meio solicitar a V. Excia. a reprodução pública do nosso agradecimento aos serviços informáticos da CME, por estes terem voltado a colocar on line a fotografia em que o alegre Presidente da Câmara de Estarreja partilha uma dança com uma jovem camponesa. Deste modo, o blogue Toda a Verdade Sobre o Caso Mariazinha volta a estar completo sem que tenha sido necessário qualquer acto terrorista ou desproporcionalmente ameaçador do nosso grupo para-militar."

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Já repararam que o Chelsea não tem um único brasileiro na equipa?

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Atenção que o Karagounis é bom jogador. Mesmo sem ter o Paulo Ferreira para lhe fazer passes de morte...

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segunda-feira, agosto 29, 2005

O José Matos escreveu isto a propósito das ausências na lista do PSD/CDS candidata à AM:

"É óbvio que Carlos Tavares é o grande ausente da lista à Assembleia. É óbvio também que não tinha disponibilidade para ser novamente candidato. E mesmo que tivesse duvido que fosse convidado. Pelo menos não teria o meu apoio para isso.A do José Fernando Correia é outra notória. Mas deve-se apenas a ele. Se quisesse estaria obviamente na Assembleia de novo."

Deste texto ficamos a saber quatro coisas:
- José Matos não apoiaria Carlos Tavares;
- José Matos duvida que o PSD local voltasse a convidar Carlos Tavares;
- José Fernando Correia recusou participar nas listas;
- José Matos não quis explicar os verdadeiros motivos das exclusões/deserções de José Cláudio Vital, Armando Correia, José Fernando Correia e Carlos Tavares (se fossem razões inócuas não seria necessário falar do assunto sem as referir...).

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sábado, agosto 27, 2005


 Posted by Picasa

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sexta-feira, agosto 26, 2005

O John Fast é um leitor do Estarreja Efervescente particularmente bem informado do que se passa no Ministério da Saúde. Aqui ficam pequenos excertos de alguns dos mails que ele me enviou:

"Sócrates fez 4 promessas: 1. preço mais baixo; 2. melhor acesso; 3. a mesma segurança que nas farmácias; 4. emprego para os jovens farmacêuticos. Duas já caíram (3 e 4). Uma das outras duas também irá cair porque quem “vende” acesso (lojas de conveniência) pratica preços mais altos e quem “vende” preço restringe o acesso (porque massifica). Neste caso, presume-se que não irão dizer que a culpa é da ANF. Pelo contrário, Sócrates corre o risco de precisar da ANF para lhe dar uma mãozinha na implementação da medida – veja-se o namoro da associação dos gasolineiros, da Galp, dos grandes comerciantes, da associação dos restaurantes... -, criando uma rede que garanta o acesso (e que faça com que os portugueses cheguem à conclusão que o preço nas farmácias é baixo...). "

"Na mesma entrevista do cartel, ao Jornal da Noite da SIC, o seu amigo “incendiário” introduziu um segmento novo: também as perfumarias irão vender medicamentos. Ele fala com conhecimento de causa ou informação directa ou o que se quiser chamar, porque é tio da Raquel Barreiros Faria, uma das donas das cadeias Perfumes & Companhia e 5ª Essência. 2. Entretanto, como não conseguiu que a Comissão Técnica do Medicamento (do Infarmed) fizesse a lista como ele queria, vem agora dizer que não é precisa lista – “saem” das farmácias todos os medicamentos não sujeitos a prescrição médica e sem comparticipação. "

"O Correio da Manhã fala hoje num alegado interesse do ministro no negócio de perfumarias (coisas de família). O Jornal de Notícias diz que o ministro deitou para o lixo o relatório técnico da Comissão de Avaliação do Medicamento porque com o número de medicamentos definido pela Comissão os comerciantes interessados deixavam de o estar. São coisas que ajudam a compreender."

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Mais um contributo de um leitor. Tenho pena de não saber qual o nome do jornal em causa... Posted by Picasa

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quarta-feira, agosto 24, 2005

Há certos argumentos que me deixam doido. Um anónimo escreveu isto na secção de comentários ao post anterior:

O ministro da saúde que não é minimamente racional anunciou ontem (vi na TV) que a criação de um novo centro hospitalar em Lisboa (resultado da ligação entre 3 hospitais) vai gerar uma poupança de... 500 mil euros anuais (100 mil contitos). O que mais me incomoda nesta gente é tratarem-nos como se fossemos parvos.
Anonymous 08.23.05 - 6:00 pm #

Para além da evidente desonestidade intelectual (e fuga para o lado...) que é falar de poupanças com a fusão de hospitais quando se estava a discutir o problema da acessibilidade ao medicamento, a ordem de grandeza deste valor é, também ela, ridícula, por várias razões:
- Portugal já está acima da média europeia na percentagem do Orçamento Geral do Estado dedicada à saúde (mais de 6,5%). Se a este valor acrescentarmos as prestações extraordinárias que todos os anos são necessárias para tapar os buracos orçamentais (que aconteceram em todos os governos desde Cavaco Silva (inclusivé)...), 100 mil contos por ano são uma gota no oceano;
- Não conheço as medidas em questão, mas o argumento dos 100 mil contos anuais só é válido à posteriori... até lá estamos no belo e resplandescente campo das boas intenções;
- Voltando ao tema do medicamento, já em 2002 (antes da generalização dos genéricos...) o Observatório Português dos Sistemas de Saúde calculava que se em Portugal se adoptassem perfis de prescrição de quinolonas semelhantes aos verificados no Reino Unido, isso permitiria poupar entre 4,3 e 4,7 milhões de contos por ano, só nesta classe de antibióticos!
Ou seja, existem problemas graves na área do medicamento em Portugal e com um impacto financeiro muito superior aos tais "100 mil contos por ano". As medidas tomadas até agora pelo actual governo ainda não abordaram sequer marginalmente este tipo de problemas. Afinal quem é que está a tentar fazer passar alguém por parvo?

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terça-feira, agosto 23, 2005

Em 2002, o sociólogo Manuel Villaverde Cabral coordenou e publicou um estudo extremamente interessante sobre a "Saúde e doença em Portugal". Entre várias outras conclusões , os investigadores concluíram que os portugueses demoravam em média 25 minutos a deslocarem-se ao hospital mais próximo, 15 minutos até ao centro de saúde da sua área de residência e 10 minutos até à farmácia. Para além disso, 51% dos inquiridos não conseguia marcar uma consulta no centro de saúde para o próprio dia e destes, 54% tinham que esperar mais que duas semanas para serem atendidos. O tempo de espera entre uma consulta com o médico de família e uma consulta no hospital era superior a um mês em 48% dos casos!
Como sabemos, nas farmácias o atendimento é imediato e quando há quebras de stock por razões da responsabilidade da própria farmácia esse problema é resolvido em poucas horas.
Ou seja, o "problema de acessibilidade ao medicamento" que Correia de Campos identificou e decidiu atacar logo no início do seu mandato é, tal como todos sabemos, um pretexto para atacar a ANF e estaria longe de constituir uma prioridade para qualquer ministro da saúde minimamente racional.

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Dois excelentes blogues que visito regularmente e que só por lapso e esquecimento crónico ainda não figuravam na lista de links da coluna do lado:
A Bomba Inteligente e o Saúde, SA.

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segunda-feira, agosto 22, 2005

Do site da RVR:

AVEIRO: HOSPITAL MELHORADO EM 2006
Ampliação da urgência do Hospital de Aveiro segue a bom ritmo.
As obras de ampliação e remodelação da parte das urgências do hospital Infante D. Pedro deverão estar concluídas no início de 2006, dois anos depois da data prevista.
Segundo informações da direcção clínica, o período de construção tem decorrido sem influência no trabalho desenvolvido nas instalações provisórias.
Miguel Capão Filipe, da administração do hospital,
sublinha a qualidade deste espaço, e não hesita classificar a nova urgência como uma das melhores do país.
A nova estrutura já é visível, e deverá estar pronta no início do próximo ano.
A obra, que chegou a estar prevista para o EURO 2004, sofreu atrasos e obrigou, até, à realização de um novo concurso.
Data de Publicação: Sexta-Feira, 19 Agosto 2005

No entanto, há algumas coisas que ficaram por dizer: o preço mensal do aluguer dos contentores para onde entretanto foram transferidos os serviços de urgência, os pormenores do caso e o que é que aconteceu à responsável por todo esse processo, que todos sabem fazer parte do anedotário nacional relacionado com os hospitais, SA...

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Voltando ao tema das ausências nas listas candidatas às próximas autárquicas...

... penso que é indiscutível (embora não seja surpreendente) que a principal baixa nas listas da coligação PSD/CDS é a de Carlos Tavares. O actual cargo que o ainda presidente da AM de Estarreja ocupa no gabinete de Durão Barroso em Bruxelas acaba por servir de desculpa perfeita e natural para esta saída de cena. No entanto, estou sinceramente convencido que Carlos Tavares não ficaria nas listas mesmo que ainda estivesse em Portugal, por várias razões:
- Em primeiro lugar, Carlos Tavares (CT) não é nem nunca foi um político subordinado ao PSD local. Aliás, antes pelo contrário: CT sempre teve uma agenda política própria e uma posição quase paternalista (e até autoritária) em relação ao aparelho laranja. A sua presença ou ausência das listas sempre dependeram única e exclusivamente da sua própria vontade. Carlos Tavares diz, o PSD obedece;
- Desde o período de campanha eleitoral de 2001 que se percebeu que CT vinha para este mandato com um objectivo político preciso e que foi atingido plenamente: influenciar e condicionar a decisão da Câmara de Estarreja em relação ao destino a dar ao Parque Industrial. Atingido o objectivo (recordo que a actual solução, que critiquei fortemente em vários textos deste blogue, artigos de jornal, crónicas de rádio e também na própria AM, foi totalmente decidida, definida e coordenada por CT), esgotam-se as razões imediatas para uma eventual continuidade;
- A forma como CT se sobrepõe ao PSD de Estarreja mina a autoridade das estruturas locais do partido. José Eduardo de Matos, Abílio Silveira, Valdemar Ramos e outros que tais estarão certamente bastante aliviados com a partida do ex-ministro da economia. Ou seja, seria completamente impensável a existência de uma "vaga de fundo" de militantes que pedissem a CT para ficar;
- Carlos Tavares não é homem para passar demasiado tempo no mesmo cargo político. Provou-o na primeira vez que presidiu à AM de Estarreja e a própria forma como exerceu o cargo de ministro da Economia fazia prever que depois de cumpridos os objectivos iniciais, CT tomaria outro rumo (o que aliás, embora por vias travessas, acabou por acontecer).
De qualquer modo, e embora esteja intimamente ligado ao maior erro da Assembleia Municipal de Estarreja do actual mandato (estou obviamente a falar da oferta do parque industrial à API a troco de nada...), a verdade é que Carlos Tavares vai deixar saudades. O seu ascendente intelectual sobre os outros deputados e até a própria comunicação social local, embora irritante, era de certa forma delicioso. E obviamente que na generalidade dos outros assuntos o seu contributo foi bastante positivo. E devo confessar que aprendi bastante com ele. Sinceramente, até tenho pena que lhe tenha calhado a ele a fava do parque industrial... teria sido muito melhor uma encenaçãozita de modo a que a ideia parecesse vir de José Eduardo de Matos. No entanto, a falta de peso político do ainda presidente da câmara de Estarreja poderia pôr em risco esta operação. E assim o melhor (isto é, o pior) foi mesmo fazer avançar Carlos Tavares...

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domingo, agosto 21, 2005

Há coisas óbvias mas que não podemos deixar de escrever: Vital Moreira apontava há algum tempo "a criação de empregos para jovens farmacêuticos" como um dos motivos para defender a venda de MNSRM nos supermercados ou redes de perfumarias. A actual lei acabou com essa necessidade incómoda e pouco rentável para as empresas de distribuição (qual a racionalidade comercial de contratar um funcionário caro e cuja função é negar vendas?). Vital Moreira continua contente e até já se esqueceu desse argumento. Viva a coerência!

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Parabéns ao Kimikkal. O 7 Meses fez dois anos e é provavelmente o mais antigo dos blogues estarrejenses. É muito difícil fazer um blogue que não seja um tiro de pólvora seca.

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sábado, agosto 20, 2005


Cabeças rolantes



Acabei de ler a notícia do Voz Regionalista sobre a constituição das listas candidatas à Câmara e Assembleia Municipal nas próximas eleições. Salta imediatamente à vista a enorme quantidade de alterações nas listas da coligação e sobretudo as cabeças que rolaram: as de Armando Correia e José Cláudio Vital (que rolaram para lugares discretos) e as de António Augusto Silva, José Fernando Correia e Carlos Tavares (rolaram para fora das listas). Nota-se também a ausência de Rui Mota nos dez primeiros da Assembleia Municipal, quando se falava da sua iminente ascensão na hierarquia laranja. Por outro lado, a colocação de José Matos em 12º lugar na lista da AM é uma enorme injustiça (ou um afastamento voluntário?) para aquele que foi muito provavelmente o mais importante dos deputados municipais da coligação neste mandato.
De qualquer modo, é impressionante o desmoronar do projecto autárquico de José Eduardo de Matos, que após apenas três anos e meio de governação vê-se forçado a uma tão grande remodelação, com alguns dos seus apoiantes de maior destaque a afastarem-se (Carlos Tavares, José Fernando Correia, Regina Bastos) ou a optarem por posições discretas nas listas (José Cláudio Vital, Dario Matos, Paulo Marco Braga, Mário Simão).
Voltarei a este tema brevemente, para falar dos que ficaram no PSD/CDS e da lista do PS.

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quinta-feira, agosto 18, 2005

O blogue Toda a Verdade Sobre o Caso Mariazinha continua a fazer mossa. Segundo declarações da intrépida Minerva Daninha ao Estarreja Efervescente, os serviços informáticos da Câmara Municipal de Estarreja tiraram da internet a fotografia que mostrava José Eduardo de Matos a dançar com uma jovem vestida de camponesa, que o referido blogue utilizava para simbolizar a festa e alegria permanentes que reinam na CME ao mesmo tempo que se passam multas de 1600 contos a velhinhas de 70 anos cujos papéis estão 8 dias atrasados.
Minerva já disse que não vai ficar parada e promete uma resposta rápida e incisiva para os próximos dias. Aguardam-se as cenas dos próximos capítulos.

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O nome não é o único motivo pelo qual eu gosto do maradona (com minúscula). Ele tem mau feitio (às vezes apaga todos os posts do blogue), é politicamente incorrecto, anti-social (não deixa linkar os textos) e escreve bem. A última maravilha que lá encontrei é esta auto-definição política:
"Quando tinha dezoito anos votei no PSR, agora sou de direita, gosto mais do Presidente Bush que do Clinton mas menos que do Reagan ou da Thatcher, acho que as pessoas devem poder ser facilmente despedidas dos seus empregos, defendo o capitalismo selvagem, gostava que o Estado transferisse a sua função social da prestação de serviços gratuítos para o fornecimento directo de dinheiro às pessoas que precisam, sou a favor da abolição de toda e qualquer barreira à circulação de produtos (que terá ser sempre prévia à de pessoas) e da legalização da produção, venda e consumo de todo o tipo de drogas, leves duras ou assim assim, acho que os paneleiros deveriam poder adoptar as crianças que quisessem ainda que se conceda que seria melhor para qualquer miudo ser criado por duas pessoas com um mínimo de bom gosto (acusações de homofobia para: acausafoimodificada@hotmail.com), gostaria que o meu país concedesse direito de voto aos emigrantes ilegais (leram bem: ilegais), declaro que nunca assisti a uma unica carga policial injustificada ou desproporcionada em toda a minha vida, e, finalmente, considero que se devia poder bater impunemente com um taco de beisebol em todo e qualquer artista de rua com que nos cruzemos."

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Diz o nu ao roto...

No próprio dia em que publicou uma lei traçada a régua e esquadro pelo lobby das empresas de distribuição e da indústria farmacêutica, Correia de Campos teve a lata de falar da cartelização no sector dos combustíveis!!!

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quarta-feira, agosto 17, 2005

O mais recente disparate de Correia de Campos acaba por ser um fiel retrato do desnorte do ministro da saúde. Quando saiu o ante-projecto desta lei, todos perceberam que a ideia da presença obrigatória de um farmacêutico ou técnico de farmácia em cada local de venda de MNSRM era pura e simplesmente impraticável e inaceitável pelas empresas de distribuição, habituadas a praticar salários baixos a trabalhadores precários. Confrontado com a evidência de uma lei mal preparada, Correia de Campos fugiu para a frente e criou uma lei absurda: com esta lei, no limite, um único ajudante de farmácia com a 4ª classe pode ser responsável por todos os locais de venda de MNSRM do país, enquanto coça calmamente as suas micoses em frente à lareira da sua sala de estar. Nada como um professor catedrático com centenas de artigos publicados para produzir legislação verdadeiramente inovadora!!!

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terça-feira, agosto 16, 2005

Cada família de colonos que viviam na faixa de Gaza vai receber entre duzentos e trezentos mil euros de indemnização, variáveis conforme o tamanho da casa e o tempo de residência. Para além disso, o governo israelita ainda oferece terrenos onde os ex-colonos poderão construir as suas novas casas.
Apesar de tudo isto, a paz custa muito. E Ariel Sharon nunca voltará a ser o mesmo. Para nós e para ele próprio.

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sexta-feira, agosto 12, 2005

A nova lei que regula a comparticipação dos medicamentos pode ser consultada aqui e muito sinceramente acho que tem algum mérito (veêm? também sei falar bem de Correia de Campos!). No entanto, não pode ser a única medida nesta área especialmente sensível para a despesa pública, pois a experiência de anos anteriores mostra que sem uma adequada intervenção nos perfis de prescrição de medicamentos será completamente impossível controlar a despesa, o que poderá fazer com esta lei apenas tenha como consequência mais um aumento da parte dos custos com medicamentos que hoje é paga pelos doentes individualmente.
Haja coragem para aplicar a lei e sobretudo para percorrer o caminho que agora se inicia (esta parte é a mais fácil...).
No entanto, para já não se pode dizer que as coisas estejam a começar bem: a menos de um mês da entrada em vigor deste decreto-lei, as farmácias ainda não foram informadas de nada e têm as prateleiras cheias de medicamentos marcados e comparticipados segundo as antigas regras. Para além disso, até ao dia 11/9 é de prever uma corrida aos medicamentos ainda comparticipados a 100% e o consequente caos nas farmácias, centros de saúde e hospitais...
Enfim, a ver vamos, como dizia o cego!

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Mais uma sobre a Ota... (o original está aqui)

Consultores ingleses defenderam expansão do aeroporto de LisboaOta: Governo tem estudo inglês que defende manutenção da Portela
12.08.2005 - 10h52 Inês G. Sequeira, Luísa Pinto
PÚBLICO

O aeroporto da Portela tem capacidade de expansão que o habilita a operar até 2020, e poderá receber 21 milhões de passageiros, caso sejam feitas obras de melhoria na actual infra-estrutura portuária. Estes números foram avançados num estudo que foi encomendado, em 1999, pela ANA a duas empresas britânicas, a British Airport Authority (BAA) e a empresa que gere o aeroporto de Manchester, mas não constam da lista de estudos realizados que o PÚBLICO ontem divulgou.
O relatório dos peritos foi entregue em Julho de 1999, mas foi desde logo desvalorizado pela ANA e pela Secretaria de Estado dos Transportes - então tutelada por Guilhermino Rodrigues, actual administrador da ANA e da NAER - Novo Aeroporto SA -, que consideraram que os consultores haviam "exorbitado" nas questões que colocaram e haviam tirado conclusões "de forma irrealista", como o PÚBLICO noticiou em Novembro desse ano. Mas, da extensa lista de 71 estudos que foram encomendados pela NAER - e que o PÚBLICO ontem divulgou -, consta um trabalho mencionado com a autoria da entidade responsável pelo desenvolvimento do novo aeroporto que assenta nas mesmas premissas de trabalho pedidas aos peritos britânicos. No trabalho encomendado aos consultores britânicos, o que estava em causa era saber o que fazer na iminência de se registarem atrasos no avanço da Ota e de responder ao continuado aumento na procura da Portela. Os estudos forneceriam então informações essenciais à empresa, de forma a que pudesse projectar obras capazes de elevar a actual capacidade e demonstraram que a operacionalidade da Portela estava garantida até pelo menos 2020, com a modernização e ampliação das infra-estruturas existentes. Os britânicos diziam que construir uma nova infra-estrutura portuária era um erro, e não consideravam sequer indispensável a construção de uma segunda pista de aterragem para que o aeroporto de Lisboa pudesse garantir um movimento de 21 milhões de passageiros por ano. Quer a BAA quer o aeroporto de Manchester insistiam na necessidade de se ampliar e melhorar a pista existente, os terminais e as zonas de estacionamento de aviões e, embora não apresentem qualquer estimativa de custos, ficam-se por aqui - os técnicos de Manchester defenderam também a necessidade de se investir na extensão da rede do metropolitano de Lisboa até à Portela. Este trabalho foi desvalorizado pela tutela, argumentando que estes estudos não avaliaram o impacte que teriam 21 milhões de passageiros a movimentarem-se todos os dias no perímetro urbano de Lisboa. Mas a discussão tida na altura, como está a ser mantida agora sobre se a Portela tem ou não capacidade de expansão, não foi aprofundada. Na altura, o Governo tinha dois estudos: o dos britânicos, que apontavam para uma capacidade de 21 milhões de passageiros; e o do Aeroports de Paris, que defendia que, mesmo com a modernização do aeroporto, a Portela poderia receber, "no máximo", 14 milhões de passageiros, como sugerem os estudos da ANA e da ADP-Aeroports de Paris. O Governo não sentiu, na altura, necessidade de aprofundar o debate com outros pareceres técnicos. O então ministro das Obras Públicas, João Cravinho, argumentou que "seriam munições para políticos que não sabem pensar".

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quinta-feira, agosto 11, 2005

A cereja em cima da cereja em cima do bolo

Quando se pensava que não era possível fazer pior, eis que José Eduardo se supera a si próprio e ao lado dos malfadados portões surge a placa (mais uma..), com esta delícia: "BEM VINDO A CIDADE DE ESTARREJA 2005" (sic).
Para começar, um record: 6 palavras, 2 erros ortográficos ("BEM VINDO" em vez de "bem-vindo" e "A" em vez de "À")!!!
Depois, a dúvida: será que a placa é só para ficar até ao dia 31 de Dezembro? Ou há a pretensão de a deixar eternamente naquele local, para recordar a todos que em 2005, pelo menos até Outubro, Estarreja teve um Presidente da Câmara capaz deste atentado ao mau gosto e à falta de conhecimentos linguísticos? Depois do célebre cartaz que durante meses foi colocado na zona industrial à entrada de Estarreja e da proposta de elevação de Estarreja a cidade elaborada com dezenas de erros ortográficos, chegou a vez de colocar a ileteracia em suporte de pedra. Apesar de tudo, não acredito que se possa fazer pior. Mas ainda tenho a esperança de um dia ver o tal poster da Samantha. É que aquela parede está mesmo a pedi-las...

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quarta-feira, agosto 10, 2005

A cereja em cima do bolo

Nem há palavras que descrevam a mais recente parolice de José Eduardo de Matos. As portas do mau gosto que agora ferem a vista a todos quantos passem pela rotunda do hospital são de facto a única coisa que faltava para selar o mandato do presidente que ilumina igrejas, planta milhares de candeeiros em parques supostamente ecológicos ou coloca bateiras e máquinas industriais decadentes em rotundas. Na mesma onda, aqui ficam algumas sugestões:
- Pintar as ditas portas de cor de rosa fluorescente;
- Colocar posters gigantes de Samantha Fox (versão 1985) nas paredes externas da Biblioteca Municipal;
- Convidar o bruxo Alexandrino para assessor cultural da CME;
- Obrigar os funcionários da CME a vestirem-se como se fossem personagens do Dallas;
- Colocar escarradeiras nos passeios junto à rotunda do hospital;
- Tornar obrigatória a inclusão de repuxos, estátuas com crianças a urinar ou leões em todos os jardins;
- Colocar altifalantes em todo o concelho a transmitir ininterruptamente, 24 horas por dia, toda a discografia de Emanuel.

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terça-feira, agosto 09, 2005

A manipulação da informação pela comunicação social é cada vez mais chocante.
Portugal é o país da Europa com mais incêndios por quilómetro quadrado de floresta (temos 7 vezes mais fogos que Espanha, por exemplo!!!). As televisões transmitem imagens de casas cercadas pelas chamas, casas a arder, carros a arder, fogos em zonas de protecção ambiental e até há relatos de mortes, numa tragédia gigantesca. Perante isto, o primeiro-ministro mantém-se de férias num safari no Quénia e o ministro da administração interna diz que devido ao fumo os meios aéreos (de combate a incêndios...) têm a sua acção limitada e, pasme-se, que são necessárias penas mais fortes para os incendiários (que entram e saem da cadeia enquanto põem fogos...). Estas afirmações vêm de António Costa, ex-ministro da justiça, ministro da administração interna e primeiro-ministro em exercício...
A tudo isto a imprensa encolhe os ombros, sem explorar minimamente a irresponsabilidade inerente à situação. Não se viu nenhum jornalista com a coragem de confrontar AC com as suas responsabilidades anteriores e actuais ou as razões que levaram José Sócrates a decidir ficar no Quénia e a não regressar de imediato ao país. E dum escândalo se faz uma notícia menor.

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Depois da guerra do Iraque, a moda das evidências posteriores às decisões previamente tomadas (com base nelas...) veio para ficar. Em Portugal os dois mais recentes exemplos são a Ota e o TGV.

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sexta-feira, agosto 05, 2005

batOTA - parte III

D'A Blasfémia:
Devido às condições geográficas do local, a Ota estará limitada a 2 pistas e 30 milhões de passageiros. As previsões que dão a Portela saturada em 2015 implicam que a Ota estará saturada em 2020-2025. (Gráfico tirado daqui; clique na imagem para ampliar). Se as previsões estão correctas, a Ota terá um tempo de vida útil de 5 a 10 anos.

Depois disto, o que haverá mais para dizer?

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batOTA - parte II

Ainda do Portugal Diário:

Antiga empresa de Mário Lino faz estudos na Ota
2005/08/05 09:57


O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, foi sócio de uma das empresas que está a realizar estudos de consultoria técnica para o aeroporto da Ota. De acordo com o semanário O Independente, a Consulmar foi sócia de Mário Lino na Impacte-Ambiente e Desenvolvimento, uma outra empresa de consultadoria ambiental, entre 1991 e 1996. Mário Lino tinha uma quota de 20 por cento na Impacte e ocupou os cargos de sócio-gerente e director.
O mesmo jornal conta que a Consulmar foi escolhida para trabalhar no projecto do aeroporto da Ota em concurso internacional, como uma das empresas responsáveis pelos estudos técnicos na área dos estudos hidrológicos e geográficos. Os estudos realizados até agora, e que começaram no terceiro trimestre de 2001, já custaram 12,7 milhões de euros ao Estado português e aos cofres comunitários.
O sócio-gerente da Consulmar, Fernando Silveira Ramos, disse ao O Independente que a Consulmar já facturou, desse bolo, perto de 900 mil euros pelos trabalhos de consultoria.
O ministro das Obras Públicas, em resposta ao semanário, considerou que a sua participação no capital social da Impacte e a relação de antigo sócio da Consulmar «obviamente» não prejudicam qualquer decisão a tomar sobre a construção do novo aeroporto. Mário Lino sublinhou que, desde a saída da empresa não manteve mais relações profissionais com a empresa de consultadoria.

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batOTA

Do Portugal Diário:

Governo recusa-se a publicitar agora estudos sobre a Ota
2005/08/05 15:32 André Pinto


O Governo recusa-se a publicitar para já os estudos que tem na sua posse sobre o novo aeroporto da Ota e que sustentam a decisão em avançar para a sua construção. «O Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações vai promover, em Outubro, uma apresentação pública do projecto do novo aeroporto e posteriormente divulgaremos toda a informação pertinente e necessária na internet», divulga o gabinete do ministro Mário Lino num esclarecimento solicitado pelo PortugalDiário.
Mas o Executivo nega que haja qualquer secretismo sobre os estudos. A assessora do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Ana Rute Peixinho, exemplifica com os «estudos preliminares de impacte ambiental relativos às localizações Ota e Rio Frio que estiveram em consulta pública entre Março e Maio de 1999. Os resumos não técnicos e relatórios executivos estiveram também disponíveis para consulta. No âmbito da consulta do público chegaram a ser realizadas duas audiências públicas.»
Só entre Julho de 1997 e Abril de 2005, a Naer - Novo Aeroporto S.A. realizou ou "encomendou" a universidades e outras instituições 70 estudos sobre a Ota, de acordo com uma listagem facultada pelo ministério ao PortugalDiário. Mas o acesso aos documentos é reservado, argumenta o gabinete de Mário Lino. Apesar da insistência do PortugalDiário, uma decisão sobre a consulta dos estudos pedidos está dependente do ministro da tutela. Contactada a Naer, a mesma dificuldade: «Só com autorização do ministério.»
Na lista a que o PortugalDiário teve acesso incluem-se estudos sobre a definição da localização do novo aeroporto, o seu impacte ambiental, análises posteriores à definição do local e a eventual «sensibilidade do turismo à deslocalização» do aeroporto da Portela para a Ota.
O PortugalDiário sabe que o valor gasto pela empresa nestes mesmos estudos ascende já a mais de 12,7 milhões de euros. Deste total, 6,5 milhões foram comparticipados pela Comissão Europeia. De acordo com Ana Rute Peixinho, este Governo ainda «não fez nenhum estudo sobre a Ota».
Na última semana, um conjunto de blogues na internet tem exigido a divulgação dos estudos que sustentem a viabilidade do novo aeroporto da Ota. Entre os defensores desta «microcausa», está o ex-eurodeputado social-democrata Pacheco Pereira, que, no seu blogue "Abrupto", tem feito campanha diária (como os outros cibernautas) para a colocação «em linha» dos estudos.
O ministro da Economia, Manuel Pinho, em entrevista ao Diário Económico, disse respeitar muito os 13 economistas que subscreveram um manifesto crítico do projecto da Ota, mas «há sociedades que valorizam mais a especulação e a análise, enquanto outras valorizam mais a busca de soluções.» Afirma Pacheco Pereira que só será possível «na sociedade portuguesa [valorizar-se] mais a "busca de soluções" em detrimento da "especulação"» se os documentos forem colocados online. Sabe-se agora que o Governo só o tenciona fazer em Outubro.

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O Combate

A luta contra a construção do novo aeroporto da Ota é um dos mais interessantes fenómenos da blogosfera. O Estarreja Efervescente junta-se à causa, que apoia totalmente. A forma como a comunicação social tem actuado ao lado do governo nesta questão é mais uma prova do enorme défice democrático em que vivemos. A arrogância e opacidade do ministro Manuel Pinho são por um lado ofensivas e por outro o retrato fiel de todo este processo.
Fica aqui um link para o que Pacheco Pereira escreve sobre o assunto, que tomei a liberdade de reproduzir nas linhas que se seguem:

MICRO-CAUSAS:
PODE O GOVERNO SFF COLOCAR EM LINHA OS ESTUDOS SOBRE O AEROPORTO DA OTA PARA QUE NA SOCIEDADE PORTUGUESA SE VALORIZE MAIS A “BUSCA DE SOLUÇÕES” EM DETRIMENTO DA “ESPECULAÇÃO”?
"Respeito muito os signatários, mas há sociedades que valorizam mais a especulação e a análise, enquanto outras valorizam mais a busca de soluções."
(Manuel Pinho, Diário Económico, 28-07-07)
No Bloguítica. no Blasfémias , no Ciberjus , no Von Freud , na Grande Loja do Queijo Limiano, no [ai-dia], no A destreza das dúvidas , no crackdown, no ContraFactos & Argumentos , n' A Esquina do Rio , no Almocreve das Petas, no Um prego no sapato, no ...bl-g- -x-st-, no sorumbático, no Portuense, no ABnose, no Portugal dos Pequeninos, no Teoria da Suspiração, no A Baixa do Porto, na Minha Rica Casinha, no Sombra ao Sol, no Insustentável, na Insustentável Leveza, no Virtualidades , no Blogdamarta, no Adufe, na Tela Abstracta, no opinar, no Abnegado, no Cabo Raso, no Bateria da Vitória, na Foz, no Tempo Suspenso, no Galo Verde, no Navio Negreiro, no Entre Pedras, Palavras, no Viver Bem na Alta de Lisboa, no Faz Tudo, na SEDE, no Observador Cosmico, no Nortadas, no Piano, no primadesblog, no Pura Economia, no Impertinencias, no Nova Floresta, no Acid Junk Food, no Prova dos Nove, e noutros que não pude recensear, também se apoia esta divulgação. Mostrando uma qualidade rara na blogosfera que é a persistência, não deixar cair uma pergunta e um pedido SFF mais que razoável, alguns blogues repetiram e vão repetir enquanto for necessário a mesma pergunta.O Inimigo Público também aderiu ao "mostra!" da micro-causa, e o Ministro das Obras Públicas respondeu a estas pressões com uma das mais completas colecções de generalidades e banalidades que viu a luz do dia na imprensa. Se não fosse de um ministro, um director de um jornal decente não considerava haver qualidade mínima para publicar o artigo.Vários blogues fazem uma pergunta certa: por que é que a comunicação social, não diz uma palavra sobre esta micro-causa, que não é preciso ter cursos de jornalismo para saber que é notícia? "Cinquenta blogues pedem (exigem, imploram, arrasam, etc.) divulgação na Internet dos estudos da OTA", dá notícia. "Movimento na blogosfera a favor da divulgação electrónica dos estudos da OTA", dá notícia, mesmo que seja só na secção dos Media. "Blogues exigem papéis", é um estilo também conhecido. "Porque é que não se divulgam os estudos da OTA?" dá editorial. "Mais transparência é preciso - reivindicam blogues” também se admite. Coisas bem menores já têm dado notícia, esta não.Há quem interprete o silêncio com a vontade de proteger o governo. Talvez, nalguns casos será assim. Mas penso que a melhor resposta é outra, é por corporativismo no pior sentido. Os jornalistas acham que matérias deste tipo pertencem-lhes e sentem uma crescente competitividade nos blogues. (Dito isto tenho consciência de que o que escrevo ainda diminui mais a probabilidade de haver notícias, mas não precisam de citar o Abrupto sequer.) E a verdade é que nestes dias de férias tem sido nos blogues que tem circulado a melhor informação (falo de informação, dados, investigações fundadas, não de boatos) e análise de todo o espaço público sobre o que se está a passar, e não só sobre a OTA. De graça, sem grandes meios, sem redacções, sem enviados especiais.No Diário da República uma série de ligações sobre o debate da OTA nos blogues, que serve de ilustração ao que escrevi acima.

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quinta-feira, agosto 04, 2005

A recandidatura de Mário Soares é tudo o que Helena Roseta escreveu sobre o assunto. E é essencialmente a prova de que Soares não suporta deixar de ser o político com maior sucesso da história do PS e muito menos tolera ser reduzido à consideração paternalista que os políticos actuais têm pelos "senadores" (veja-se o caso de Freitas). Reduzido ao estatuto de retrato poeirento no Largo do Rato, Soares avança precisamente contra os que se preparavam para lhe servir o chazinho com bolachas: Sócrates e o seu "inner circle".
O primeiro-ministro, no entanto, está entre a espada e a parede: ou avança com carne para canhão (por exemplo Manuel Alegre) e arrisca-se a entrar numa espiral de derrotas eleitorais (autárquicas, presidenciais, referendos ao aborto e à constituição europeia) ou então foge para a frente, apoiando Soares. Esta solução tem pelo menos a vantagem de afastar uma eventual derrota das responsabilidades do actual governo: o peso político de Soares é mais do que suficiente para que tudo o que lhe aconteça fique pela sua esfera pessoal.
Ou seja, com a recandidatura de Soares, é como se o actual governo não fosse às presidenciais, o que neste momento é uma vantagem nada negligenciável para Sócrates. Ironicamente, e pelas razões de protagonismo atrás referidas, a candidatura de Soares é a maior ameaça à actual maioria PS, sobretudo desde que Sampaio abriu (e muito bem!) o precedente de desfazer uma maioria parlamentar estável.

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O José Matos tem uma nova página pessoal, aqui.

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terça-feira, agosto 02, 2005

O candidato ideal e a lista ideal
(segundo José Matos)

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segunda-feira, agosto 01, 2005

Vende-se

Pastel de nata em bom estado de conservação. Como novo. Motivo à vista. Apenas 8 milhões de euros. Trata o próprio.

PS - Na mesma onda, leiam isto, isto e isto.

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Lembrem-se que...

... pagar mais 3 cêntimos por cada litro de gasóleo Repsol não é um preço demasiado elevado para não se ser sócio do Benfica.

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