quarta-feira, setembro 26, 2007
(obtido a partir da caixa de correio do Efervescente)
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Escrevo a esta hora propositadamente para não ser influenciado pela decisão de Manuela Ferreira Leite.
As eleições do PSD atingiram um nível irrecuperável de falta de decência:
- Se se realizarem mesmo as eleições (com as exclusões anunciadas) e, como se prevê, Mendes ganhar, este nunca deixará de viver com o peso de ter conseguido uma vitória na secretaria. Para quem pediu eleições para clarificar e consolidar a liderança, é o pior cenário possível, pois não só nada se clarifica ou consolida, como acontece precisamente o contrário;
- Se se realizarem eleições com todos os votantes e Menezes ganhar (o que parece provável neste cenário), ficará sempre o estigma de ter comprado os votos. LFM nunca terá credibilidade, muito menos com esta mancha curricular;
- Se se realizarem eleições com todos os votantes e Mendes ganhar, ficará sempre a dúvida sobre os assustados do processo: nas actuais condições os militantes da lista negra terão coragem de votar?
- Se se realizarem eleições com todos os votantes, tenham ou não as quotas em dia, o PSD dará uma imagem de completo caos e de um partido que não se consegue organizar a si próprio e muito menos ao país. Neste cenário, qualquer dos vencedores será alvo da chacota parlamentar dos restantes partidos.
A única solução para esta salgalhada é um entendimento à força de ambas as partes, que deste modo salvarão a face de males maiores. No entanto, Mendes sabe que perde se existirem votos dos menos habituais e Menezes sabe que sem esses votos não ganha. Ou seja, o entendimento é impossível.
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terça-feira, setembro 25, 2007
José Cláudio Vital no Vela Latina:
Pelo fim da caça no Baixo Vouga III
Lidas as afirmações que o Jornal de Estarreja de hoje atribui ao senhor presidente da Associação dos Caçadores e Pescadores de Avanca - entidade gestora da Reserva de Caça Municipal - também e ainda em relação aos posts aqui e noutros blogues escritos e ao movimento informal e espontâneo pelo fim da caça no Baixo Vouga, devo esclarecer, entre outras coisas, que não sou simplesmente contra a caça. Nem contra a caça, nem contra os caçadores.
Sou contra a caça no Baixo Vouga e entendo que a mesma deve ser interdita naquele espaço. O território de que falamos é uma sensível e rara área de riquíssima e classificada biodiversidade, como atestam vários estatutos nacionais e internacionais que lhe foram atribuídos: para além da sua integração na ZPE (Zona de protecção Especial) da Ria de Aveiro, o estatuto de IBA (Important Bird Area) pela Birdlife International e pela SPEA (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves), de Biótopo CORINE (nº C12100019), recomendada para integrar os Sítios Rede Natura 2000, Convenção de Berna (relativa à conservação da vida selvagem e do meio natural da Europa) e Convenção de Bona (relativa às espécies migradoras da fauna selvagem).
Estamos perante uma área de inusual valor natural, uma área de enorme importância para a vida selvagem. Somos, todos, responsáveis por proteger o nosso património natural e isso significa, neste caso, agirmos de acordo com a nossa consciência. Cada um daqueles que queira aderir à causa sabe de si, mas eu recusar-me-ia a tomar parte neste movimento se se tratasse de uma luta contra os caçadores - sou apenas a favor do integral respeito pela frágil e riquíssima vida selvagem do Baixo Vouga e, sem fundamentalismos, pretendo ver interditas as actividades que obstem a que possamos ali ter uma área protegida, que as espécies selvagens possam habitar em liberdade, uma área útil e exemplar para a educação ambiental de todos - se, na área em causa, a caça é uma delas, então oponho-me a ela.
Por outro lado, recuso-me a rotular todos os caçadores da mesma forma. Quando me refiro a caçarretas, distingo-os dos homens e mulheres sérios e respeitadores que caçam de forma responsável e legal. O presidente da Associação de Caçadores e Pescadores de Avanca tem, porém, que reconhecer que há caçarretas e que, por muito poucos que estes sejam, são ainda demais. Tenho a caça como uma actividade respeitável, economicamente importante, cuja prática atravessa a essência da própria história da humanidade e cujo contributo se impõe em inúmeros aspectos da vida em sociedade (na cultura, nos costumes e tradições, no desenvolvimento tecnológico). Essa história milenar da nobre actividade que é a caça é engrandecida por cada passo consciencioso daqueles que a praticam de forma sustentável.
Os caçadores, até por uma questão de sobrevivência da actividade, devem ser os primeiros ecologistas, os primeiros a defender a vida selvagem, os primeiros a reservar áreas de território onde seja possível assegurar a sobrevivência das espécies. Devem aceitar e compreender o alcance dos argumentos científicos consagrados pelas Organizações e Convenções que incluem o território do Baixo Vouga no rol das mais importantes áreas da vida selvagem da Europa. O território do Baixo Vouga deve ser classificado e a interdição da caça deve ser o resultado natural de todos os reconhecimentos nacionais e internacionais da sua especificidade enquanto ecossistema frágil, em risco e a proteger.
PS - Eu sou contra a caça em qualquer parte. Mas no Baixo Vouga a sua existência é particularmente absurda.
O Abel Cunha também tem um enorme conjunto de excelentes textos sobre este tema, acompanhados de magníficas fotos daquilo que os mata-passarinhos não gostam.
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Tal como o governo em relação à Ota, José Eduardo de Matos afirma aos sete céus que há estudos técnicos que fundamentam a necessidade de construção da nova piscina. Não conheço os ditos trabalhos, mas tenho as maiores dúvidas sobre este processo. No mínimo juntou-se a fome com a vontade de comer (JEM está sem obras para mostrar ao povo agora que acabaram as inaugurações herdadas pelo PS e já passaram 4 anos sobre a construção da maioria das rotundas).
De qualquer modo, estando a piscina avariada por "razões técnicas" e estando a CME interessada em provar que há "razões técnicas" para construir uma piscina nova, há qualquer coisa de muito conveniente em toda esta história. Porque à mulher de César e à Câmara Municipal de Estarreja se exigem virtudes maiores, todo este caso precisa de ser mais bem explicado.
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Imposto Municipal s/ Imóveis deveria baixar
1 – O IMI (ex-Contribuição Autárquica) que incide sobre as casas avaliadas na sequência de uma transmissão, está a atingir valores muito altos no concelho, afectando significativamente o rendimento das famílias.
2 – Antes das novas regras entrarem em vigor, os prédios estavam avaliados por pouco valor, o que não estava bem. Agora, o novo Código do IMI avalia as casas utilizando critérios objectivos, o que é mais justo, porque não dependemos da subjectividade dos avaliadores. Mas, por outro lado, os prédios são facilmente avaliados próximo do seu valor do mercado.
3 – Só há uma coisa a fazer: baixar as taxas, que são propostas pela Câmara.
4 – Por isso, o PS propôs que se aplicassem as taxas intermédias, entre o valor mais alto e o mais baixo previsto na lei.
5 – A Coligação PSD-CDS votou contra e as taxas mantiveram-se.
6 – Quando os munícipes reclamarem do valor do IMI, que saibam que foi a Câmara que não quis fixar uma taxa mais baixa.
7 – Quando o Sr. Presidente da Câmara mandar os munícipes reclamar às Finanças, saibam os munícipes que o Sr. Presidente é que não quis baixar as taxas e que as Finanças não têm nada a ver com isso.Nota: por uma questão de princípio, eu defendo a aplicação da taxa máxima do IMI. Acho que as Câmaras Municipais têm poucas fontes de financiamento e no campo teórico o IMI é uma forma equilibrada de financiar o poder local. No entanto, agora como quando eu era deputado municipal, todo o sistema está inquinado desde o princípio: a existência deste financiamento não tem qualquer relação com a de outras fontes de receita, a actualização dos valores de avaliação dos prédios é feita de uma forma desequilibrada e nem sempre justa, os critérios de valorização das propriedades em alguns casos são perfeitamente absurdos e todo este processo decorre sob uma grande injustiça, inequidade e até impunidade. Deste modo, não sei se a taxa a aplicar em Estarreja é adequada ou não. Mas sei que este executivo camarário desde o princípio viu esta questão apenas na perspectiva de quem quer ter mais uns trocos no orçamento e nunca se preocupou com as injustiças do sistema. Neste sentido, qualquer voto contra é um bom voto.
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sábado, setembro 22, 2007
sexta-feira, setembro 14, 2007
Ora, tudo isto estaria muito certo (e eu até fui um dos que aplaudiram Zidane depois da cabeçada no peito do Materazzi) se de facto o problema fosse apenas o soco.
A questão é que o soco foi o menor dos problemas. Aliás, até é pena que não tenha sido bem assente, pois assim ficou a fama sem o proveito (e o Dragutinovic estava a pedi-las).
O grande problema que se coloca é o facto de Scolari, depois de uma péssima prestação profissional da sua parte (empatar com o Kuwait é displicência, empatar com o Kuwait e a Arménia é displicência e cansaço, empatar com Kuwait, Arménia e Polónia é displicência, cansaço e azar, mas empatar com Kuwait, Arménia, Polónia e Sérvia já não é só displicência, cansaço e azar, mas também incompetência), teve uma atitude irreflectida, à qual reagiu arrogantemente e sem sequer admitir a própria existência dos seus actos (nem na flash interview, nem na conferência de imprensa quase uma hora após o fim do jogo), mesmo quando estes haviam sido transmitidos pela TV para todo o mundo.
Ou seja, mais que o acto de descontrolo, o problema é a lata de quem, depois de falhar no exercício das suas funções profissionais, reage com desprezo perante aqueles a quem deve responder. O que Scolari fez é de um descaramento ímpar e é também um preocupante atestado de superioridade moral passado a todo o povo português,
A desculpa do dia seguinte é uma atenuante e até já funcionou como castigo parcial. É por isso que neste momento já não faz sentido o despedimento imediato. Mas este caso deve ficar registado, para que todos o recordemos na hora de (não) renovar o contrato de LFP. É que quem não se dá ao respeito dificilmente pode vir a ser respeitado. E, nesta como noutras situações, a virgindade só se perde uma vez.
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(vídeo enviado para a caixa de correio d'O Efervescente)
quinta-feira, setembro 13, 2007
Projecto arranca no próximo ano
Associação de farmácias lança cartão de crédito que dá descontos
A Associação Nacional de Farmácias (ANF) vai lançar no próximo ano, em parceria com a Caixa Geral de Depósitos, um cartão de crédito que permite acumular pontos por cada medicamento sem receita médica comprado nas farmácias e dessa forma obter descontos nas compras que realizarem nesses estabelecimentos, avança a edição de hoje do “Diário Económico” (DE).
A acumulação de pontos não se irá aplicar aos medicamentos com receita médica, refere o jornal, que garante que o projecto estará operacional no próximo ano e que prevê a emissão de 200 mil cartões. Basta ter uma conta bancária para ter acesso ao cartão da ANF.
O presidente da ANF, João Cordeiro, confirmou a iniciativa, mas adiantou que o projecto estava ainda numa fase embrionária, acrescentando que não iria entrar em pormenores “para não estragar a surpresa”.
Etiquetas: Farmácia
Adiro claramente ao movimento iniciado pelo José Cláudio Vital (a quem aproveito para agradecer os cumprimentos pelo aniversário deste blogue). De facto, há uma tónica dominante nos blogues estarrejenses contra este fenómeno. E a hora de actuar é agora, neste momento e aproveitando a onda que se está a criar.
Ao contrário do que sugere o José Matos, não basta proibir a caça no Bioria, cujas fronteiras não são conhecidas pelos pássaros: há que criar um perímetro alargado, com centro nos terrenos do Bioria, mas com uma extensão significativamente grande (15 km, pelo menos). Só assim será possível garantir que o problema acaba de vez.
Tendo em conta que esta é uma causa que aparentemente merece consenso entre as forças políticas concelhias, que tal levá-la à próxima Assembleia Municipal e iniciar um processo que acabe de vez com o flagelo da caça em todo o Baixo Vouga?
Aproveito para recordar um texto que publiquei neste blogue no dia 1 de Março de 2005 e que acabou por dar uma enorme polémica, com entrevistas na rádio a falarem desta iniciativa e cópias deste inútil post a passarem de mão em mão nos cafés e fábricas do concelho:
A Caça
Na zona central da pacata aldeia de Canelas, no concelho de Estarreja podem-se ver, penduradas em alguns postes uma série de pequenas placas que dizem "zona municipal de caça". As placas estão colocadas num local (junto à rua da Teixeira, para os que o conhecem) rodeado de casas e estradas por todos os lados (a 5 metros da EN109, por exemplo...) e sem qualquer área descampada num raio de pelo menos 4 ou 5 km... ou seja, a tal zona de caça é mesmo ali, no meio da povoação!
Intrigado com este facto e temendo pela eventual existência de snipers naquela a que já há quem chame "a Sarajevo de Estarreja", aproveitei o meu cargo de deputado municipal (tão municipal como a placa...) para colocar a questão na última Assembleia Municipal. Foi uma oportunidade para o Presidente da Câmara brilhar. Ficámos todos a saber que o Dr. José Eduardo de Matos já anda a lutar contra as referidas placas e a própria existência da "zona municipal de caça" pelo menos desde Agosto de 2004. Essa região demarcada pelos vistos foi criada directamente a partir do confortável gabinete lisboeta de algum assessor do assessor do assessor do assessor do assessor de um qualquer alto funcionário do Ministério da Agricultura provavelmente pago a peso de ouro às custas dos nossos impostos e está sob a gestão do Clube de Caçadores de Avanca. Ou seja, apesar da palavra "municipal", a Câmara não tem voto na matéria. O Dr. José Eduardo já escreveu uma dúzia de cartas para tudo quanto é lado e as respostas consistiram apenas no habitual jogo de empurra da administração pública...
Se a própria existência de uma "zona de caça municipal" já me provoca algumas náuseas, que dizer quando essa área fica situada no centro de uma freguesia e no meio das casas e quintais das pessoas...
Bem, fica pelo menos o aviso à navegação: na época de caça, é legal andar aos tiros pelas ruas de Canelas. O Estarreja Efervescente recomenda o recurso a carros blindados e a utilização de coletes à prova de bala, pelo menos enquanto o assessor do assessor do assessor do assessor do gajo que assinou de cruz este disparate não seja substituído por outro assessor do assessor do assessor do assessor de alguém do Ministério da Agricultura, que pelo menos seja um bocadinho mais competente. Ou então, até que a caça seja finalmente proibida em Portugal, à semelhança do que os ingleses fizeram (e muitíssimo bem) à caça à raposa!!!
Aqui fica também um texto do Notícias da Aldeia que pode servir como argumentário legal para sustentar a iniciativa:
o REGULAMENTO LEI DE BASES GERAIS DA CAÇA Decreto-Lei n.º 202/2004, de 18 de Agosto, no seu Artigo 28.º, prevê a exclusão de terrenos.
Nomeadamente, na alínea 2 - A exclusão de terrenos de ZCM pode ainda ocorrer a pedido da respectiva entidade gestora ou por razões de interesse público.
Neste caso, é evidente que a entidade gestora, o Clube de Caçadores de Avança, nunca pediria tal exclusão, ficando no entanto o interesse público.
Mas uma eventual exclusão dos terrenos é possível por outros meios, por exemplo:
Quanto às zonas de caça Municipais
Artigo 26.º
Constituição
4 - Para assegurar melhores condições de conservação e fomento das espécies cinegéticas nas ZCM, o exercício da caça não é permitido em pelo menos um décimo da sua área, a qual deverá ser identificada perante os caçadores e agentes fiscalizadores.
Pergunta-se; na zona de caça municipal de Estarreja, qual é o décimo em que não é permitido caçar?
Ao abrigo do Artigo 119.º
Terrenos não cinegéticos
Constituem zonas interditas à caça:
a) Reservas integrais constituídas em áreas protegidas;
b) Os locais definidos em portaria do Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional, ouvido o Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, ponderados os interesses específicos de conservação da natureza.
Quanto ao problema do regime de caça livre, este estaria resolvido por uma classificação ao abrigo do Artº 109.
A questão, é que é mais fácil esgrimir a fatalidade legal, do que desagradar aos interesses dos caçadores até porque, estes têm espingardas e votos.
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Não foi só Dragutinovic quem recebeu o murro de Scolari: fomos todos nós que estupidamente havíamos acreditado na selecção, foi a já degradada imagem do futebol português e, finalmente, foi o próprio Scolari, que quando chegou a Portugal não teve qualquer problema em excluir João Vieira Pinto da selecção, precisamente por causa... de um murro, dessa vez no estômago de um árbitro no Mundial 2002.
Pior que o acto em si foi a reacção do próprio Scolari, que nos tratou a todos como se fôssemos atrasados mentais e negou o que as câmaras de televisão mostraram claramente, sem quaisquer sinais de arrependimento ou sequer de reconhecimento dos seus actos.
Tendo em conta o passado recente da selecção portuguesa (perseguição ao árbitro na meia-final do Euro 2000, murro de João Pinto no Mundial 2002, balneário francês destruído pela selecção de sub-21, roubo do cartão ao árbitro no mundial de sub-19), o que se passou é inadmissível, sobretudo porque envolve o seleccionador, a quem se exige uma responsabilidade acrescida em situações do género. Com que cara é que Scolari pode agora exigir disciplina e auto-controlo aos seus jogadores depois do que aconteceu?
Se Scolari demonstrasse arrependimento e tivesse pedido desculpas a todos (sérvios e portugueses), as coisas poderiam ser diferentes. No entanto, a reacção ao sucedido apenas veio agravar as coisas. Não há outra alternativa: acabou a era Scolari e a FPF deveria despedi-lo de imediato.
Aditamento - Depois de devidamente aconselhado, Scolari fez o inevitável e pediu desculpas daquela forma convincente a que já nos habituou. Tal como referi no texto inicial, assim as coisas são ligeiramente diferentes. Para já é mais proveitoso para a Selecção deixá-lo ficar do que deixá-lo sair. Que fique, mas só até ao final do Euro2008 (seria absurdo se não nos qualificássemos).
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quarta-feira, setembro 12, 2007
As desculpas esfarrapadas do Ministro Luís Amado são profundamente lamentáveis e constituem uma inaceitável capitulação face a regras do jogo ditadas por um dos países do mundo que menos respeita os direitos humanos. E que, como se isso não bastasse, aproveita-se desse facto para dizimar economicamente o mundo ocidental, utilizando a sua irresponsabilidade social como vantagem competitiva impossível de combater.
Ou seja, em nome da economia toleram-se os caprichos dos que fazem as maiores barbaridades, cuja consequência mais directa é... acabar com a nossa economia.
Pelos vistos, além de medricas somos também estúpidos.
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terça-feira, setembro 11, 2007
Esta é a terceira imagem mais relevante quando se escreve "diarreia mental" no google imagens. Sim, O Efervescente faz hoje 4 anos. Em várias ocasiões este blogue esteve para acabar. Aliás, se querem que seja sincero, ainda não sei porque é que isto continua. De qualquer modo, tendo em conta as diversas fases de falta de disponibilidade/vontade/paciência/disposição/pachorra/motivação/alegria/assunto do seu autor, se não acabou até agora dificilmente acabará tão cedo.
Muito obrigado a todos os que continuam a passar por cá.
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segunda-feira, setembro 10, 2007
Na pior das hipóteses os McCann manipularam a investigação da polícia portuguesa, que embarcou alegremente na teoria do rapto e deu tempo para que as provas do alegado (detesto esta palavra, mas ai de mim se não a escrevesse...) crime fossem quase totalmente ocultadas, incluindo, naturalmente, o cadáver. Na pior das hipóteses o governo e monarquia ingleses, com o apoio implícito e bondoso do governo português, ajudaram a ocultar um dos mais horríveis crimes de que há memória nos últimos tempos e trataram alguns dos alegados (outra vez...) envolvidos com honras de Estado, com direito a sessão privada com o PGR.
Na melhor das hipóteses nós fomos todos na cantiga porque a menina era inglesa, bonitinha e os pais um casal aparentemente civilizado.
Na pior das hipóteses nós acreditámos porque, ao contrário do que aconteceu no tristemente célebre caso-Joana, não parecia possível que de um povo relativamente ao qual temos um complexo de inferioridade civilizacional fosse sair gente capaz de um crime destes.
A verdade é que no caso-Joana a única preocupação foi procurar o cadáver e alegadamente (chiça!) obrigar a mãe da dita-cuja a dizer o que sabia até que o seu olho se confundisse com o belo emblema dos azuis do Restelo.
E se Kate McCann tivesse saido da esquadra da PJ de Portimão nas mesmas condições que a mãe da Joana? Já agora, para além da beleza, dinheiro e aspecto físico, qual será a diferença entre as duas?
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Discretos projectos
A triste realidade e porca miséria do que se entende por um projecto de protecção da natureza - cuja intenção no papel se louva - não passa como todos os que por aqui vivem o sabem, de um arranjo precário de caminhos e colocação de algumas placas informativas nas quais, os caçadores vão afinando a pontaria. O projecto, agora em fase inicial de implementação nos campos de Canelas, é efectivamente de indiscutível importância para a região, quer ao nível da protecção da fauna e flora locais, das aves migratórias, da reprodução das espécies, da economia decorrente do turismo ecológico ou, da natural harmonia e convivência equilibrada entre o Homem e o ambiente.
Como já disse noutra ocasião, o projecto carece de sustentabilidade e empenho por parte das entidades envolvidas. Não pode continuar a viver de pequenas acções pontuais, descontextualizadas e esporádicas, que se não constituem numa vontade determinada e decidida de fazer desta zona um santuário da natureza e, consequentemente, alargar a atractividade turística da região. De que serve anunciar o projecto por essa Europa se, os eventuais visitantes, não encontram mais do que uma placa na boca do esteiro de Salreu, o risco de serem atingidos pelos caçadores e, uma carência evidente de instalações hoteleiras de qualidade?
Nestes tempos de marketing, mais do que uma realidade, criou-se uma imagem de marca que não corresponde ao produto anunciado, decepcionando todos aqueles que resolvem vir ver in loco, a natureza publicitada.
Sabemos que a equipa de projecto e mesmo a CME, não terão os meios nem as competências para tudo resolver. Estarão impossibilitados de criar infra-estruturas hoteleiras capazes de receber um turismo sénior, endinheirado e ávido da paz e encanto que a nossa região lhe pode oferecer. Não terão oportunidade de acelerar a implementação de um projecto que se arrasta infinitamente pelas gavetas de gente que não estará minimamente interessada no mesmo. Debater-se-ão com problemas de financiamento que impedirão qualquer dinâmica de implementação consecutiva.
No entanto, não se compreende como conciliam a edificação de tal projecto com a barbárie cometida por umas dúzias de psicopatas que de espingarda na mão, abatem qualquer espécie que por ali habite. Como conciliam a protecção efectiva das espécies, com uma actividade puramente predatória e, um antangónico turismo ecológico do qual a região poderia retirar dividendos interessantes.
O projecto tem de avançar segura, decidida e consequentemente, não concedendo com práticas ou interesses corporativos. A caça tem de ser imediatamente, erradicada da zona de projecto sob pena de não mais avançar para além do que, actualmente é. Uma zona da qual, os únicos que retiram algum proveito, são os caçadores; dispõem de melhores caminhos para se deslocarem e, placas informativas para afinarem a pontaria.
E terá de ser muito mais do que a mera colocação das citadas placas. Será necessário trabalhar junto das populações no sentido de as sensibilizar para a importância social e económica imanentes, construir esconderijos de observação, gerir circuitos guiados e tudo o mais associado a este tipo de projecto. Dizer que existe, é pouco e temporário.
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Vejam o texto que a Eva Cunha colocou na caixa de correio do Efervescente:
Hoje, sacrificando o meu soninho para poder gozar do espectáculo matinal das aves em Salreu, levantei-me pelas 4,30 horas e , de Rio Tinto- Gondomar, dirigi-me a Salreu afim de me deliciar com o espectáculo esperado do que seria a fauna desse percurso.
Desilusão total, quando , depois de algumas voltas para encontrar o inicio do percurso (dada a falta de informação local), lá consegui encontrar, deparo, passados alguma centena de metros, com o deplorável espectáculo das caçadeiras. Pássaros? Vi alguns desnorteados com o barulho dos tiros esvoaçando mas nem consegui ver que tipo de pássaros.
Vi vários homens de espingarda atirando para tudo quanto mexia...
Passei, com algum receio pela minha integridade física,e já arrependida de ter ido ver essa barbárie que , como bem disse o Sr. Abel Cunha, por lá se processava..
Então se querem preservar a fauna ecologicamente a natureza porque admitem a caça nesse lugar?
Aliás, para mim tudo quanto seja fazer mal a algo que viva é do pior, quanto mais num projecto Bioria?!
Lamento sinceramente o tempo que lá fui perder e a revolta que nasceu em mim em relação aos que mandam.
Será que o valor das licenças de caça é superior aos estragos que por lá se fazem?
Deixo aqui o meu desabafo pois foi um domingo para esquecer..
Eva Cunha
Esta é uma situação absolutamente escandalosa, que requer a intervenção imediata da Câmara Municipal de Estarreja e demais autoridades competentes. Como é que isto é possível? Que miséria!
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quinta-feira, setembro 06, 2007
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quarta-feira, setembro 05, 2007
Cada vez gosto mais de Sarkozy. O lago Winnipesaukee (New Hampshire, EUA) é um dos meus destinos-fétiche de férias e um projecto sempre adiado. Tudo começou quando vi o magnífico What about Bob?, com Bill Murray e Richard Dreyfuss. A ligação ao mar e à ria que todos os que passam férias na Torreira inevitavelmente têm fizeram o resto. Sim, o meu sonho de férias desde há alguns anos é alugar uma casa no lago Winnipesaukee, com um cais próprio e passar um mês a andar de canoa e curtir a vida simples do New Hampshire.
Um homem que pode passar férias em qualquer parte do mundo e escolhe o lago Winnipesaukee tem necessariamente que ter qualquer coisa de especial. E de certeza que é um grande presidente. Allez, Sarko!
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