A notícia aqui publicada sobre o número de assessores contratados pelo Dr. Sá Fernandes deixou-me em estado de choque. Recordo-me que, na altura em fui vereador na Câmara Municipal do Porto, durante o primeiro mandato do Dr. Fernando Gomes, os cinco vereadores do PSD, dois dos quais com pelouros a meio tempo, tinham ao seu serviço apenas uma secretária. Como se explica que o vereador do Bloco de Esquerda na CML, que nem sequer tinha qualquer pelouro atribuído, seja autorizado a contratar 11 assessores?
Seria interessante os lisboetas multiplicarem os 20.880,00 euros que esta gente recebia por mês, pelo número de meses que estiveram a trabalhar na autarquia e depois adicionar os milhões gastos com o embargo do túnel do Marquês (já para não falar nos incómodos da obra parada), para ficarem a saber quanto lhes custou a eleição deste senhor...
quinta-feira, maio 31, 2007
Como todos se recordam, o PS Estarreja foi quem primeiro se manifestou publicamente a favor da manutenção do serviço de urgência do Hospital do Visconde de Salreu.
Como se sabe, o Sr. Ministro da Saúde afirmou que iria negociar, não com as administrações hospitalares, mas com os Presidentes das Câmaras Municipais, o que tem feito.
Como se sabe, para negociar é necessário que ambas as partes estejam interessadas nisso, que ambas as partes esgrimam argumentos, que ambas apresentem propostas e contra-propostas, para depois de haver cedências de ambas, se chegue à melhor solução para todos, de entre as soluções possíveis.
Não vemos qualquer proposta de solução apresentada pelo Sr. Presidente da Câmara de Estarreja.
Não o vemos com qualquer intenção de negociar o que quer que seja.
Sabemos que participa nas reuniões oficiais fazendo piadas sobre os assuntos abordados, sem apresentar propostas de resolução do problema que temos. O IKEA já foi embora assim. As urgências estão a ir embora assim.
O Sr. Presidente tem jeito para participar em manifestações de vela na mão. Mas também o vimos a manifestar-se contra a IC1 a nascente e aí está ela a ser construída a nascente, porque nem ele, nem o governo do PSD/CDS conseguiram resolver o problema, apesar de terem tido tempo para o fazer.
Há que ter a noção da realidade. E a realidade é que temos um Governo que pretende fechar o serviço de urgência do HVS, por ser necessário racionalizar recursos e desenhar uma rede de prestação de cuidados de urgência, de âmbito nacional.
Como o Governo tem muito mais peso do que a Câmara de Estarreja, somos a favor da negociação.
Nunca poderemos ceder ao encerramento do serviço de urgências.
Mas podemos admitir o seu fecho entre a meia noite e as oito da manhã, desde que haja contrapartidas.
Porquê ceder durante a noite? Porque a realidade mostra-nos - e a estatística confirma - que entre a meia-noite e as oito da manhã são atendidas duas ou três pessoas por noite, que mais precisam de uma consulta, do que de um verdadeiro atendimento de serviço de urgência. Passam-se noites e noites seguidas sem que apareça uma verdadeira urgência. Por isso, podemos ceder até aqui, desde que, das oito da manhã à meia noite, tenhamos um verdadeiro serviço de urgência, com dois médicos, dois enfermeiros e possibilidades de realizar exames auxiliares de diagnóstico em permanência. Ao mesmo tempo devemos lutar pela instalação de serviços de telemedicina, o que evitaria muitas transferências para outros hospitais, nomeadamente para o de Aveiro.
Depois, deveríamos exigir como contrapartida(ajudando também), que o Hospital do Visconde de Salreu fosse transformado numa referência a nível regional, por exemplo, da cirurgia laparoscópica. Investir nesta técnica parece-nos uma boa solução, porque já temos médicos excelentes nesta área no n/ hospital, porque temos um bom bloco operatório e porque temos disponibilidade de camas. Ou seja, temos a base para convencer o Ministério da Saúde.
A par deste serviço, devemos investir nas Consultas Externas, como a ginecologia, a pediatria, a fisioterapia e outras cuja procura justifique a sua existência. E apostar no reforço das especialidades que já temos, como a cirurgia e a ortopedia.
Apostar nas Consultas de Alta Resolução, onde as pessoas, numa manhã só, vêm à primeira consulta, fazem os exames necessários de seguida e são atendidos novamente pelo médico, já com o resultado dos exames, de forma a já deixarem o hospital com a cirurgia marcada, caso seja esse o caso.
Se nós fossemos Presidente da Câmara de Estarreja aceitaríamos negociar nestes termos.
Ficávamos com um serviço de urgência entre as 8 e as 24 horas incomparavelmente melhor do que temos neste momento. Garantíamos o futuro do Hospital, não só através das urgências, como com o reforço das consultas externas e ajudaríamos a transformar o hospital numa referência regional, ao nível dos hospitais pequenos, por exemplo, na área da Cirurgia Laparoscópica.
Lembramos que, neste momento, temos dois médicos e dois enfermeiros apenas até às 20.00 horas; o laboratório encerra às 17 horas e não há telemedicina, por exemplo. Todos os casos urgentes que ocorrem actualmente e que necessitem de análises laboratoriais depois das 17 horas são transferidos para Aveiro. Quem necessita de um raio-x depois das 24 horas, também é transferido para Aveiro. Os serviços de telemedicina também evitariam muitas das transferências que hoje são feitas.
Se a opção é entre negociar ou correr o risco de encerrar o serviço, somos claramente a favor da negociação, porque podemos ficar em melhor posição.
Esta seria a nossa proposta actual. Mas as negociações, por definição, evoluem. Lá estaríamos para ouvir e continuar a propor o melhor para Estarreja.
O que parece evidente é que para um Governo duro e determinado é preciso gente que saiba o que se pode defender, como se pode defender e o que não é defensável. Mas é preciso gente que tenha ideias, que saiba o que quer e que lute. Ora não nos parece que isso se consiga entre piadas e manifestações de velas.Etiquetas: Política de Saúde, Política Estarrejense
quarta-feira, maio 30, 2007
Na edição da passada semana do Jornal de Estarreja não foi referido o motivo pelo qual o Partido Socialista votou contra o relatório e contas de 2006, da Câmara Municipal de Estarreja, dando a impressão errada aos leitores que a nossa posição foi assumida pelo simples facto de sermos oposição e não por termos razões profundas para o fazermos. Assim, ao abrigo do Direito de Resposta, solicitamos a V. Excia que insira no seu jornal o seguinte esclarecimento:
Salta à vista nas contas apresentadas pela CME que não foi o Governo que transferiu menos receitas para Estarreja no decorrer de 2006. O Estado cumpriu na íntegra as transferências através dos fundos geral, de coesão e de base municipal atingindo uma taxa de execução de 98%. O que é que aconteceu então? Diminuíram as verbas transferidas pela União Europeia. Porquê? Porque a CME não conseguiu apresentar projectos com que a União Europeia concordasse e, por isso, apoiasse financeiramente, como acontece com as Câmaras bem geridas e eficientes. Em 2006 ficou demonstrada a falta de capacidade desta Câmara em aproveitar os apoios financeiros disponibilizados pela União Europeia, que têm vindo a baixar de ano para ano. Em 2006, a CME apenas conseguiu arrecadar 197 mil contos. Em 2003, a CME tinha recebido 720 mil contos; em 2004, 400 mil contos e em 2005, 200 mil contos.
Assim, entre 2005 e 2006, deixaram de entrar nos cofres da Câmara, cerca de 1,1 milhões de contos de fundos comunitários. Isto explica o brutal aumento da divida a fornecedores que aumentou mais de 1 milhão de contos nestes dois anos, assim como as grandes dificuldades em apoiar as colectividades com as verbas prometidas. Algumas das colectividades só receberam parte do subsídio de 2006, em 2007.
A dívida da CME só nos últimos 2 anos passou de 14,8 milhões de euros para 23,5 milhões de euros. Aumentou 58%. Perguntamos nós: porque é que isto acontece, se nem sequer vemos obras de vulto a serem feitas?
Com tal aumento da dívida, aliada à legislação das finanças locais que não permite que a dívida aos bancos ultrapasse certos limites, o que é que a CME faz? Fica a dever aos fornecedores. Só nos últimos dois anos a dívida a fornecedores cresceu 5,8 milhões de euros (+140%), ou seja, 1,1 milhões de contos!
Verificou-se, ainda, que em 2006 o investimento da CME se quedou pelos 6,25 milhões de euros, registando-se uma quebra de 1,6 milhões de euros (-20%) em relação a 2005, sendo o valor mais baixo investido nos últimos 6 anos. Os números demonstram a ineficácia e a incapacidade de executar obras, lançar novos projectos e de atrair novos investimentos para Estarreja. As taxas de execução são muito abaixo dos 50%. Isto significa que o actual executivo camarário não tem projectos novos, nem executa com determinação os projectos que herdou há cerca de 6 anos.
Foram estas as razões pelas quais votámos contra. O “bom caminho” apregoado pela Coligação PSD/CDS está a ficar à vista de todos: Estarreja está endividada e sem projectos.
O nosso caminho era outro.Etiquetas: Política Estarrejense
terça-feira, maio 29, 2007
Discurso de apresentação da candidatura de Filomena Cabeça
Caros Colegas,
Apresentar esta candidatura aos corpos sociais da Ordem dos Farmacêuticos é um acto de coerência, de credibilidade e de mobilização.
Com a coerência de quem conhece profundamente os dilemas e desafios da profissão, sentindo a relevância da constituição de uma equipa sólida e representativa da diversidade da profissão, que espelhe a determinação na liderança dos profissionais em relação ao seu próprio futuro.
Com a credibilidade de apresentar propostas concretas, emanadas da identificação de necessidades próprias da profissão, e com rumo claro e ambicioso para o futuro.
Com uma aposta na mobilização permanente de todos os farmacêuticos em torno da sua entidade representativa e que dela exijam uma interacção positiva para a evolução da profissão, da saúde dos cidadãos e do país.
Em suma…. Com “uma “Ordem para intervir”!
Somos uma equipa de farmacêuticos, dinâmicos, capazes e motivados, que interpretam as necessidades, as preocupações e as ambições da profissão.
Temos a experiência acumulada ao longo de vários anos como dirigentes associativos em várias áreas da profissão farmacêutica, que combinamos com juventude, sentido de inovação e vontade de intervenção.
Mantemos vivo um espírito irreverente de que é possível fazer melhor e de que somos capazes de fazer melhor.
Desenvolvemos a nossa actividade profissional em áreas concretas da profissão farmacêutica, com carreiras sólidas, feitas de empenho, solidariedade, espírito de equipa e desenvolvimento contínuo, o que nos dá um respeito enorme por todos os que de forma anónima e desinteressada elevam bem alto a imagem do farmacêutico
Temos um visão clara do deve ser a profissão farmacêutica e queremos partilha-la com todos.
Acreditamos que com propostas e projectos claros, de farmacêuticos para farmacêuticos, baseados na proximidade e interactividade entre representantes e representados, envolveremos a diversidade da profissão e criaremos sinergias que suportarão o futuro da nossa profissão.
Para a Presidência da Mesa da Assembleia Geral, o Senhor Professor Doutor Sousa Lobo da Faculdade de Farmácia do Porto aceitou liderar uma equipa onde contamos ainda com dois experientes farmacêuticos na área da farmácia comunitária e da farmácia hospitalar; O Dr. Pedro Cruz e o Dr. Armando Cerezzo respectivamente.
Como vogais para a Direcção Nacional conto com o Dr. Joaquim Fausto, a Drª. Helena Martinho e o Dr. Carlos Cardoso.
O Dr. Joaquim Fausto, do Porto, entendeu acompanhar-me neste projecto, já que é actualmente meu colega na actual Direcção. O Dr. Joaquim Fausto desempenha funções de administração na distribuição grossista, tendo sido o responsável neste mandato pelo processo qualificação e admissão, sendo o presidente do respectivo conselho. É ainda responsável pelo pelouro do marketing farmacêutico, tendo instituído o respectivo Grupo Profissional.
A Drª. Helena Martinho, de Almeirim, acedeu ao meu convite para integrar esta lista trazendo o seu aporte de farmacêutica comunitária com uma visão abrangente, virada para a sociedade, muito próxima do modelo de exercício profissional que defendemos. A Drª. Helena Martinho possui ainda uma enorme experiência associativa sendo a actual presidente do Grupo Profissional de farmácia de oficina.
O Dr. Carlos Cardoso é especialista em análises clínicas, sendo director Técnico de um reputado laboratório e que traz a esta equipa uma vasta experiência associativa, já que é também membro da actual direcção da Secção Regional de Lisboa.
Uma direcção da Ordem dos Farmacêuticos completa-se com a eleição das Direcções das diversas Secções Regionais, já que o respectivo Presidente tem assento por inerência neste órgão nacional.
Nesse sentido, contamos e apoiamos a eleição das candidaturas dos seguintes colegas para completar uma equipa dedicada à representação capaz da nossa profissão:
Para a Secção Regional de Lisboa, o Dr. António Marques da Costa, também do sector da distribuição grossista em Lisboa.
Candidatando-se a um segundo mandato, o Dr. António Marques da Costa e a sua equipa com uma vasta experiência de intervenção profissional e política garantem a estabilidade e o desenvolvimento da Secção Regional de Lisboa, transmitindo-nos os valores de uma liderança segura, sustentada na vivência e no conhecimento profundo das diversas áreas profissionais. O Dr. António Marques da Costa manterá a articulação fundamental para a concretização da nova sede nacional e regional em Lisboa
Para a Secção Regional de Coimbra, o Prof. Doutor Francisco Batel Marques da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra.
A personalidade forte, a visão estratégica e a competência científica são atributos por demais conhecidos no Prof. Francisco Batel que constituiu uma nova equipa regional de colegas com motivação à altura dos grandes desafios que a profissão vai enfrentar.
Com o Professor Batel Marques, a Secção Regional de Coimbra entrará numa nova fase da sua vivência e a Direcção Nacional da Ordem dos Farmacêuticos ganha um novo fôlego no capítulo estratégico e na sustentabilidade das suas posições
Finalmente, para a Secção Regional do Porto contamos e apoiamos a eleição do Dr. José Mingocho, um distinto membro da nossa farmácia comunitária.
Ao liderar uma equipa renovada que espelha a representatividade das várias áreas da profissão farmacêutica e mantendo a abordagem independente do seu primeiro mandato, o Dr. José Mingocho detém o empenho genuíno de um jovem farmacêutico que vive a profissão de forma intensa. O Dr. Mingocho tem um projecto sério de desenvolvimento e de abertura aos membros da Secção Regional do Porto que gostaríamos ver concretizado.
Os órgãos nacionais completar-se-ão com o Conselho Jurisdicional Nacional, para o qual o colega Fernando Miranda da farmácia comunitária de Évora se disponibilizou a integrar novamente este órgão e ao qual se junta o colega José Joaquim Roque Diamantino, também da área da farmácia comunitária do Fundão e uma jovem colega das análises clínicas do Porto, a Drª. Ana Maria Crispim.
Considero pois que constituímos uma equipa forte, que traz a experiência dos vários sectores da profissão, para além de ser uma verdadeira equipa nacional, capaz de nos trazer a sensibilidade, as necessidades, os problemas e as propostas de solução para os doentes e para os farmacêuticos de todos os pontos do país.
Esta mesma equipa definiu oito objectivos estratégicos para o seu mandato de 2007-2010, se para tal for eleita e que constituem a base do manifesto eleitoral que agora vos foi presente:
Em primeiro lugar, a procura e estabelecimento de um verdadeiro espírito de grupo. A construção de uma sólida COESÃO PROFISSIONAL.
Assente na solidez científica e no dinamismo dos farmacêuticos, a diversidade de intervenções profissionais constitui um dos maiores activos da nossa profissão. Como nenhuma outra profissão da saúde, os farmacêuticos intervêm em múltiplos sectores e desempenham actividades altamente diferenciadas. São notórios os espaços de afirmação profissional dos farmacêuticos, como na vanguarda da farmácia comunitária, na diferenciação em análises clínicas, na modernidade da distribuição farmacêutica, na racionalidade da prestação hospitalar, na qualidade do medicamento, na perícia regulamentar, na investigação científica e tecnológica, na excelência do ensino universitário e no desempenho analítico (bromatológico, hidrológico e toxicológico).
Esta candidatura elege como uma das suas principais áreas de intervenção a promoção e reforço da coesão de todos os farmacêuticos e o desenvolvimento de iniciativas concretas através de “eixos de coesão” entre farmacêuticos das diversas áreas de actividade.
Em segundo lugar, uma regulamentação profissional que enquadre novas respostas e novos desafios. Um novo EXERCÍCIO FARMACÊUTICO.
A evolução farmacêutica tem, na sua matriz de intervenção, uma assinalável capacidade de adaptação aos novos desafios e exigências que a sociedade e o conhecimento científico lhe exigem. Coerentemente, existe uma permanente necessidade de adaptação da regulamentação profissional. Dando continuidade à reflexão já produzida pela Ordem dos Farmacêuticos, importa contextualizar e redefinir as intervenções dos farmacêuticos no seu papel social, valorizando a competência e exclusividade do Acto Farmacêutico, concretizando um novo modelo de intervenção profissional, nomeadamente na farmácia comunitária.
Em terceiro lugar, uma verdadeira e pró-activa REGULAÇÃO PROFISSIONAL.
Exercendo a tutela jurisdicional da profissão farmacêutica, a Ordem dos Farmacêuticos deve assumir uma intervenção pró-activa no âmbito da sua intervenção disciplinar e promotora de uma melhoria contínuo do respeito ético e deontológico dos profissionais que representa. Apenas através da correcta e ponderada sanção de situações e comportamentos indiciadores de má prática profissional, se assegura uma efectiva salvaguarda da idoneidade e confiança dos farmacêuticos perante a sociedade. Queremos promover também, de forma pedagógica e preventiva, a observância dos preceitos éticos e deontológicos é, para além de obrigação legal da Ordem dos Farmacêuticos, um imperativo vital para assegurar a independência profissional dos farmacêuticos.
Em quarto lugar, a conquista de uma verdadeira NOTORIEDADE FARMACÊUTICA.
Uma profissão dinâmica, e com contributos relevantes para a sociedade, alcança notoriedade e prestigio junto dos cidadãos. Neste contexto, é inegável que a profissão farmacêutica continua (felizmente) com destaque positivo pelos cidadãos e com destacada superioridade de avaliação em relação a qualquer outra profissão da saúde. Continuar a valorizar o farmacêutico como o profissional de saúde que gera valor social e obtenha o reconhecimento público de confiança e de qualidade na sua intervenção é objecto relevante para a Ordem dos Farmacêuticos.
Em quinto lugar, queremos uma OF COMO PARTE DA SOCIEDADE.
A forma como a Ordem dos Farmacêuticos interage e se apresenta junto de órgãos de soberania, decisores políticos, media, líderes de opinião, instituições do sector, parceiros da saúde, doentes e população em geral é determinante para aceitação e credibilidade de propostas e medidas defendidas pela profissão farmacêutica. A sociedade mediatizada é, naturalmente, um espaço de afirmação essencial, cujas estreitas janelas de oportunidade e relevância, devem ser consideradas para uma comunicação que estabeleça uma referência positiva e duradoura face ao imediatismo e instantaneidade que cada vez mais caracterizam a sociedade global.
Em sexto lugar, queremos levar a efeito REPRESENTAÇÃO PROFISSIONAL credível, com posições coerentes, estrategicamente fundamentadas e tecnicamente sustentadas.
A Ordem dos Farmacêuticos é, actualmente, parte activa em múltiplas iniciativas em curso no âmbito da saúde. A representação integral dos farmacêuticos exige presença credível ao nível de diversas comissões e grupos de trabalho oficiais (Plano Nacional de Saúde e Ministério da Saúde, Comissões e Grupos de Trabalho no Infarmed, Comissões de Verificação Técnica de laboratórios de análises clínicas, comissões sectoriais do Instituto Português da Qualidade e do Instituto Português de Acreditação, até à representação inter-profissões regulamentadas. Assegurar a presença activa e empenhada dos farmacêuticos nas diversas comissões e grupos de trabalho constitui-se num relevante instrumento de participação e influência positiva da profissão na concepção, implementação, desenvolvimento e avaliação de intervenções em saúde no nosso país.
Por outro lado, no plano internacional, a Ordem dos Farmacêuticos é chamada a assumir a representação dos farmacêuticos portugueses em organizações e fóruns que, no plano europeu e mundial, pugnam pela afirmação da profissão farmacêutica.
Em sétimo lugar, a DIFERENCIAÇÃO PROFISSIONAL como vector estratégico, elemento mobilizador e espelho da intervenção do farmacêutico.
A profissão farmacêutica é, sem complexos, pioneira e exemplo no âmbito da transparência e responsabilidade com que demonstra a sua qualificação perante a sociedade. De facto, e por mote dos próprios farmacêuticos, a profissão apresenta hoje garantias acrescidas para o reforço da confiança dos cidadãos em relação à qualidade, rigor e competência dos farmacêuticos portugueses. Desde a concepção, desenvolvimento e implementação da Revalidação da Carteira Profissional, passando pela Acreditação de Licenciaturas em Ciências Farmacêuticas e até à política de promoção da Qualidade, a profissão farmacêutica pode orgulhar-se de ser destacada pioneira nacional, e mesmo internacional, em relação a iniciativas estratégicas e cuja mais-valia começa a despertar neste momento diversas intervenções noutras profissões e actividades da sociedade. Contudo, o inteiro mérito destes patamares de excelência é devido a todos os farmacêuticos que, trocando o comodismo pelo empenho individual e colectivo, podem demonstrar um rumo consistente e relevante, embora não isento de dificuldades e necessidades permanentes de melhoria. Os milhares de farmacêuticos portugueses envolvidos nestes projectos diferenciados são a prova de resiliência e dinamismo da nossa profissão, cuja evolução e adaptação merecem um adequado reconhecimento e valorização do esforço desenvolvido. Do mesmo modo, novos desafios exigem uma estratégia definida em relação a especializações e competências farmacêuticas e que, deste modo, alinhem as necessidades e respostas da profissão.
Por último, uma clara aposta na JUVENTUDE FARMACÊUTICA.
A profissão farmacêutica apresenta uma notável renovação de gerações e um acentuado incremento do número de profissionais através dos jovens recém-licenciados. A garantia de vitalidade e dinâmica da profissão passa pela sua capacidade de integrar e valorizar a energia e inovação das gerações mais recentes no seio do contributo sólido e experiência de todos os profissionais.
Apostar nos jovens farmacêuticos é assim determinante para uma estratégia de visão e futuro da profissão onde estes serão os farmacêuticos do amanhã.
Estes são, desde já, princípios e principais propostas sobre as quais assenta esta candidatura. Registámos desafios e apresentámos as primeiras propostas para a profissão farmacêutica.
Contudo, e para finalizar este primeiro propósito eleitoral, gostaria de vos falar sobre um dos projectos mais ambiciosos que pretendemos desenvolver ao longo do próximo triénio.
Preparar o futuro da profissão exige capacidade de prever, planear e desenvolver respostas consistentes. Deste modo, como compromisso e contributo desta candidatura, pretendemos desenvolver uma análise consistente da profissão com a amplitude de uma década: o projecto “farmacêuticos 2020”, através de uma linha coerente de reflexão, e estudos prospectivos, sobre a evolução e metas a estabelecer ao longo da década seguinte ao término do mandato 2007-2010.
Esta é uma súmula do vasto conjunto de propostas que esta equipa já reuniu e que, de forma estruturada e detalhada, apresentará no seu programa eleitoral.
Este é o primeiro de muitos testemunhos e compromissos que claramente estabeleceremos com os farmacêuticos portugueses no próximo mandato.
Contamos com todos, porque todos contarão connosco num momento em que é chegada a hora de “ uma Ordem para intervir”.
Filomena CabeçaEtiquetas: Farmácia, Política de Saúde
segunda-feira, maio 28, 2007
sexta-feira, maio 25, 2007
À atenção do Michael Moore
Uma Circular quadrada à base de pão escuro
A Direcção Geral de Saúde, preocupada com o excesso de peso, ataca os “coffee-breaks” por si promovidos e serviços dependentes e lançou hoje uma Circular Informativa (Nº12/DIR) esclarecedora. Aí ficamos a saber que se aconselha o pão escuro e nada de produtos de pastelaria, com excepção dos biscoitos à base de azeite. O pãozinho só pode ser acompanhado por um único elemento: fiambre (peru ou frango), queijo ou compota, mas só uma colher de sopa por 50 gramas de pão.
Perante esta pobreza, decerto que toda a gente vai evitar os “coffee-breaks”, contribuindo, assim, para atenuar a parcela económica dos consumíveis. (...)
Saúde na Beira Interior
Etiquetas: Frente de Blogues de Saúde
quinta-feira, maio 24, 2007
Depois da saída de António Costa, o governo Sócrates entrou numa fase de loucura, que só tem paralelo com os bons velhos tempos de Santana Lopes:
- O inevitável Manuel Pinho prometeu mais de 200 empregos que já não existiam aos trabalhadores da Delphi e foi desmentido poucas horas depois pelo seu próprio Secretário de Estado;
- Um alto funcionário do Ministério da Educação despediu um colega por contar uma anedota sobre a licenciatura do Primeiro-Ministro e o governo tem gerido desastrosamente o respectivo dossier, com toda a oposição a surfar a onda anti-salazarista do momento e o PS na insólita posição de vítima;
- Mário Lino está definitivamente em roda livre, sem qualquer ligação à Terra: desta vez decidiu afirmar que a sul do Tejo existe um deserto e que os aeroportos são para se fazer em locais populosos, como essa grande metrópole chamada Ota...
- Correia de Campos pretende acabar com as isenções de taxas moderadoras dessa cambada de viciados do SNS, as crianças com menos de 12 anos;
- Last but not the least, o hospital do Barreiro quer enviar para casa um indivíduo que está em coma há 6 anos e ainda exige à família um pagamento de mais de 200 mil euros...
É de mim ou estamos em plena Twilight Zone?
Etiquetas: Política Nacional
| ||||||||||||
Correia de Campos garante que o SNS vai continuar a ser tendencialmente gratuito mas admite que os utentes possam ser chamados a contribuir para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde. | ||||||||||||
Etiquetas: Política de Saúde
quarta-feira, maio 23, 2007
HOME | SUBSCRIBE | CURRENT ISSUE | PAST ISSUES | COLLECTIONS | HELP | Advanced Search |
|
Published at www.nejm.org May 21, 2007 (10.1056/NEJMoa072761) |
Background Rosiglitazone is widely used to treat patients with type 2 diabetes mellitus, but its effect on cardiovascular morbidity and mortality has not been determined.
Methods We conducted searches of the published literature, the Web site of the Food and Drug Administration, and a clinical-trials registry maintained by the drug manufacturer (GlaxoSmithKline). Criteria for inclusion in our meta-analysis included a study duration of more than 24 weeks, the use of a randomized control group not receiving rosiglitazone, and the availability of outcome data for myocardial infarction and death from cardiovascular causes. Of 116 potentially relevant studies, 42 trials met the inclusion criteria. We tabulated all occurrences of myocardial infarction and death from cardiovascular causes.
Results Data were combined by means of a fixed-effects model. In the 42 trials, the mean age of the subjects was approximately 56 years, and the mean baseline glycated hemoglobin level was approximately 8.2%. In the rosiglitazone group, as compared with the control group, the odds ratio for myocardial infarction was 1.43 (95% confidence interval [CI], 1.03 to 1.98; P=0.03), and the odds ratio for death from cardiovascular causes was 1.64 (95% CI, 0.98 to 2.74; P=0.06).
Conclusions Rosiglitazone was associated with a significant increase in the risk of myocardial infarction and with an increase in the risk of death from cardiovascular causes that had borderline significance. Our study was limited by a lack of access to original source data, which would have enabled time-to-event analysis. Despite these limitations, patients and providers should consider the potential for serious adverse cardiovascular effects of treatment with rosiglitazone for type 2 diabetes.Etiquetas: Farmácia, Política de Saúde
Sondagem on line
Está a decorrer no portal farmacia.com.pt a primeira sondagem on line sobre as próximas edições para BOF.
Que a vitória vá para quem a mereça... ou seja, para a candidata Filomena Cabeça!
Etiquetas: Farmácia
A partir de agora já podem visitar e participar no Jovens com Cabeça.
Etiquetas: Farmácia
terça-feira, maio 22, 2007
Compreensivelmente, a Andreia Tavares diz que não publicará mais textos sobre esta novela.
Eu também não estou disposto a transformar o Jornal de Estarreja na versão escrita deste blogue e como tal, mesmo que a redacção mo permitisse, não responderia ao ataque do José Matos. As atitudes ficam com quem as tem.
De qualquer modo, é curioso fazer as contas: só nos últimos meses, o José Matos publicou seguramente mais de dez textos sobre o tema. Eu publiquei um, que suscitou uma resposta tão descabida, que o próprio JE viu-se obrigado a encerrar o assunto.
Pelo meio, apetece perguntar onde está a verdade. A resposta é fácil: basta ver quem está no poder há quase 6 anos, herdou um projecto já em andamento acelerado e ao fim de tanto tempo continua às voltas para comprar meia dúzia de terrenos e a perder investimentos em série. Esta verdade não é manipulável e está à vista de todos.
Etiquetas: Política Estarrejense
segunda-feira, maio 21, 2007
Sá Fernandes tem 11 assessoresVale a pena também ler o comentário de Pedro Aroso na Baixa do Porto:
O gabinete de José Sá Fernandes custava ao orçamento da Câmara Municipal de Lisboa 20 880 euros por mês. Com 11 pessoas, das quais nove assessores técnicos, uma secretária e um coordenador de gabinete, auferindo salários mensais entre 1530 euros e 2500 euros, o ex-vereador do BE “tem rigorosamente o que nos foi dado pela Câmara”, garante Carlos Marques, o responsável do BE que negociou com a presidência da autarquia o número de assessores para aquele vereador. Sá Fernandes vai defender amanhã, na apresentação da candidatura à edilidade, a necessidade de “moralizar” a contratação de assessores.
A notícia aqui publicada sobre o número de assessores contratados pelo Dr. Sá Fernandes deixou-me em estado de choque. Recordo-me que, na altura em fui vereador na Câmara Municipal do Porto, durante o primeiro mandato do Dr. Fernando Gomes, os cinco vereadores do PSD, dois dos quais com pelouros a meio tempo, tinham ao seu serviço apenas uma secretária. Como se explica que o vereador do Bloco de Esquerda na CML, que nem sequer tinha qualquer pelouro atribuído, seja autorizado a contratar 11 assessores?
Seria interessante os lisboetas multiplicarem os 20.880,00 euros que esta gente recebia por mês, pelo número de meses que estiveram a trabalhar na autarquia e depois adicionar os milhões gastos com o embargo do túnel do Marquês (já para não falar nos incómodos da obra parada), para ficarem a saber quanto lhes custou a eleição deste senhor..
Etiquetas: Política Nacional
Publicado: sexta-feira, 18 de Maio de 2007 - 00:53
No último dia para apresentação de candidaturas ao cargo de Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, falámos com a Dr.ª Maria Filomena Leal Cabeça, a primeira candidata assumida, que se compromete a defender “a proximidade, a confiança, a qualidade e o papel insubstituível do farmacêutico”.
Numa curta apresentação, a Dr.ª Maria Filomena Leal Cabeça, 49 anos, licenciada em 1981 pela faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, membro da actual Direcção Nacional da Ordem, onde desempenha funções há 12 anos, responsável pela Farmácia do Centro Hospitalar das Caldas da Rainha, mostra-se uma pessoa entusiasmada, lutadora, carismática e com bastante sentido de humor.
Que características devem caracterizar o bastonário da OF? E quais são os seus principais objectivos?
Na minha candidatura à representação dos farmacêuticos julgo reunir algumas das características que a OF necessita. Desde logo um percurso profissional envolvido e empenhado com os problemas do dia-a-dia da intervenção farmacêutica. Por outro lado com um forte conhecimento dos principais temas e desafios que se colocam à profissão. Para tal, conto ainda com uma equipa extremamente qualificada e com a competência exigível para representar os farmacêuticos portugueses. Por último, um projecto com determinação e garra, baseado na inovação e na procura de soluções concretas para a nossa profissão.
O actual bastonário, tem sido alvo frequente de críticas e acusações. Necessitamos de alguém que tenha o respeito dos farmacêuticos e dos outros profissionais. No seu entender, a que se devem estas críticas?
A crítica, quando fundamentada, é um precioso instrumento para quem tem de assumir a representação de outros. Em relação à intervenção da OF tenho registado muitas críticas e poucas soluções. É fácil produzir discursos responsabilizadores quando estamos sentados num sofá a assistir… Os últimos tempos têm sido momentos de muita tensão para toda a profissão e a OF tem demonstrado grande capacidade de resiliência perante um cenário adverso e de contestação às mais valias da intervenção farmacêutica. Contudo, a intervenção séria e fundamentada da OF já recolhe hoje uma maior visibilidade e compreensão. Apesar das dificuldades, a OF é tida como uma entidade credível e com propostas válidas para o sistema de saúde, sendo interlocutor auscultado pelos diversos decisores políticos.
Os momentos difíceis exigem-nos maior ponderação e a manutenção da “cabeça fria” em relação a uma reacção mais intempestiva, de ruptura imediata e de fechar a porta a uma tentativa de diálogo construtiva e com propostas. Se a OF tivesse optado por esse caminho… que resultados tínhamos alcançado? Haveria um liberalização do sector sem ponderações e prejudicando aqueles que mais queremos defender: os doentes!
Contudo, e nas funções de Bastonário, cada pessoa tem de ser fiel à sua forma de estar e às convicções que defende e, como tal, é natural que existam alterações de estilo e de forma de intervenção.
Como vê a redefinição do actual modelo da farmácia comunitária e qual o papel da ordem na regulamentação do novo modelo?
Até este momento, estamos apenas perante a tensão de alterações pontuais e cuja moldura final ainda não é conhecida. Contudo, a OF tem já identificadas as necessidades emergentes da redefinição da farmácia comunitária. Há traços fundamentais pelos quais a OF não deixará de pugnar: a proximidade, a confiança, a qualidade e o papel insubstituível do farmacêutico. A proposta de nova legislação sobre o exercício farmacêutico é um exemplo da intervenção da OF que traduz a garantia destes princípios para a população. A proposta apresentada revê coerentemente e interliga todos os farmacêuticos no sector do medicamento - comunitários, hospitalares, de indústria, da distribuição e de assuntos regulamentares – atribuindo-lhes responsabilidades e deveres claros norteados pelo interesse público. Com a concretização de alterações substanciais, como o caso da propriedade, exige-se à OF um papel mais diferenciado que salvaguarde uma intervenção farmacêutica à prova dos interesses mercantilistas de novos agentes no sector. A promoção da qualificação contínua dos farmacêuticos e a valorização da sua diferenciação técnico-científica são objectivos que encerram cada vez maiores desafios e para os quais temos de dar respostas.
O ensino das Ciências Farmacêuticas não tem acompanhado a rápida evolução da profissão. A maioria dos cursos não contempla formação específica para áreas tão essenciais, como a genética, a gestão ou a economia da saúde. Verifica-se também uma falta de interligação entre o ensino e a prática profissional, com estágios tardios e limitados. Considera importante uma reavaliação dos planos curriculares?
O ensino farmacêutico tem, no nosso país, dado passos positivos em relação aos desafios que a ciência e a profissão lhe colocam. A própria OF tem estimulado esta resposta e alcançou um diálogo aberto e frontal nos processos de acreditação de licenciaturas. Contudo, a rápida evolução das necessidades da sociedade tem colocado novos desafios à profissão e existe uma necessidade de promover um alinhamento estreito entre a academia e a profissão nas respostas necessárias. A OF tem responsabilidades nesta matéria e continuará a identificar os pontos críticos na profissão, procurando envolver a nossa vasta comunidade científica nas soluções. Ao nível pré e pós-graduado existem inúmeras convergências e necessidades que devem unir a profissão e o ensino, e, para as quais é necessário dedicar especial atenção. A profissão farmacêutica baseia-se no conhecimento e, como tal, tem de estar preparada para dar respostas consistentes com a evolução da evidência científica e da própria sociedade.
Por exemplo, a OF tem actualmente nomeadas as Comissões Instaladoras das especializações em Genética Humana e de Farmacoterapia como resposta activa às necessidades de maior diferenciação dos farmacêuticos em áreas-chave da sua actividade.
Têm sido levantadas algumas críticas quanto à forma como são avaliadas e creditadas as acções de formação, obrigatórias para a renovação da carteira profissional. Não lhe parece que este processo deveria ser mais objectivo e transparente?
Aceito e compreendo as críticas resultantes de um processo inovador e ambicioso como a revalidação da carteira profissional. De facto, todo este processo é uma inovação da profissão farmacêutica e, como tal, está sujeito à necessidade de acompanhamento e da capacidade de correcção das dificuldades. Existem actualmente factores críticos neste processo que, quanto a mim, são: acessibilidade (económica e geográfica); comunicação; fluidez de procedimentos e avaliação.
É um facto que existem colegas que reportam dificuldades de participação (sendo urgente rotinar os Cadernos de Formação e actividades à distância) e de situações pessoais limitativas (de saúde, entre outras). Aliás, com a implementação de uma iniciativa desta dimensão estranharia se não existissem dificuldades ou reclamações... seriam sintomas da sua inocuidade, desinteresse ou falta de credibilidade.
Contudo, o cerne desta iniciativa é adequado e os objectivos a alcançar ainda mais pertinentes no quadro das alterações em curso, sendo naturalmente um compromisso que assumo a capacidade de ajustamentos progressivos em função das necessidades da profissão. Aliás, um retrocesso nesta matéria seria algo de profundamente negativo para a credibilidade da profissão e, ainda pior, um desrespeito pelos milhares de farmacêuticos que assumiram esta responsabilidade.
A Farmácia do futuro inevitavelmente venderá mais serviços que produtos. A qualidade dos serviços determinará o sucesso comercial da farmácia, pois em relação aos produtos as diferenças são praticamente nulas. Deverá a farmácia comunitária portuguesa evoluir para uma situação de pagamento por acto farmacêutico?
Já nos dias de hoje o farmacêutico é um prestador de serviços de saúde e não apenas no âmbito da farmácia comunitária. Há espaço para que consideremos essa evolução e percorramos um caminho idêntico em experimentação noutros países. Contudo, dado o avolumado conjunto de alterações em curso neste sector, não será uma solução imediata, tanto mais que a remuneração por acto deve encerrar uma valorização do conteúdo profissional e não render-se a uma aritmética contabilística ou promotora da degradação da qualidade de atendimento e aconselhamento prestados pelos farmacêuticos.
Manifestou numa entrevista recente que pretende "fazer parte da solução dos problemas de saúde e adoptar posições sustentadas". Nesta perspectiva, qual a autonomia que a OF deve guardar em relação à ANF?
Existe sempre recorrente confusão entre a OF e a ANF. A sociedade portuguesa tem de perceber definitivamente que uma e outra têm papéis e funções bem distintas e que representam entidades diferentes. Como representação formal de toda a profissão, a OF assume responsabilidades próprias e tem funções definidas pelo Parlamento Português. Deste modo, e tal como em relação a todas as representações dos farmacêuticos, a OF manterá saudáveis relações institucionais e procurará alcançar consensos positivos para o sistema de saúde e, em particular, para a intervenção farmacêutica. Os doentes são a razão de ser da profissão farmacêutica e todos os que pretendam valorizar a intervenção farmacêutica em prol destes contarão com a OF como aliada. Se convergirmos tanto melhor, senão saberemos enfrentar as divergências e dificuldades.
No Hospital, o farmacêutico está claramente a perder terreno para outros profissionais, sem se notar grande preocupação por parte dos responsáveis. Que apostas deverão ser feitas para aumentar a importância e a participação dos farmacêuticos nos nossos Hospitais?
A OF tem, incessantemente, colocado a tónica na necessidade de implementar objectivamente as Resoluções do Conselho de Ministros sobre a farmácia hospitalar. Sobre esta matéria existem já demasiados diagnósticos, sendo necessário pôr em prática as soluções já alcançadas em termos de meios e recursos para rentabilizar a perícia técnico-científica do farmacêutico no hospital. A gestão do medicamento hospitalar só agora começa a surgir como prioridade no âmbito da gestão hospitalar e são os farmacêuticos que mais têm contribuído para um compromisso de equilíbrio entre encargos e resultados. A racionalidade e a segurança das intervenções hospitalares dependem da eficaz intervenção do farmacêutico e, deste modo, é fundamental o correcto enquadramento da sua actividade. A Carreira Farmacêutica, envolvendo também os colegas das Análises Clínicas e da Genética Humana, é um passo estruturante através do qual se podem atribuir responsabilidades e qualificações aos farmacêuticos com um impacto positivo nos cuidados de saúde. A expectativa em relação à evolução da carreira (já acordada com o Ministério da Saúde em 2005) em paralelo com alterações facilitadoras do acesso por jovens farmacêuticos são matérias relevantes a prosseguir em conjunto com o Ministério da Saúde.
A intervenção de farmacêuticos em análises tem também desafios. O Sector de Análises Clínicas tem apresentado fenómenos de concentração económica. Quais as propostas para este sector?
A intervenção farmacêutica em análises clínicas precisa de uma nova visibilidade e dinâmica na nossa sociedade. De facto, poucos cidadãos sabem que são farmacêuticos especialistas os responsáveis pela grande maioria das análises clínicas no nosso país e são também parte significativa nos respectivos serviços hospitalares. Há, também neste sector, ameaças de verticalização económica e de afectação da autonomia técnico-científica dos farmacêuticos. Sobres estas matérias é necessário questionar a tutela em relação à inspecção e licenciamento de unidades e de fomentar uma racionalização deste sector. A manutenção do princípio da convenção e a revisão das nomenclaturas e tabelas de exames são também matérias para as quais a OF deve dar o seu contributo. Assegurar que o farmacêutico analista desenvolve a sua actividade em proximidade e confiança com os doentes são metas para as quais novas estratégia e iniciativas se devem desenhar.
De uma forma geral importa também promover uma reflexão aprofundada no enquadramento da diferenciação farmacêutica nas áreas analíticas, através do repensar de propostas que envolvam positivamente o seu exercício farmacêutico, por exemplo, através de proposta de exercício farmacêutico neste sector que individualize o papel do farmacêutico em análises clínicas, genéticas, hidrológicas, toxicológicas e bromatológicas. É esta resposta integrada de funções e responsabilidades na sociedade que temos de dar provas e visibilidade.
Para além da liberalização da propriedade das farmácias, o Governo pondera também a legalização da venda de medicamentos pela Internet. Se tal vier a acontecer, qual deverá ser a posição da Ordem?
A OF manterá, como sempre, a exigência de segurança para os doentes e a necessidade de acompanhamento através de farmacêutico. Em relação ao recurso a novas ferramentas de comunicação para facilitar o acesso a medicamentos, é necessário garantir que tal não signifique legalizar a marginalidade actual em que é possível comprar (o termo é mesmo comprar pois não há mais nenhuma garantia) medicamentos sem nenhum tipo de informação ou segurança. Não é por acaso que a Internet é uma das principais fontes de medicamentos contrafeitos e que mais riscos de saúde apresentam para a população. Nestes moldes caóticos, qualquer bom senso ditará a oposição a esta medida. Se o modelo regulamentar contribuir para a utilização da Internet como ferramenta complementar à relação de confiança e proximidade doente-farmacêutico poderá ser uma mais-valia para doentes e profissionais.
Há quem considere que o cargo de Bastonário devia ser remunerado. Seria simultaneamente uma forma de independência e de evitar amadorismo. Além disso, a um bastonário bem pago também se poderia exigir muito mais. Que opinião tem sobre esta questão?
A intervenção ao nível da OF é, essencialmente, de cariz voluntário e associativo. Deste modo, e até pela determinação estatutária, é incompatível remunerar as funções eleitas, o que me parece bem. Contudo, podem existir constrangimento em relação às condições de exercício da função e, a exigência e necessidade de disponibilidade podem afectar o desempenho profissional de quem assume estas funções. Não considerando a hipótese de remuneração directa, podem coexistir “ajudas de custo” que viabilizem a participação efectiva de mais colegas, limitando-se deste modo o constrangimento económico à sua participação. De uma forma global não considero esta matéria uma prioridade no contexto dos actuais desafios que a profissão enfrenta e, como tal, deve ser analisada pelos órgãos próprios da OF. De forma mais vincada, necessitamos de manter e apostar na profissionalização efectiva e empenhada dos colaboradores que constituem o quadro da OF e esta será uma preocupação permanente de quem tem de assegurar uma adequada gestão da instituição e de dotá-la de condições para melhor responder às necessidades.
Etiquetas: Farmácia, Política de Saúde
Lavadas as lágrimas, vamos à Taça (essa sim, a competição mais democrática e abrangente do futebol português :))!!!
Etiquetas: Sporting
quarta-feira, maio 16, 2007
Data: 2007-05-15
Através do sistema todas as farmácias de Madrid vão poder emitir receitas médicas sem haver necessidade de deslocação dos pacientes aos centros de saúde. A medida foi aprovada pelo Departamento de Saúde Pública e Consumo da cidade, que tem como objectivo melhorar a prestação de cuidados de saúde dos madrilenos.
O sistema está já a ser testado no centro de saúde Parque La Coimbra, situado em Mosteles e em quatro farmácias da área. A plataforma é composta por vários módulos: um para identificação e autorização de utilizadores, um para os medicamentos prescritos e um portal ligado a uma rede privada de farmacêuticos.
O sistema vai ainda incluir um módulo de gestão que vai permitir configurar as operações de prescrição de acordo com os requisitos do Departamento de Saúde Pública e Consumo de Madrid.
(mais um contributo do Eduardo Faustino)
Etiquetas: Farmácia
terça-feira, maio 15, 2007
segunda-feira, maio 14, 2007
Ontem provou-se a minha teoria: não fosse o golo de matrecos dessa amostra de fotocópia mal tirada de um avançado que só não está a abrilhantar os belos relvados do campeonato turco por um enorme azar com que a Divina Providência nos brindou, e ter-se-ia cumprido já ontem o fabuloso destino de Jesualdo Ferreira, o homem que nasceu para perder campeonatos, apuramentos para a UEFA e para a Liga dos Campeões nos últimos jogos/minutos/segundos do que quer que seja que esteja a disputar.
De qualquer modo, e para que conste, ser campeão durante 60 minutos não foi nada mau. Aliás, tomámos-lhe o gosto. E, como provavelmente já todos terão percebido, sou do Desportivo das Aves desde pequenino. E até domingo à noite só como animais sem penas.
Etiquetas: Sporting
sábado, maio 12, 2007
sexta-feira, maio 11, 2007
Conselhos do Boticário
Use sempre preservativo; até na língua!
É um conselho repetido. Mas um estudo publicado ontem no New England Journal of Medicine reafirma-o: «Oral HPV infection is strongly associated with oropharyngeal cancer»!
Etiquetas: Farmácia
quinta-feira, maio 10, 2007
terça-feira, maio 08, 2007
Confesso no entanto que é particularmente irritante a mania do José Matos se considerar detentor de mais informação que eu sobre algumas matérias. Não, meu caro José: ao contrário do que pareces pensar, antes de escrever textos sobre política local informo-me bastante bem, sempre em mais que uma fonte. Em muitas situações, as minhas fontes de informação são até bastante melhores e mais detalhadas que as tuas. Quando cometo erros, assumo-os e emendo-os (o que já aconteceu mais que uma vez). No entanto, este não é o caso.
Fica apenas uma reflexão: quando alguém deixa de governar uma Câmara Municipal, obviamente não leva consigo fotocópias de todos os dossiers de que tratou enquanto esteve no poder (por várias razões: por uma questão logística, de ética e pelo facto destes documentos serem supostamente públicos). Ou seja, há apenas dois grupos de pessoas com conhecimento directo do processo: o actual executivo camarário (do PSD) e o anterior executivo (do PS). Se o PSD tem dúvidas sobre o processo, deve procurar esclarecê-las junto de quem estava no seu lugar anteriormente. No caso do Eco-Parque essas pessoas têm nomes: Vladimiro Silva (anterior Presidente da Câmara), Teixeira da Silva (ex-Vereador responsável pelo pelouro das Obras) e Duarte Esmeraldo (que participou em várias decisões técnicas). Se José Eduardo de Matos tem medo de pedir publicamente esclarecimentos a todos eles, o problema é seu. Não tem é o direito de intoxicar a opinião pública com manobras de desinformação, de que o blogue Terra Nostra é neste momento o expoente máximo.
Etiquetas: Política Estarrejense
segunda-feira, maio 07, 2007
As últimas declarações do Dr. Marques Mendes sobre visita ao HVS
1 – A Comissão Política de Estarreja entendeu manter, até agora, o silêncio relativamente à visita de Marques Mendes e dirigentes locais do PSD ao Hospital Visconde de Salreu ocorrida no sábado, dia 21 de Abril.
2- No entanto, as declarações proferidas ontem por Marques Mendes, na tomada de posse dos novos dirigentes do PSD local, pelo tom grosseiro e desrespeitador para com a Administração do Hospital de Estarreja não podem deixar de ser assinaladas e merecer a nossa mais viva condenação.
3- O Dr. Marques Mendes que cá esteve ontem é o mesmo que prometeu a Estarreja a IC 1 a poente, em plena campanha eleitoral para as legislativas de 2002.
4 - O Dr. Marques Mendes que cá esteve ontem é o mesmo que, já ministro, actuou ao contrário do prometido, chegando ao cúmulo de ter anunciado um traçado para a via, em cima de uma camioneta, no alto de Fermelã!
5 – O resultado da actuação do mesmo Dr. Marques Mendes e do Dr. José Eduardo Matos é o que se sabe: a IC 1 está por construir; estima-se que os prejuízos causados ao país com a suspensão da obra atinjam os 250 milhões de euros, sem que Estarreja beneficiasse de um cêntimo.
6 – No entanto, a confusão com a marcação da visita ao Hospital tem os mesmos traços de anteriores acções do Dr. José Eduardo, quando não convidou o PS para a atribuição da medalha de mérito ao escritor Joaquim Lagoeiro e afirmou que o tinha feito, ou quando afirmou que tinha convidado a presidente da Comissão Política do PS para estar presente na reunião com um responsável da IKEA, através de um mail que nunca chegou a enviar.
7 – Este episódio da visita é um mero pormenor, de quem quer criar factos que distraiam a população para o essencial. E o essencial é saber o que anda o Dr. José Eduardo Matos a fazer a favor do Hospital, para além de participar em manifestações de vela acesa na mão. O que se sabe é que até hoje não foi capaz – ao contrário de outros presidentes de Câmara cujas urgências hospitalares estavam ameaçadas – de chegar a acordo com o Ministério da Saúde para a manutenção do serviço de urgências do HVS.
8 – Quem faz da política um palco, mas não sabe resolver problemas, actua como estes dois políticos: com “lata”, sem ideias, prometendo uma coisa hoje e fazendo outra amanhã, na esperança de que a população tenha a memória curta.
9 – A quem o Dr. Marques Mendes deveria chamar “boys da pior espécie” era aos anteriores administradores, nomeados pelo seu governo, que conduziram o HVS a uma caótica situação financeira, tornando-o num dos hospitais com pior desempenho no distrito. Apesar disso, compraram dois carros com estofos de cabedal e tecto de abrir, dizendo que era para apoio domiciliário aos doentes...
10 – Nessa altura, quando o PS alertava para a gestão calamitosa a que a anterior administração do HVS estava a conduzir o hospital e dos perigos que daí adviriam, assistíamos às palestras do Dr. José Eduardo que sugeria que só alertávamos para o facto, porque um dos destacados membros do PS local queria ocupar lugares na administração!
11 – Se o Dr. José Eduardo de Matos colocasse os interesses de Estarreja à frente dos seus interesses pessoais e do seu partido, até escondia o Dr. Marques Mendes, para se demarcar do que ele andou a fazer a Estarreja na questão do IC1 e dos prejuízos que nos causou a todos.
12 – Enfim, como diz o ditado: “quem não tem vergonha, todo o mundo é seu!”
Etiquetas: Política de Saúde, Política Estarrejense
A caminho de completar 6 anos de governação, o PSD de Estarreja não conseguiu ainda concluir a obra do Eco-Parque e aparentemente também não conseguiu sequer adquirir a totalidade dos terrenos do Parque.
Depois de perder o financiamento, ter uma enorme derrapagem financeira, perder investimentos, ser ridicularizado pela API e ver toneladas de areias a voarem do Parque à frente de todos, o PSD de Estarreja mais não consegue que passar uma Assembleia Municipal a falar do que se passou no tempo do PS, como se houvesse algo para criticar a um executivo camarário que planeou, projectou, lançou e concluiu um concurso público internacional e ainda adquiriu (ou obteve do Estado) uma parte bastante significativa dos terrenos do Eco-Parque (ou seja, fez o mais difícil e a primeira parte do mais fácil).
Pelo que se pode ler no Terra Nostra, afinal o José Matos já reconhece que Mira Amaral sempre deu terrenos ao município de Estarreja, embora umas vezes refira que os mesmos foram permutados e outras que foram comprados. Também já reconhece que sempre eram 62 Ha (embora não reconheça que medidos no terreno são de facto 82 Ha, como já aqui afirmei algumas vezes) e até já valoriza o aproveitamento ecológico de alguns terrenos contaminados por parte do projecto do PS.
A questão dos "terrenos do Mira Amaral" (cujos documentos José Eduardo de Matos só revelou fora do prazo legal para o fazer...) não é, obviamente, tão simples como o José Matos a descreve. Ao longo dos anos houve ajustes, permutas e negociações que visaram racionalizar o parque e ajudar as empresas que lá trabalham (mas sempre salvaguardando os interesses da Câmara). Tudo isto é normal e não vai contra nada do que eu tenho escrito neste blogue: o PS sempre afirmou e continua a afirmar que esses terrenos foram dados à CME.
O verdadeiro problema é que José Eduardo de Matos, perante a sua própria incapacidade de concluir as obras e a cascata de perda de empresas em que entrou, tenta agora lançar confusão com meias verdades sobre as compras dos terrenos, baralhando e voltando a dar como se na gestão camarária tudo fosse possível. Se José Eduardo de Matos estivesse verdadeiramente seguro daquilo que o José Matos publicamente afirma teria uma boa forma de demonstrar a sua razão: à semelhança do que fez no mandato anterior, convocaria uma Assembleia Municipal extraordinária para exigir explicações aos anteriores responsáveis camarários sobre esta questão! E tenho a certeza de que eles teriam todo o gosto em poder falar sobre este assunto com o mesmo tempo de antena que José Eduardo de Matos...! De que é que o Presidente da Câmara de Estarreja tem medo?
O grupo do PS na AM tem estado atento a esta questão e, segundo tenho ouvido dizer, tem respondido à altura (e até com algum triunfalismo natural em política) a todas estas manobras.
Para terminar, deixo aqui um pequeno exercício intelectual: imaginemos que José Eduardo de Matos não tinha herdado um único terreno para o Eco-Parque. Ao fim de quase 6 anos de governação não teria obrigação de já os ter adquirido a todos?
Etiquetas: Política Estarrejense
sábado, maio 05, 2007
Allemagne : les pharmacies se lancent dans l'alimentaire !
Pour compenser leur baisse croissante de marge, les officinaux allemands cèdent aux avances des groupes d'agro-alimentaire, vendant même de la bière à base de soja. Certains se mettent également à vendre des voyages !
Pour en savoir plus, consultez Le Moniteur des pharmacies du 14 avril.
Etiquetas: Farmácia
quinta-feira, maio 03, 2007
PS - Adoro assistir às derrotas dos moralistas de serviço. Mesmo que Carmona acabe mesmo por cair, Marques Mendes sai ferido. Os comensais que se aproximavam do prato da CML terão que esperar mais algum tempo.
Etiquetas: Política Nacional
Sou um dos utilizadores do Pandora - Music Genome Project, uma das ideias mais geniais dos últimos tempos na net.
Entretanto nos EUA foi aprovada uma lei que fará com que os sites que se dedicam ao streaming (entre os quais se encontra o Pandora) não tenham qualquer hipótese de sobrevivência nos mesmos moldes em que funcionam actualmente. O pessoal do Pandora iniciou a tradicional petição on-line, ligada a um sistema que enviava um fax em nome de cada um dos assinantes da petição para o gabinete dos representantes políticos da sua área de residência.
Como não sou residente nos EUA, inscrevi-me como residente em Nova Iorque para ver como funcionava o sistema e quando dei por ela o meu nome já fazia parte de um fax que havia sido enviado ao Representative Maloney e aos Senadores Schumer e Hillary Clinton. Destes, apenas a Srª Clinton respondeu, com a carta que passo a transcrever:
Dear Mr. Silva:
Thank you for taking the time to contact me regarding the proposed new royalty rates for online radio. I always enjoy hearing from New Yorkers about challenging public policy issues that are important to them, and I particularly appreciate your concerns regarding the future of I nternet radio. As you may know, I am a strong supporter of maintaining an open Internet that fosters innovation. No other communications medium in recent history has had such a profound impact on the expression of speech, education, the dissemination of information and the exchange of ideas.
Online radio is a great example of how the Internet has helped to cultivate innovation and offered consumers access to new an d personalized information. However, the great technological and commercial progress that has come with the ongoing development of the Internet has also brought with it numerous new public policy dilemmas, such as how to balance copyright protection for music and other property with the innovation that the Internet continues to cultivate.
As you know, in March 2007 the Copyright Royalty Board (CRB) proposed a new online radio royalty structure, which would amend the system that has been in place since 2002 and establish a new scale for royalties charged to I nternet radio companies on a per-song, per-listener basis. The proposed rates will begin at 0.08 cents per song per listener, retroactive to January 1, 2006 , and will reach 0.19 cents per song per listener in 2010. The CRB has since announced that it will hear appeals of its previous ruling. Your concerns about this matter are significant and I hope that this period for appeal will enable the CRB to carefully consider points of view like yours.
Thank you again for sharing your concerns regarding these important I nternet radio issues with me. Please be assured that I will continue to follow this issue closely and that I will
keep your views in mind in the future if related measures come before the Senate. For more informa tion on my support for an open I nternet and other important issues before the United States Senate, please visit my website at http://clinton.senate.gov .
Sincerely,
Senator Hillary Rodham Clinton