sexta-feira, novembro 24, 2006
Desce a temperatura das orelhas de alguns políticos e aumenta a do ar que um certo e determinado indivíduo respira.
Até breve!
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quinta-feira, novembro 23, 2006
Fim dos fármacos a 100% custa 8,4 milhões a doentes |
Parkinson, epilepsia, diabetes, glaucomas e outras doenças dos olhos. São quase 400 os fármacos para tratar estas patologias que, em Setembro de 2005, perderam a comparticipação a 100%. Um ano depois, os doentes fazem as contas para concluir que é cada vez mais difícil comprar remédios. O Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (Infarmed) diz que não dispõe de dados recentes que permitam perceber o impacto da medida. Mas há quem consiga fazer os cálculos. Tendo por base a facturação de um ano - entre Outubro de 2005 e Setembro de 2006 -, as farmácias concluem que a redução da comparticipação para 95% custou aos doentes 8,4 milhões de euros. Exactamente o mesmo que o Estado poupou. Dos remédios integrados no escalão A - o das doenças crónicas -, apenas 112 mantiveram a comparticipação total, porque foram considerados essenciais à vida. Nos restantes, os doentes passaram a pagar 5% do custo, à excepção daqueles com pensões aos nível do salário mínimo. E, neste caso, não beneficiaram da redução de 6% nos preços, porque não pagavam nada e passaram a pagar uma parte. Em doenças crónicas que exigem dezenas de comprimidos ao dia, com remédios que chegam a custar 100 euros a caixa, mesmo 5% representa um rombo nas carteiras. Nas farmácias, repetem-se as queixas e a surpresa. "As pessoas não vêem que esteja nada a baixar, pelo contrário. E pensam que somos nós que não estamos a fazer bem as contas", diz uma farmacêutica de um estabelecimento em Benfica. "Muitas vezes, pedem-nos para escolher o que faz menos falta, porque não conseguem levar tudo. E nós tentamos ver o que é menos grave cortar. A verdade é que tudo faz falta. É muito triste " Os medicamentos para o colesterol são, normalmente, os primeiros sacrificados. Também Maria de Lurdes Gaurich, da Associação de Doentes de Parkinson, diz que lhe chegam cada vez mais casos de pessoas que não conseguem pagar as contas. " Quando os rendimentos já são baixos, é muito difícil comprar tudo." Os epilépticos são também dos mais afectados. O neurologista Lopes Lima conta que os pacientes sentem muito o aumento de preços, "mas há uma grande confusão entre a descomparticipações e a entrada de genéricos". Quando há genéricos, o Estado comparticipa sobre o seu preço, e não sobre o valor do medicamento de marca. A diferença é suportada pelo utente. Contudo, o médico admite que "na epilepsia, a diferença entre o limiar de eficiência e a toxidade é muito reduzida" e, por isso, muitos médicos e doentes optam por não comprar genéricos. Já José Manuel Boa Vida, presidente da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal considera que os 5% nem são o mais grave. "A tempestade é tão grande, que este aumento representa apenas mais umas gotas de chuva." Por mês, calcula-se que um diabético gaste 150 euros em medicamentos. "A questão é que cortar nos remédios é algo a curto prazo. Uma doença mal medicada é sempre muito mais cara." |
Sim, esta é a realidade que se vive diariamente nas farmácias portuguesas e este é o principal custo da não implementação da política de prescrição por DCI. Não há dia em que não se observem novos casos de pessoas que não tomam os medicamentos todos porque não têm dinheiro para os pagar. Em algumas situações, a simples opção por genéricos em vez de medicamentos de marca permitiria simultaneamente reduzir os custos totais com medicamentos e não excluir nenhum dos prescritos... O caso dos fármacos antes comparticipados a 100% é especialmente grave: multiplicam-se as situações de doentes que deixam de tomar risperidona (medicamento utilizado para o tratamento de doenças como a esquizofrenia) porque o medicamento de marca (o Risperdal) que até há meses era gratuito passou a custar mais de 30 euros... Como é que isto é possível?
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quarta-feira, novembro 22, 2006
terça-feira, novembro 21, 2006
O Estarreja Efervescente juntou-se à Frente de Blogues de Saúde, da qual também fazem parte o Saúde SA, o Impressões de um Boticário de Província e o Que Raio de Saúde a Nossa. A ideia é constituir uma plataforma de Blogues nacional, para partilha de informação, debate de temas, desenvolvimento de conteúdos e concertação de acções em defesa do Serviço Nacional de Saúde, através de um acompanhamento crítico da governação da saúde, principalmente das decisões políticas que directa ou indirectamente, comprometam a continuidade ou aperfeiçoamento do SNS.
Estamos de acordo que é necessário desenvolver medidas de reforma de molde a ultrapassar algumas das dificuldades de que o SNS enferma:”pesado, pouco ágil, desarticulado, relutante em acolher a inovação, presa fácil de interesses particulares, gastador e sem controlo”, nas palavras do próprio Secretário de Estado da Saúde, Francisco Ramos.
Em defesa do SNS, Blogues da Saúde: Uni-vos!
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Talvez numa próxima discussão possas abandonar o teu círculo argumentativo.
Se isso acontecer, cá estarei para dar o peito às balas.
Um grande abraço,
Cassete Vladimiro
PS - Sobre os 82 hectares: sim, são mesmo 82. Sim, foi o Mira Amaral quem os "deu". Não, deste quinhão não fazem parte os terrenos vendidos à Quimigal também com o voto favorável de JEM e da AM em que o PSD tinha maioria. A cerimónia foi pública e publicitada, num tempo em que as cerimónias públicas e publicitadas eram mesmo para fazer alguma coisa (sim, esta é uma boca à bronca da Parquesta).
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segunda-feira, novembro 20, 2006
Para não dizerem que a Língua Portuguesa é complicada!
Três bruxas olham para três relógios Swatch. Qual bruxa olha para qual relógio
Swatch?
E agora em inglês:
Three witches watch three Swatch watches. Which witch watch which Swatch watch?
Foi fácil? Então agora para os especialistas:
Três bruxas Suecas transsexuais olham para os botões de três relógios Swatch
Suíços. Qual bruxa Sueca transsexual olha para qual botão de qual relógio
Swatch Suíço?
Three Swedish switched witches watch three Swiss Swatch watch switches. Which
Swedish switched witch watches which Swiss Swatch watch switch?
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sexta-feira, novembro 17, 2006
Respondendo ao seu post colocado aqui e no blog "saudesa", parece que não conhece assim tão bem a realidade do HVS. Além do mais, os mcdt's existem no caso da radiologia até à meia-noite diariamente, e não até às 17horas. Existe ecg's. Os enfermeiros também têm a possibilidade de realizar gasimentrias, pois existe um leitor/interpretador no SU. Existem desfibrilhadores/monitores, ventilador portátil, esfigmomanometros electrónicos, bombas perfusoras e seringas infusoras, assim como toda a terapêutica para qualquer situação clínica de urgência. Alguns médicos possuem formação em Suporte avançado de vida e toda a equipa de enfermagem têm formação suporte avançado de vida e experiência em urgências/emergências (alguns têm o curso VMER-INEM para Enfermeiros).
Nota: o meu texto foi escrito depois de trocar algumas impressões com actuais e antigos funcionários do HVS. No entanto, admito que poderei ter cometido alguma injustiça. Se o fiz, disso me penitencio publicamente. De qualquer modo, penso que o objectivo do meu texto não é afectado por esta informação: não está provado que o Estado e o SNS poupem dinheiro com o fecho do SU do HVS.
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quinta-feira, novembro 16, 2006
Este texto só aqui continua por uma questão de ética blogosférica - o que se escreve está escrito e deve ser assumido. Mesmo que seja uma asneira, como é o caso. Um leitor do Estarreja Efervescente alertou-me para o facto de "Estarrejapark" ser o actual nome do antes
"Quimiparque" que passou, já no tempo do Dr. Carlos Tavares, para a esfera da API.
José Eduardo de Matos não só fez asneira na constituição da Parquesta, como desistiu de constituir esta empresa e esqueceu-se de avisar o sócio maioritário do que se estava a passar... o site da API ainda hoje se gaba de gerir o "Estarrejapark" (que se presume ser o Eco-Parque Empresarial de Estarreja, entretanto rebaptizado por algum diligente funcionário da API)!!!
Além desta referência, podemos ainda apreciar o miserável trabalho de promoção do "Estarrejapark" ainda hoje disponível no site da API Parques, em português e em inglês. Se na Suécia houver internet está encontrada mais uma explicação para os insucessos recentes...!
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quarta-feira, novembro 15, 2006
- 5 anos depois de ter chegado ao poder, José Eduardo de Matos ainda não consegue dar uma entrevista sem falar no passado;
- Só no último mês, a Concelhia do PSD de Estarreja produziu dois comunicados com o objectivo único e declarado de fazer oposição... à oposição;
- O José Matos estagnou a sua argumentação no tempo: hoje escreve as mesmas coisas que José Eduardo de Matos dizia há 6 ou 7 anos;
- O próprio José Eduardo de Matos acabou uma das últimas Assembleias Municipais com uma espectacular manobra política de ataque à oposição (o patético caso da queixa misteriosa);
- Não há o mínimo sentido de Estado nas intervenções do Presidente da Câmara, que quando não se está a queixar da oposição, do governo, da vida ou dos Presidentes da Câmara de outros municípios (Ovar, Paços de Ferreira, Paredes, ...) simplesmente não tem assunto;
- Não há uma única ideia inovadora ou sentido estratégico no discurso do PSD: as ideias para o futuro de Estarreja esgotam-se na tentativa de afogamento de 3 milhões de euros numa nova piscina.
As saudades que José Eduardo de Matos e os seus pares têm do tempo em que eram oposição... ao menos nessa altura havia qualquer coisa de que pudessem falar!
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1 - O PS decidiu construir um Parque Industrial em Estarreja;
2 - A CME dispunha de terrenos (para início da obra, o governo - de Cavaco Silva... - ofereceu uma área industrial igual a 82 campos de futebol), fez o projecto, lançou e concluiu o concurso público internacional e promoveu o início da obra;
3 - O PS sempre disse que o Parque iria ser financiado pelo Estado. Em nenhum momento o PS se propôs construir o Parque apenas com dinheiro da CME (que é o que está a acontecer agora);
4 - Quando José Eduardo de Matos chegou ao poder, depois de ter parado as obras, disse publicamente que não havia registo de qualquer financiamento estatal para o Parque;
5 - O PS disse que embora fosse verdade que não havia nenhum documento assinado, o financiamento estava garantido, à semelhança do que acontecera em projectos como o pavilhão da escola de Pardilhó, a nova escola de Estarreja e outros que estavam concretizados e à vista de todos;
6 - José Eduardo de Matos disse que visitou tudo quanto era ministro e não encontrou quem lhe desse o dinheiro;
7 - O anterior Presidente da Câmara Vladimiro Silva (então vereador da oposição) reafirmou publicamente, em sessões de Câmara e na Assembleia Municipal, que o financiamento estava garantido e disponibilizou-se para ajudar José Eduardo de Matos a conseguir o dinheiro, responsabilizando-se pessoalmente pela existência do financiamento;
8 - José Eduardo de Matos recusou a proposta.
A argumentação do José Matos parou no ponto 4...
Ainda hoje não se percebeu de que é que José Eduardo de Matos teve medo. E, a não ser em 1999 (numa fase em que o processo estava a dar os primeiros passos), em nenhum momento se falou de João Cravinho. Aliás, este argumento é novo e estranha-se que tenha surgido apenas quase 5 anos depois de José Eduardo de Matos ter decidido abdicar de tentar obter financiamento para o Parque...
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Sinceramente, acho que está por provar que o encerramento da urgência actualmente existente proporcione alguma poupança ao Estado. Se os números tornados públicos forem verdadeiros, cerca de 94% dos 40.000 atendimentos por ano do HVS irão inundar os SU da Feira e sobretudo Aveiro. Além disso, o HVS é barato: os MCDTs não funcionam depois das cinco da tarde e os turnos têm poucos médicos e enfermeiros (às vezes só um de cada...). A este argumento acrescem mais dois:
- A indústria química de Estarreja contribui para financiar o HVS e não terá nenhum motivo para o continuar a fazer caso a Urgência feche;
- Com o fim da urgência do HVS acaba também o único serviço hospitalar da região que teoricamente possui capacidade diferenciada num cenário de acidente químico. Algum governo terá coragem para assumir pública e claramente o risco político de encerrar um serviço de urgência com estas características?
Há que encostar Correia de Campos à parede e:
- Demonstrar claramente que o SNS perderá dinheiro com o fecho do SNS;
- Imputar clara e vigorosamente responsabilidades políticas pessoais quer ao Ministro da Saúde, quer ao próprio Primeiro-Ministro pelas eventuais consequências de um acidente químico em Estarreja.
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- Estarreja teve durante muitos anos um grave problema industrial: o único Parque existente era controlado pelo Estado, através do IPE e da Quimiparque e era gerido de uma forma absolutamente contrária aos interesses do concelho - a lógica de gestão da Quimiparque sempre foi a maximização do seu próprio lucro e não o desenvolvimento económico de Estarreja, o que fez com que o Estado fosse desta forma responsável pela perda de inúmeros investimentos, quer especificamente em Estarreja, quer em Portugal. A Quimiparque não vendia terrenos, apenas alugava cobrando rendas milionárias;
- Foi este estado de coisas que fez com que o executivo PS avançasse para a criação de um Parque Industrial dinâmico e inovador em Estarreja, num movimento que forçasse o IPE a entrar nele ou a ser atropelado no processo;
- Entretanto, o governo da nação e do município mudaram quase simultaneamente: a parte do IPE que tratava dos parques industriais passou a ser gerida pela então recém-criada API e José Eduardo de Matos parou as obras do parque;
- O modelo de gestão do Parque Industrial de Estarreja programado pelo PS envolvia a liderança da CME, assessorada tecnicamente por entidades com reconhecida competência na matéria, como as associações comerciais e a Universidade de Aveiro;
- Depois de parar as obras, José Eduardo de Matos propôs como solução a Parquesta, liderada pela API (a quem foram oferecidos 51% da sociedade) e com participações menores da própria CME, AIDA e SEMA;
- Esta proposta foi fortemente criticada pela oposição, que acusou JEM de estar a pôr a raposa a guardar as galinhas (isto é, o antigo IPE que tanto mal fez ao desenvolvimento do concelho e que obrigou a CME a investir tão fortemente iria ser premiado pela sua actuação nociva...), em nome de um pequeno conjunto de vantagens burocráticas diferenciadas (as ALE), cuja exclusividade para os sócios da API provavelmente apenas duraria alguns meses;
- Depois, foi o que se sabe. A CME desistiu da Parquesta, provavelmente porque as razões então expostas pela oposião se vieram a verificar e a APIParques provou (mais uma vez...) não ser um parceiro de confiança. Pelo meio, JEM tropeçou nas suas próprias trocas e baldrocas e a Parquesta acabou por ser administrativamente cortada pela raiz;
- O fim da Parquesta é uma excelente notícia para Estarreja. É pena que tenha surgido mais uma vez à custa da credibilidade do concelho...
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terça-feira, novembro 14, 2006
Quando os vereadores do PS o avisaram de que este procedimento era ilegal (pois tinham o direito de conhecer o assunto sobre o qual iriam ser chamados a votar e além disso o tema não fazia parte da ordem do dia) e o acto seria considerado nulo, JEM encolheu os ombros e insistiu. Os vereadores do PS recusaram-se a votar, pois não quiseram participar num acto ilegal. JEM disse que interpretava aquele gesto como sendo um "voto contra" e considerou o protocolo aprovado.
Os vereadores do PS apresentaram queixa ao IGAT, que remeteu o assunto para o Tribunal Administrativo de Coimbra, que por sua vez deu total razão aos queixosos, anulando os actos daquela reunião, bem como todos os subsequentes neste processo.
Ou seja, se JEM não tivesse desistido da API e da Parquesta, esta decisão anularia a própria existência da sociedade gestora do Eco-Parque. É este o grau de (ir)responsabilidade do Presidente da Câmara de Estarreja e é esta a credibilidade dos seus actos. E depois admiramo-nos por perdermos o IKEA, despejarem lamas por baixo do nosso nariz, retirarem areia dos terrenos do Parque, etc.
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segunda-feira, novembro 13, 2006
Saiu hoje no Jornal de Notícias a notícia de que afinal a Parquesta nunca chegou a ser constituída, pois os procedimentos levados a cabo por José Eduardo de Matos para a criação desta empresa foram considerados irregulares e ilegais pelo Tribunal Administrativo de Coimbra.
Perante os factos, o Presidente da Câmara de Estarreja encolhe os ombros e diz arrogantemente que esta decisão só serve para "encaixilhar" pois afinal ele nunca pretendeu constituir a Parquesta e a decisão era apenas para autorizar a Câmara a "estudar" o assunto.
O que a notícia não diz é que o próprio Tribunal Administrativo de Coimbra considera que este argumento não colhe, pois na última página da sentença pode ler-se explicitamente que "ressalvado o devido respeito, a parte inicial da cláusula primeira, conjugado com o das demais cláusulas, não permite sustentar que estava em causa a realização de um mero "estudo", mas sim que o "objectivo" era a constituição de uma sociedade já com denominação escolhida e objecto traçado." Ou seja, mais uma vez José Eduardo de Matos viu um tribunal desautorizá-lo publicamente. Isto nunca aconteceu nem nos 17 anos da presidência de Maria de Lurdes Breu, nem nos 8 anos em que o PS esteve no poder.
Nunca a credibilidade da Câmara Municipal de Estarreja foi tão posta em causa como agora. José Eduardo de Matos atropela regras, tenta enganar o tribunal (com o argumento do "estudo"), baralha e volta a dar como se nada de grave se passasse.
A Parquesta foi apresentada no último mandato como uma enorme vitória do actual executivo camarário e a salvação do Parque Eco-Industrial. Teve o patrocínio directo de Carlos Tavares (então Ministro da Economia e Presidente da Assembleia Municipal de Estarreja) e da Agência Portuguesa para o Investimento (criada por Carlos Tavares e presidida por Miguel Cadilhe). A constituição da Parquesta foi alvo de uma duríssima discussão na Assembleia Municipal de Estarreja e foi defendida com unhas e dentes quer por José Eduardo de Matos, quer pelos deputados municipais dos partidos do poder. Embora fosse uma má decisão para Estarreja (eu fui um dos que contestaram fortemente a sua constituição), José Eduardo de Matos foi muito claro quando disse publicamente que a considerava fundamental para o futuro do concelho. Ou seja, havia uma intenção clara e empenhada da CME em constituir a Parquesta. O argumento do estudo é, por isso, mais uma das farsas de José Eduardo de Matos.
Felizmente escreveu-se direito por linhas tortas e a Parquesta abortou a tempo.
No entanto, o problema neste momento é outro. No passado, só a credibilidade e fiabilidade de quem dirigia a Câmara de Estarreja é que permitiu a conquista de todas as obras que marcaram o mandato do PS: Estarreja teve que competir com outros concelhos para poder realizar obras como o cinema, a biblioteca, o parque industrial, a nova escola, etc., etc. Como os vários governos acreditavam na seriedade de quem dirigia a Câmara, foi possível criar um dinamismo tal, que o próprio José Eduardo de Matos passou os primeiros quatro anos do seu mandato a inaugurar obras deixadas pelos seus antecessores. Agora, pelos vistos as coisas são diferentes: cada vez que vai a tribunal, José Eduardo de Matos perde e cobre-se de vergonha - seja contra uma velhinha a quem quis cobrar indevidamente mil e seiscentos contos de multa, seja na constituição de um dos actos mais importantes do seu mandato, o Presidente da Câmara de Estarreja falha em toda a linha.
São casos destes que ajudam a perceber situações como a da derrota na corrida ao IKEA (mesmo com a melhor proposta sob o ponto de vista técnico, alguém confia em José Eduardo de Matos?) ou a indiferença das autoridades perante os despejos ilegais de lamas em Canelas (alguém acredita em José Eduardo de Matos?).
Como os estarrejenses já começam a perceber, a falta de credibilidade paga-se caro. Resta-nos ter esperança e recordar as sábias palavras de Abraham Lincoln: "Pode-se enganar alguns durante muito tempo; pode-se enganar muitos durante algum tempo; mas não se pode enganar todos durante todo o tempo...".
Aqui fica o texto integral da notícia:
Tribunal anula protocolo para formar a Parquesta
nuno alegria |
Gestão do Eco-Parque com empresa participada da Autarquia foi "travada" pelo Tribunal Administrativo |
Jesus Zing
O protocolo entre a Câmara de Estarreja, o IPE-Investimentos e Participações Empresariais e a Quimiparque-Parques Industriais da Quimigal , assinado em Abril de 2002 para a constituição de uma sociedade que tinha por objectivo a gestão de um parque de actividades industriais, foi anulado pelo Tribunal Administrativo de Coimbra. A sentença judicial, que já transitou em julgado, declara ilegal a deliberação de Câmara de Estarreja de 18 de Abril de 2002, que aprovou aquele protocolo.
A decisão de assinatura do protocolo foi tomada durante uma reunião extraordinária do executivo camarário presidido por José Eduardo (PSD,) que tinha como único ponto da ordem de trabalhos a análise do Plano de Actividades e Orçamento, tendo a ilegalidade sido suscitada pelo vereador socialista Vladimiro Silva.
O protocolo viria, mesmo assim, a ser apresentado e aprovado por maioria e, dois dias depois, assinado, numa cerimónia que contou com a presença do então ministro da Economia, Carlos Tavares, que era também presidente da Assembleia Municipal de Estarreja.
Segundo o protocolo, os intervenientes tinham então um prazo de 90 dias para estudar um possível acordo que culminasse na criação da Parquesta- Parque Eco-Empresarial de Estarreja, decisão que a Câmara aprovou em Setembro de 2004., por maioria, por proposta do vereador Abílio Silveira. A Parquesta deveria gerir, entre outros, o "Eco-Parque Empresarial de Estarreja", segundo a proposta então aprovada com os votos contra de dois dos três vereadores socialistas.
O presidente da Câmara de Estarreja desvalorizou a decisão do Tribunal Administrativo de Coimbra, afirmando, ao JN, que o protocolo não tinha em vista a constituição de uma sociedade, mas apenas de um estudo para a constituição da empresa", que englobaria também a Universidade de Aveiro, a SEMA e a AIDA, associações ligadas ao comércio e indústria da região.
"A Parquesta não foi constituída, por tanto não existe e a repercussão da decisão do Tribunal Administrativo de Coimbra é nula", assegura José Eduardo "O protocolo era para um estudo e não para a formação da empresa, esta nunca foi constituída, por isso, a decisão do tribunal será apenas para encaixilhar", afirmou o autarca.
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sexta-feira, novembro 10, 2006
Confesso que, devido ao facto de ser filho do anterior Presidente da Câmara de Estarreja, ao longo dos anos tenho tido alguma reserva em falar do passado do projecto do parque industrial de Estarreja. Facilmente poderia cair na figura do defensor da honra da família, o que diminuiria a dimensão política dos meus textos. Como escrevo por convicção e não por despeito, obriguei-me a uma contenção com a qual nem sempre foi fácil lidar. Contudo, até agora penso que sempre me aguentei razoavelmente.
No entanto, há coisas que se lêem e nos fazem perder completamente as estribeiras. Desta vez o José Matos foi longe de mais. Ou está a ser manipulado e enganado por outras pessoas, ou simplesmente não conhece minimamente a verdadeira história do Parque Industrial de Estarreja. Aliás, qualquer pessoa com ligações políticas a José Eduardo de Matos e ao actual executivo camarário deveria fugir deste assunto como o diabo da cruz, tão graves e lesivos para o concelho têm sido os actos de JEM nesta matéria. Mas passemos aos factos:
- No tempo em que esteve na CME, o PS conseguiu que o governo, através do Ex-Ministro da Indústria de Cavaco Silva (PSD) oferecesse à Câmara Municipal de Estarreja 62 hectares de área industrial provenientes da Quimigal que, medidos no terreno (pois alguns registos eram antigos e pouco rigorosos), correspondiam a 82 hectares de área real - ou seja, o PS conseguiu que o governo oferecesse a Estarreja uma área equivalente a 82 campos de futebol para a construção do Parque Industrial! Se o José Matos tem dúvidas, que pergunte ao seu camarada Mira Amaral ou a alguma das várias pessoas que estiveram presentes na cerimónia pública feita na ocasião se o que eu escrevo é ou não verdade!
- A obra do Parque Industrial de Estarreja foi adjudicada porque os terrenos que não eram possíveis de comprar de imediato (por recusa dos proprietários em vender ou por problemas relacionados com a sua identificação e contacto), e que eram em número reduzido, iriam ser expropriados por utilidade pública, coisa que José Eduardo de Matos ainda não fez, mesmo após 5 anos de governação!
- A Câmara Municipal de Estarreja tinha dinheiro para pagar a obra do Parque Industrial: 1 milhão e 470 mil contos imediatamente disponíveis na Caixa Geral de Depósitos e a anuência da CCRC para a comparticipação de 1 milhão de contos do valor do parque, num processo semelhante ao que tinha sido feito com o Parque Industrial de Castelo Branco;
- Logo que José Eduardo de Matos chegou ao poder, o anterior Presidente da Câmara ofereceu-se várias vezes, nas reuniões de Câmara e na própria Assembleia Municipal, para acompanhar José Eduardo de Matos à CCRC e ajudar a CME a não perder o financiamento do Parque. Apesar de estar a fazer das tripas coração em nome do interesse do concelho, Vladimiro Silva (o anterior Presidente da Câmara) viu as suas ofertas sempre recusadas por um inexperiente Presidente da Câmara recém-eleito e que por vaidade não quis dar o braço a torcer. O José Matos sabe que isto é verdade, pois tal como eu esteve presente na Assembleia Municipal em que estes factos ocorreram. Esta era uma situação de risco zero para JEM: o anterior Presidente da Câmara assumiu pública e pessoalmente que conseguira o financiamento do Parque, assumindo responsabilidades claras pela vinda desse dinheiro. Ou seja, neste cenário só poderiam suceder duas coisas: ou Vladimiro Silva conseguia o financiamento (e Estarreja recebia 1 milhão de contos para o Parque Industrial) ou não conseguia (e o processo decorreria da mesma forma que acabou por correr, ficando o PS com toda a responsabilidade política pelo sucedido). Foi uma oferta corajosa e dolorosa do anterior Presidente da Câmara (que, recorde-se, acabara de sair derrotado de um processo eleitoral em que tinha sido vítima de rasteiríssimos ataques pessoais) que José Eduardo de Matos recusou apenas por não querer correr o risco de se perceber publicamente que tinha sido o PS o responsável pela conquista do financiamento do Parque e por não querer passar a imagem do anterior presidente da Câmara andar a fazer o trabalho que deveria ser o seu. A vaidade de José Eduardo de Matos custou um milhão de contos ao município de Estarreja, para já não falar nas oportunidades perdidas (só no caso do IKEA, 3 fábricas e 500 postos de trabalho directos). Não se percebe como é que José Eduardo de Matos consegue viver com este peso na consciência. E sobretudo é absolutamente ignóbil que o PSD de Estarreja tenha coragem de criticar o PS pelo que se passou no Parque Industrial. Como alguém que todos conhecemos diria, é preciso topete!!!
- A empresa Mota e Companhia tinha-se comprometido a concluir o Parque Industrial de Estarreja em 18 meses (metade do tempo inicialmente previsto). Ou seja, o Parque estaria totalmente pronto no Verão de 2003, caso José Eduardo de Matos não tivesse parado o processo (como o prova o documento exibido pelo José Matos), com a única intenção de o afastar no tempo, de modo a evitar que as pessoas o associassem à governação do PS (tal como fez com projectos como a elevação de Estarreja a cidade, o cinema, a biblioteca - quem não se lembra dos protestos de JEM pelo início das obras -, o estacionamento atrás da Câmara, etc.);
- A questão da venda dos terrenos à Quimiparque é também bastante interessante: será que o José Matos sabia que a venda desses terrenos foi aprovada em sessão de Câmara, com o voto favorável de José Eduardo de Matos (na altura vereador da oposição) e também pela Assembleia Municipal (em que o PSD tinha maioria!!!!)? Se o José Matos não concorda com o que os seus actuais amigos fizeram no passado, tem legitimidade para criticar. Caso contrário, recomendo-lhe que se informe melhor e que lhes pergunte porque é que votaram favoravelmente esta decisão. Já agora, a referida venda de terrenos não teve qualquer prejuízo para Estarreja (ao contrário do que diz o José Matos) e foi um acto perfeitamente natural de uma Câmara que nesse tempo ajudava a indústria e o desenvolvimento económico do concelho (a Quimigal precisava dos terrenos para poder crescer).
É lamentável que se digam e escrevam coisas destas.
É impressionante como, depois de todas as peripécias, recuos e trapalhadas vividas pelo Eco-Parque nos últimos 5 anos, algumas pessoas ainda fiquem surpreendidas com a perda de projectos como o IKEA.
José Eduardo de Matos foi seguramente o pior que poderia ter acontecido ao desenvolvimento económico de Estarreja.
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quinta-feira, novembro 09, 2006
É apenas coincidência que MALUCA DO RISO e MARICÃO DO SUL sejam anagramas de CLÁUDIO RAMOS?
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... se escrever "vendo casal boss" no google a sexta página mais relevante pertence ao Estarreja Efervescente, tal como sucedeu a um qualquer indivíduo?
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É notável o número de pequenos truquezinhos infantis, baixos e desleais que o PSD de Estarreja já utilizou no caso IKEA:
- O convite pessoal e capcioso ao Eng. Pinho Ferreira para acompanhar a delegação da Câmara à Polónia;
- O inenarrável caso da queixa misteriosa lançado numa Assembleia Municipal à 1 da manhã, depois de 4 horas de exaustiva discussão;
- A tentativa de fazer passar a ideia de que se perdeu o IKEA por causa da queixa apresentada pelo "socialista do partido";
- Os argumentos esfarrapados lançados na praça pública: Estarreja perdeu o IKEA porque Paços de Ferreira é a capital do móvel (ou a descoberta da pólvora na versão côr de laranja local) e porque o governo actuou em concluio com os pacenses (porquê com eles e não com Estarreja? De que côr são os olhos do Presidente da Câmara de Paços de Ferreira?);
- A convocação em segredo de uma reunião-funeral para carpir as mágoas do processo e, depois da sua realização, a acusação de que o PS (que não tinha sido avisado...) não quis saber do assunto e faltou ao acontecimento.
Os sintomas de intranquilidade e profundo mal estar que neste momento se vivem no seio do PSD de Estarreja são apenas o prolongar na praça pública das trapalhadas sucessivas que têm marcado a governação de José Eduardo de Matos nos últimos dois meses e meio.
Não creio que tenha existido uma deliberada intenção de fazer estes pequenos joguinhos palacianos... Estas atitudes serão apenas a manifestação somática da depressão vivida actualmente por um grupo político ao qual começa a faltar imaginação e novos culpados a quem apontar o dedo perante esta série de broncas...
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É mais que evidente a má consciência do PSD estarrejense nesta matéria: depois do inenarrável comunicado reproduzido no penúltimo post, surge agora a desfaçatez de acusar o PS de não ter estado presente na reunião-funeral do projecto de vinda do IKEA para Estarreja, quando o partido não foi sequer informado da sua realização...
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Um excelente texto do José Cláudio, que abre novas perspectivas sobre o tema.
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Alguns dos argumentos apresentados no penúltimo post parecem ser boas explicações para o que se passou neste caso. Tal como já aqui referi anteriormente, não tenho dúvidas da validade técnica da proposta de Estarreja. Aliás, embora não conheça as alternativas, considero muito pouco provável que Estarreja não seja a melhor das três localizações para o IKEA. O problema neste caso, como o próprio José Matos dá a entender (e tal como a CME afirma no comunicado emitido sobre esta matéria e eu próprio já defendi neste blogue), foi essencialmente político. Hoje é totalmente claro que o IKEA não veio para Estarreja por razões políticas, até porque depois de seleccionadas as três possibilidades de localização não é credível que qualquer um dos três finalistas não tivesse condições técnicas adequadas para a instalação das fábricas. É aqui que entra a responsabilidade (política) de José Eduardo de Matos, pois:
- Os outros municípios concorrentes também eram liderados pelo PSD (o que exclui qualquer cenário de favorecimento partidário);
- As razões apresentadas ontem pelo IKEA (segundo o José Matos e a imprensa das últimas semanas) para a decisão tomada tiveram a ver essencialmente com dois factores: preço dos terrenos (que é decidido pelas Câmaras) e benefícios fiscais (que podem ser concedidos pelo Estado ou pelas autarquias). Pelo que se percebe da forma como correu o processo, faltou peso político a José Eduardo de Matos para conseguir que o governo e a API concedessem a Estarreja as mesmas condições oferecidas a Paços de Ferreira, o que se estranha particularmente quando nos recordamos que a API é a mesma entidade a quem José Eduardo de Matos em tempos ofereceu 51% do Eco-Parque de Estarreja;
- Por outro lado, Estarreja tinha condições privilegiadas para apresentar uma proposta ainda melhor sob o ponto de vista técnico: só a extraordinária lentidão com que a construção do Eco-Parque se tem desenrolado nos últimos 5 anos é que fez com que não fosse possível apresentar ao IKEA uma área disponível e livre de problemas burocráticos exactamente igual à pretendida. Seguramente que se Estarreja tivesse a totalidade dos terrenos legalizados, prontos e infra-estruturados seria muito mais difícil ao governo encontrar um argumento que permitisse alterar as fronteiras das REN e RAN, o que inviabilizaria a proposta de Paços de Ferreira. A perda do IKEA é o preço que Estarreja pagou pela paragem do processo de construção do Eco-Parque decidido por José Eduardo de Matos em 2002 e pelas trapalhadas que envolveram a entrada e saída da API na gestão do parque. Se o PSD tivesse deixado o processo do Eco-Parque correr de acordo com o planeado pelo PS, o parque há muito que estaria pronto e muito provavelmente o IKEA teria vindo para Estarreja, pois o governo não teria condições políticas para proceder de outra forma;
- Mesmo num cenário em que Estarreja se deixou atrasar e apanhar tecnicamente pelas candidaturas de Paredes e Paços de Ferreira, uma actuação politicamente incisiva teria aberto muito mais possibilidades à candidatura do concelho. José Eduardo de Matos decidiu conduzir este processo em segredo, excluindo a oposição de todas as movimentações da Câmara nesta matéria (exceptuando o convite - pessoal e envenenado - a um dos vereadores do PS), o que foi um enorme erro, pois esta era uma luta de todos e não um tempo para vaidades pessoais. Seguramente que teria muito mais impacto no governo uma delegação da Câmara Municipal de Estarreja que integrasse simultanemente elementos do PSD e do PS, demonstrando assim que esta era uma questão de unanimidade concelhia. Ou seja, a soberba de José Eduardo de Matos foi uma das causas para a derrota no processo político que conduziu a perda das três fábricas do IKEA.
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quarta-feira, novembro 08, 2006
Com um PS destes, Estarreja não precisa de inimigos
A Secção local do Partido Socialista analisou o momento político e, por entre meias verdades, algumas mentiras ou faltas de memória, conclui-se que não querem perceber o óbvio: As más decisões (do Governo ou afins) não prejudicam a Câmara - Prejudicam é Estarreja!
Prejudicam-nos a todos!
Como é possível vir agora criticar a acção do Município na instalação do IKEA, se a Vereação do PS foi convidada a participar e recusou?
Como podem criticar as obras feitas e as empresas que já se vêem no Eco-Parque, se durante os 8 anos em que estiveram no poder nada disso conseguiram?
Estarreja está hoje no Mapa empresarial! Nunca tinha estado.
E está a recuperar um atraso de 20 anos.
Nos 2 mandatos anteriores seria impossível sequer concorrer pelo IKEA, pois a Câmara PS sempre recusou grandes empresas que se podiam cá instalar e deixava-as ir para outros locais.
Após 32 hipóteses e ganhando Estarreja lugar nos 3 finalistas, enquanto a Câmara se esforçava em conseguir o investimento, a bancada socialista denunciava a falta de legalidade das novas empresas no Eco-Parque e essa queixa, após a Assembleia Municipal, surgiu na IGAT no preciso mês de Agosto em que o IKEA decidia…
É indiferente se foi o Partido Socialista (diferente da Secção) ou se foi o Socialista do Partido... Os actos ficam com quem os pratica.
Não têm curiosidade em perguntar ao Governo porque, através da Comissão da Região Norte, aprovou que Paços de Ferreira, talvez por ser a capital do móvel, “detem vantagens comparativas dignas de destaque“ para receber a fábrica sueca em Portugal?
Já agora, a propósito do IC1/A29, este PS há 2 anos convocava Assembleias extraordinárias para defender o traçado poente contra o Governo do PSD/CDS e agora vem apoiar o Governo PS exactamente ao contrário. Alguém percebe?
E nem uma palavra de contestação ao Governo do Eng. Sócrates por introduzir portagens ???
E a promessa eleitoral, morta?
E o programa do Governo, violado?
Branquear tanto até incomoda…
E da vontade do mesmo Governo em fechar as nossas Urgências: Não há nem uma crítica ???
Afinal estão de joelhos à espera de quê? Só se for de benesses pessoais?
É que para Estarreja nada de bom tem vindo. Pelo contrário: Ou tiram (Urgências) ou descem (85% no PIDDAC – Plano de Investi-mentos do Estado) ou nos sobrecarregam (com Portagens).
Felizmente ainda temos uma Câmara que firmemente não desiste de lutar contra esta maré, sempre pelo desenvolvimento do Município.
Assim, Estarreja não precisa de inimigos.
A COMISSÃO POLÍTICA CONCELHIA DO PSD DE ESTARREJA,
7 de Novembro de 2006
Com este texto, o PSD consegue (mais uma vez!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!) voltar a não esclarecer se há ou não problemas com o Eco-Parque Empresarial e se esses problemas (caso existam) foram ou não determinantes na perda da corrida ao IKEA.
É absolutamente patética a tentativa velada de culpar o PS de Estarreja (ou o socialista do partido, como algum poeta se lembrou de referir) pela perda do investimento do IKEA, atribuindo a responsabilidade por esta derrota (mais uma...) a uma misteriosa queixa (a mesma sobre a qual o PSD insiste em não se pronunciar!!!!)... como se o IKEA construísse três fábricas com base nos lindos olhos do Presidente da Câmara do município que primeiro se chegasse à frente! Como se alguém investisse milhões de euros sem estudar a fundo as condições disponíveis no terreno!!! Já aqui escrevi que a apresentação da queixa ou não tem qualquer fundamento (e nesse caso é perfeitamente irrelevante) ou, se esta for legítima, apresentá-la é um louvável acto de cidadania, pois vem divulgar publicamente problemas que permitem compreender melhor, entre outras coisas, porque é que entidades como o IKEA ou a API fogem a sete pés do Eco-Parque de Estarreja!
É tristemente miserabilista a novidade argumentativa apresentada: afinal Estarreja perdeu a IKEA porque... Paços de Ferreira é a capital do móvel!!!!!!!!!!!!!! Ou seja, o PSD de Estarreja só no dia 8 de Novembro de 2006 é que descobriu que a luta era contra um concelho com larga experiência no sector!!! (este é seguramente o pior e mais esfarrapado argumento apresentado até hoje pelo PSD de Estarreja em todo e qualquer assunto!)
É insólito que o partido que apoia o executivo camarário cuja primeira medida foi parar o processo de construção do Parque Industrial, fazendo o concelho perder anos na sua construção (para quem não se recorda, José Eduardo de Matos parou o processo em Janeiro de 2002, tendo começado por prometer a conclusão das obras do parque para Agosto de 2002, depois para 2003, mais tarde para 2004, depois ainda para 2005, seguidamente para 2006 - ano em que perdeu o IKEA porque o Eco-Parque ainda não estava totalmente pronto - e agora parece adiar para 2007) tenha agora o descaramento de culpar quem saiu do poder há 5 (!!!!!) anos pela incompetência e imobilismo com que o processo se desenrolou!
É pelo menos mal agradecida a forma como o PSD de Estarreja se refere ao PS (que fez o projecto do Eco-Parque, lançou e concluiu o concurso público internacional para a sua construção e iniciou o mesmo processo de construção que o PSD em 5 anos não conseguiu acabar) em matéria de desenvolvimento industrial do concelho... o pouco que existe deve-se ao que sobrou do esforço do PS depois das múltiplas trapalhadas de José Eduardo de Matos nesta matéria (pára o processo, entra a API, cria-se uma ALE, a API não faz nada, sai a API porque já não vai haver ALE, etc.)!
É igualmente curiosa a crítica implícita a Maria de Lurdes Breu e ao próprio José Eduardo de Matos: se "Estarreja está 20 anos atrasada" isso significa que nesse período estão incluídos os não só os 8 anos em que o PS esteve no poder, mas também os 5 anos de José Eduardo de Matos e os últimos 7 anos de Maria de Lurdes Breu!!!
É fortemente manipuladora a forma como é feita a referência a um convite pessoal dirigido a um dos vereadores do PS para integrar a comitiva que se deslocou à Polónia: o convite foi recusado por uma questão de elementar respeito pelas instituições - quem deveria ter sido convidado era o partido, que indicaria alguém para ir. É esta a tradição em Estarreja e até a nível nacional. A forma como se convidou apenas pessoalmente um dos vereadores do PS foi um acto de deliberada indelicadeza para com este partido e teve a óbvia intenção de diminuir os restantes representantes concelhios socialistas (leia-se Marisa Macedo e Catarina Rodrigues, respectivamente líder da concelhia e segunda vereadora do PS). Caso aceitasse o convite, o vereador em causa ficaria numa situação delicada e pouco correcta para com os seus pares, pois estaria a admitir uma ingerência do PSD em assuntos partidários internos e a aproveitar-se pessoalmente de um acto de arrogância de José Eduardo de Matos. Foi de uma dignidade irrepreensível a atitude do Eng. Pinho Ferreira em recusar o convite envenenado feito por José Eduardo de Matos. E foi igualmente correcta a forma como na altura o Eng. Pinho Ferreira explicou publicamente (num artigo no Jornal de Estarreja) as razões mais que fundamentadas para a sua recusa. O PSD de Estarreja está agora a pagar o preço político de não ter convidado a oposição a participar no processo do IKEA - José Eduardo de Matos acreditava que esta luta eram "favas contadas" e quis ficar com os louros todos para si. Perdeu. Agora a derrota (que é de todos os estarrejenses) acontece por sua única e exclusiva culpa. Como diz o povo, quem quer comer a carne que coma também os ossos!
A forma errática como termina o comunicado (falando avulsamente da A29 e do HVS) atinge o seu ponto mais alto quando se afirma pateticamente que "felizmente ainda temos uma Câmara que não desiste de firmemente lutar contra esta maré": ou seja, o partido que apoia José Eduardo de Matos quando este diz que não luta contra os males que atingem o concelho porque não pode ou "não tem competência para isso" é o mesmo que o elogia pela sua atitude "firme". Em que é que ficamos? Afinal a Câmara deve ser firme (como pretende a Concelhia do PSD) ou "actuar discretamente nos meios próprios" e emitir comunicados insípidos (como defende José Eduardo de Matos)?
Para terminar, o único ponto positivo do comunicado: a expressão "ainda temos uma Câmara" cheira a fim de ciclo por todos os lados... sinceramente, sabia que José Eduardo de Matos iria passar um mau bocado agora que deixou de ter os projectos e obras herdados do tempo do PS, mas não esperava uma desagregação em tão grande escala e tão cedo!
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Chegou à caixa de correio do Estarreja Efervescente a mais recente imagem do pânico causado pelas cheias...
sábado, novembro 04, 2006
Noto, no entanto, que o discurso do PSD de Estarreja está a entrar num certo comodismo: dá muito jeito culpar o governo por todos os males que acontecem ao município e, com jeitinho, ainda se arranja maneira de culpar também a oposição (como no caso da queixa)...
Comecemos por recapitular os acontecimentos:
- Alguém apresentou uma queixa no IGAT contra a Câmara Municipal de Estarreja devido a eventuais irregularidades no Eco-Parque;
- Em plena Assembleia Municipal de Estarreja, à uma da manhã, José Eduardo de Matos subiu ao púlpito e, de papel na mão, acusou o PS de ser o autor da referida queixa e por isso estar a prejudicar os interesses do município;
- Dado o adiantado da hora, o Presidente da AM concedeu 1 minuto ao PS para responder à acusação que JEM acabara de fazer. Como não estive lá, não ouvi a resposta dada por Marisa Macedo. No entanto, cito o que o José Matos escreveu sobre o assunto (aqui e aqui): "Não sabia da notícia e segundo o Presidente da Câmara a queixa foi feita pelo PS de Estarreja. Em assembleia, a líder do PS falou depois desta intervenção e não desmentiu a informação dada, o que é estranho, pois se tinha a certeza que não foi o PS porque razão não disse logo isso? Penso que será importante esclarecer isto(...)" e "(...) mostrou-se surpreendido e atrapalhado e não confirmou nem negou a autoria da mesma (...)". Ou seja, segundo relata o próprio José Matos, no momento em que foi confrontada com a acusação (ao PS de Estarreja!), Marisa Macedo (a representante do PS de Estarreja) não a negou de imediato. Ora, este é seguramente o melhor argumento a favor de Marisa Macedo (caso apresentar uma queixa fosse um acto reprovável, o que não subscrevo): não tendo sido a autora da queixa, não podia garantir que não tinha sido o PS a apresentá-la, pois nesse momento não dispunha de tempo para se informar junto dos restantes elementos do partido (e estava a falar não em nome pessoal, mas do partido que acabara de ser publicamente acusado)! Obviamente, depois de ter trocado impressões com outras pessoas, Marisa Macedo tratou de assumir publicamente a posição de defesa do partido injustamente acusado! Qualquer outra atitude seria intelectualmente desonesta!!! É absolutamente ridículo que se pegue num acto correcto (não negar à partida uma queixa sem confirmar que outros não a fizeram) para acusar quem correctamente procedeu!!!
- Logo no dia seguinte à AM, o PS de Estarreja, em conferência de imprensa, negou clara e frontalmente a acusação de José Eduardo de Matos;
- Em reacção a esta conferência de imprensa, o PSD de Estarreja fez provavelmente o mais insólito dos comunicados da sua história e pediu publicamente a demissão... da presidente da concelhia do PS!!!!
- Perante a acusação, o PS provou publicamente o seu não envolvimento na questão, exigindo desculpas públicas a José Eduardo de Matos;
- Em vez de admitir o erro e pedir desculpas, José Eduardo de Matos reformulou a acusação (como se o próprio acto de mudar de alvo não fosse por si só o assumir de que inicialmente se tinha enganado...).
Há aqui, claramente, vários pontos a explorar que são absolutamente insólitos:
- Sobre a referida queixa, José Eduardo de Matos, o PSD de Estarreja e o José Matos já se pronunciaram publicamente várias vezes. Em nenhuma ocasião disseram se a queixa tinha ou não fundamento!!! O que interessa à população não é jogar às queixinhas: é saber se existem motivos de preocupação com o estado do Eco-Parque. Pela milésima vez, renovo a pergunta ao José Matos: a queixa tem fundamento? Está tudo bem com o Eco-Parque? Existem razões para nos preocuparmos?
- O acto de apresentar a queixa é relatado como um "crime de lesa-município". Ora, é absolutamente ridículo ver que esta acusação vem dos campeões nacionais de queixas ao IGAT: durante o último mandato em que o PS esteve na CME, JEM e o PSD apresentaram mais de 30 queixas contra o anterior executivo camarário!!! Ou seja, nesse tempo apresentar queixas não era "prejudicial aos interesses do município", mas sim um acto que alguns políticos consideravam tão natural como respirar... Enfim, haja honestidade intelectual: uma queixa com fundamento é uma atitude correcta da oposição, cuja função é fiscalizar a acção de quem está no poder. Uma queixa sem fundamento é puro terrorismo político...
- Além disso, há mais suspeitos: em Estarreja há outro partido na oposição (a CDU) e há vários freelancers que não gostam de JEM e se preocupam com o desenvolvimento do concelho. JEM decidiu acusar o PS apenas por um motivo: era necessário encontrar algo que desviasse a discussão política concelhia dos seus múltiplos fracassos. No entanto, não nos enganemos: a queixa não vale nada quando se compara com o caso das lamas de Canelas, da perda das fábricas do IKEA, da perda da urgência do HVS, da perda da A29 a poente, da introdução de portagens na A29, da perda do Acto, etc. JEM bem pode inventar casos que, como diz o José Matos, as pessoas preocupam-se é com as suas vidas e com aquilo que as afecta no dia a dia. E é por isso que JEM não será perdoado pela sua inépcia em todas estas situações;
- Para terminar: não sei quem fez a queixa, mas deixo aqui a minha solidariedade política para o autor da mesma que, preocupado com o futuro do concelho, recorreu aos meios legais para impedir que JEM possa continuar a causar todo o mal que tem provocado. A apresentação daquela queixa foi um elementar acto de cidadania, que deve ser apoiado e elogiado. A diabolização pública do autor da queixa é que é, essa sim, um crime de lesa-município! Se a queixa não tem fundamento, o IGAT irá considerá-la irrelevante. No entanto, a forma nervosa e insistente como José Eduardo de Matos se tem comportado nesta questão mostra que este não é um assunto que deixe o Presidente da Câmara de Estarreja descansado... porque será?
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sexta-feira, novembro 03, 2006
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quinta-feira, novembro 02, 2006
Um exemplo disto mesmo é o que se passa em Estarreja com o disparatado "caso da queixa misteriosa", do qual José Eduardo de Matos insiste em falar para desviar as atenções dos seus múltiplos fracassos.
Vejamos a última notícia sobre esta matéria, copiada a partir do site da Rádio Voz da Ria:
EDUARDO MATOS: NÃO FOI A SECÇÃO FOI UM SOCIALISTA
Em jeito de reacção José Eduardo Matos esclarece que nada tem a ver com a secção do Partido Socialista, mas sim com elementos que fazem parte do PS, reiterando a responsabilidade aqueles elementos pela queixa. Tudo tem a ver com a nuance da pergunta, esclarece o presidente da Câmara, a expressão “pela secção”. É que retirando-se essas palavras “toda a gente fica logo a perceber que o contexto é completamente diferente, daquele que procurou ser dado” apelidando o facto como de “esperteza saloia”.
Eduardo Matos lembra que “nunca ninguém disse que foi a secção” e a resposta contida no documento apenas a isso faz referência.
Nas declarações á Voz da Ria o presidente recorda as questões colocadas pelos deputados socialistas na Assembleia Municipal de Junho, já aí colocando perguntas sobre a legalidade dos pavilhões em construção e construídos, depois em Agosto “surge esta queixa”.
Assim o líder da executivo camarário “responsabiliza politicamente o Partido Socialista de Estarreja pelo facto” e sabendo-se “que a secção não tem voz, nem sequer sabe escrever” o “povo de Estarreja já percebeu que se não foi o Partido Socialista foi o socialista do Partido”. Antes de terminar o autarca desafia o autor ou autora da acção a “acabar com a encenação e dizer fui eu”, caso contrário “esconder a mão por detrás da secção do PS, além de prejudicar Estarreja, ainda revela cobardia de quem deveria assumir frontalmente os seus actos”. O autarca deixa ainda uma ideia “amanhã quando se vier a descobrir o nome de quem pediu o anonimato na IGAT, duas acusações lhe ficam: não o prejuízo do município, por razões simplesmente partidárias, mas também por ter escondido a verdade” conclui
Ou seja, como se verifica, embora José Eduardo de Matos passe a vida a falar da tal queixa, em nenhum momento se preocupou em esclarecer aquilo que verdadeiramente interessa aos cidadãos: existem razões para nos preocuparmos com o Eco-Parque? Está tudo bem com os terrenos do Eco-Parque? A queixa tem fundamento? Sobre esta matéria, o silêncio de JEM é verdadeiramente ensurdecedor!
Além disso, entendamo-nos: José Eduardo de Matos esperou durante 4 horas numa Assembleia Municipal para lançar esta discussão ao plenário, como quem tenta marcar um golo no último minuto, sem dar hipótese ao adversário de reagir. Foi uma táctica infantil e intelectualmente desonesta. O acto de apresentar a queixa foi mesmo apresentado como "um crime de lesa-município"!!!!
Caso exista fundamento na queixa, apresentá-la é uma elementar acção de cidadania. Onde é que está a imoralidade quando se denuncia uma ilegalidade (caso esta se confirme)?!
O que o PS de Estarreja fez é óbvio: sendo acusado de ter cometido um acto e tendo provas do contrário, limitou-se a esclarecer publicamente que não tem nada a ver com o caso.
O que José Eduardo de Matos fez é, isso sim, reprovável a vários níveis:
- Porque acusou publicamente alguém (o PS de Estarreja) de algo que pelos vistos não é verdade;
- Porque não pediu desculpas aos visados;
- Porque expôs publicamente um caso que estava em segredo de justiça (colocando-se a si próprio como o único e verdadeiro prevaricador nesta situação...!!!);
- Porque, ao não tranquilizar a população relativamente à existência de eventuais problemas relacionados com o Eco-Parque acaba por implicitamente admitir a sua existência (quem cala consente...).
Por fim, seria importante que se averiguasse até que ponto é que os tais problemas do Eco-Parque estiveram na origem da perda da corrida ao IKEA.
Se nesta matéria o PSD de Estarreja estivesse de consciência tranquila e o processo fosse transparente, deveria ser este partido a tomar a iniciativa de promover um inquérito municipal (em sede de AM) que permitisse esclarecer aquelas que são verdadeiramente as únicas questões que interessam nesta matéria:
- A queixa tem fundamento?
- Porque é que Estarreja perdeu as 3 fábricas do IKEA e os mais de 500 postos de trabalho directos associados?
- Há alguma relação entre a perda do IKEA e eventuais problemas que existam no Eco-Parque?
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É Interessante ouvir e ler o que alguns dizem e escrevem em tentativas desesperadas de ilibar o Presidente da Câmara deste período negro da história de Estarreja. Compreende-se o esforço, mas é inútil. Já toda a gente percebeu que uma terra não vai lá das pernas com um presidente lamurioso cuja única coisa que faz é sacudir a água do capote, como se não tivesse a responsabilidade de gerir e de administrar a terra, conforme mandato popular que lhe foi conferido É que isto dos mandatos populares e dos resultados eleitorais não podem servir só para abanar bandeirinhas na hora da festa. Depois vem a parte dolorosa da questão, que é, sobretudo, saber e ser e capaz de estar à altura. E Este Presidente, em linguagem corrente, e sem querer ofender, não está altura. Na minha antiga terra dizia-se que quem age “assim como assim” é um “banana”. (Mera figura estilística, sem querer ofender o visado nem o fruto…) Um Governo não governa com a intenção de fazer bem ou mal a uma terra. Um Governo governa o país, que por acaso é um conjunto de vários municípios. Se a responsabilidade de tudo o que sucede em Estarreja é do Governo, para que raio é que serve um presidente de Câmara? O que é faz, afinal o Presidente da câmara? Está sentado à espera apenas das coisas boas governos? Corta-fitas e leva velhinhos a passearem? Cobre de placas com o seu nome as paredes das obras que os outros fizeram? Gere como quem faz uma chave para o euromilhões, à espera da sorte? Julgo que não se vai lá só com sorte! E o resultado, infelizmente, está à vista! Se não se concorda com as portagens, luta-se! Se não se concorda com o encerramento das urgências, luta-se! Se se quer o IKEA ou o desenvolvimento económico, luta-se! Se se acredita nas potencialidades do que se administra e nas suas próprias convicções, luta-se! Quem não tem medo, não se fica sem luta! É preciso luta, projectos, rasgo e muito trabalho! E isso Estarreja hoje, definitivamente, não tem! Já todos sabemos o Presidente que temos, já todos sabemos que a música mais ouvida é o "fado do desgraçado"! Ora, saia então mais um camião de lamas nauseabundas para estrumar este lindo campo de queixinhas… O sr. Presidente trata da rega!
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